MG: Embaré finaliza expansão e prevê faturar R$ 580 mi

A Embaré Indústrias Alimentícias S/A, com unidade fabril no município de Lagoa da Prata/MG, é mais uma empresa do setor alimentício que pega carona no consumo popular. A previsão para 2010 é alcançar um faturamento bruto de R$ 580 milhões, avanço de 14% sobre 2009, quando foram movimentados R$ 509 milhões.

Um dos motores para esse crescimento, segundo o diretor superintendente da Embaré, Haroldo Antonio Antunes, é a crescente participação das classes C, D e E no mercado consumidor, que representam 65% dos lares brasileiros e movimentam R$ 512 bilhões por ano. Segundo ele, mais de 70% do faturamento anual da empresa provêm das camadas emergentes.

Diante da forte demanda do mercado, foi concluída a ampliação da capacidade instalada da planta de Lagoa da Prata em 600 mil litros de leite/dia, que passou de 1,1 milhão para 1,7 milhão de litros processados diariamente. A empresa também estará investindo cerca de R$ 8 milhões na reposição de equipamentos e na criação do Centro de Educação Ambiental (CEA) a ser inaugurado no próximo dia 7.

"O aumento da capacidade instalada faz parte da estratégia da empresa de expandir os negócios e atender a elevada demanda tanto no mercado interno quanto externo. Hoje, a indústria alimentícia encontra-se em um momento extremamente competitivo e, no caso do Brasil, em processo de concentração. Grandes marcas estão entrando no segmento, o que tem aumentado a concorrência e nos levado a investir, cada vez mais, em nossos produtos", justificou Antunes.

Vendas

Antunes disse que 52% da produção anual da Embaré são destinadas para o mercado externo. Segundo ele, no ranking dos principais compradores da empresa estão o Canadá, Coreia do Sul e Estados Unidos. No total, os produtos da marca são comercializados em 50 países.

No mercado doméstico, disse ele, a principal região consumidora é a Nordeste, que absorve 75% de tudo o que é vendido no Brasil. Conforme o diretor, a parcela destinada a Minas Gerais é pequena, visto que o principal produto da empresa, o leite em pó, não tem tanta demanda no Estado.

Nova fábrica

Antunes disse, ainda, que se no próximo ano o câmbio estiver competitivo a Embaré poderá "desengavetar" um antigo projeto, orçado em R$ 237 milhões, que prevê a construção de uma unidade fabril no município de Sarandi, no Rio Grande do Sul. A planta faria o processamento de 1 milhão de litros de leite por dia, podendo chegar a 2 milhões na fase plena. As linhas produziriam leite em pó e manteiga para exportação.

"Com a crise financeira mundial o projeto foi postergado e, no momento, está sem previsão de retomada. No entanto, se a cotação da moeda norte-americana voltar a subir, a empresa deve rever os planos de investimento fora do Brasil", adiantou Antunes.

A matéria é de Wallyson Rangel, publicada no Diário do Comércio/MG, resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.


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