Diante de interesse demonstrado pelo governo turco, Novacki convidou os representantes do ministério para visita ao Mapa e à Embrapa. O vice ministro da Agricultura da Turquia aceitou o convite e chefiará a delegação daquele país ao Brasil.
Na reunião, Novacki pediu a aprovação da exportação de cortes de carnes bovinas e garantiu a qualidade dos produtos brasileiros. Atualmente, o Brasil exporta apenas bois vivos para a Turquia. Na negociação, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) contribuiu na exposição técnica brasileira cujo objetivo era obter abertura de mercado para esses produtos. O governo turco ficou de se pronunciar nos próximos dias sobre o assunto.
Em contrapartida, o representantes do governo solicitaram que o Brasil aprove a compra de azeite de oliva, pescados e tripas de ovinos e caprinos, além de mel, lácteos e frutas.
As exportações do agronegócio do Brasil para a Turquia alcançaram US$ 700 milhões no último ano, sobretudo em fibras e produtos têxteis (26,84%), café (21,12%), animais vivos (20,91%) e produtos do complexo soja (15,15%).
A comitiva brasileira, composta pelo secretário executivo, técnicos do Mapa e representantes de entidades do agronegócio e de empresas, também se reuniu com integrantes do Conselho de Relações Econômicas Estrangeiras da Turquia (DEIK), com a presença de empresários com interesse em negócios no Brasil e outros que querem importar ou exportar produtos e serviços. Os empresários de ambos os países expuseram planos de negócios, sugestões de produtos.
Feira Mundial de Alimentos
Como parte da missão brasileira na Turquia, Novacki inaugurou na quinta-feira (6) o Pavilhão Brasil na feira WorldFood Istambul 2018, a mais importante no setor de alimentos e bebidas do país. O embaixador Paulo Roberto França, cônsul geral em Istambul, também participou do evento.
Novacki falou aos expositores brasileiros sobre a importância da participação em grandes eventos internacionais, visando a promoção dos produtos do agronegócio do Brasil em mercados estratégicos como a Turquia. “O Brasil é conhecido mundialmente como um grande produtor de alimentos, mas agora temos que mostrar que temos produtos de altíssima qualidade produzidos com responsabilidade social e ambiental”, disse ele. “A participação brasileira em feiras internacionais é fundamental para buscarmos a abertura de mercado e apoiar as médias e pequenas empresas”, reforçou o secretário executivo.
A meta estabelecida pelo Mapa é elevar dos atuais 7% para 10% a participação nacional nas exportações mundiais do agro no prazo de cinco anos.
Segundo a organização da feira, esta 26ª edição conta com a presença de mais de 400 expositores de 30 países e 15 mil participantes de diferentes países. O Pavilhão Brasil conta com 11 empresas de segmentos do agronegócio como carne bovina, frutos da Amazônia (acaí, acerola, cupuaçu e guaraná), própolis, café, amendoins e suco de laranja.
As informações são do Mapa.