MG: leite está 7% mais caro no varejo da capital

O leite longa vida volta a ter destaque na mesa do café da manhã. Com o consumo em alta, produtores e indústria já comemoram o aumento nos preços. Nas gôndolas, a bebida já é encontrada por R$ 1,60/litro, em média, um acréscimo de 7% sobre dezembro (R$ 1,49).

Ainda assim, de acordo com o coordenador da Pesquisa da Cesta Básica da Secretaria Municipal de Abastecimento (Smab), João Ávila, o preço está abaixo do patamar de 2009, quando a caixinha chegou a custar R$ 2,49. Já a remuneração na fazenda subiu R$ 0,10, e a expectativa é de novo incremento.

"Com a crise distante, o consumo está mais aquecido e a oferta de matéria-prima mais ajustada à demanda em decorrência do recuo da captação de leite em algumas bacias leiteiras do país", explica o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim.

Para a indústria de longa vida, a expectativa é de que os preços no atacado subam 20% considerando o período entre o início de janeiro até o fim deste mês. E o efeito cascata pode parar na dona de casa.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV), no ano passado o consumo de leite longa vida no país cresceu entre 3% e 3,5%, alcançando 5,5 bilhões de litros. A previsão inicial era avançar entre 4% e 5%, fato que não ocorreu em função da crise internacional, que derrubou as cotações, e da oferta, na casa dos 28 bilhões de litros. Para este ano, a ABLV volta a estimar crescimento de 4% a 5% na demanda pela bebida.

A matéria é de Janaína Oliveira, publicada no jornal Hoje em Dia/MG, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.