MG: decreto incentiva setor leiteiro no Estado

O governador Antonio Anastasia assinou, nesta terça-feira (14), decreto com medidas tributárias de proteção ao setor leiteiro de Minas Gerais. Para assegurar a competitividade da cadeia leiteira mineira, o leite e derivados produzidos fora do Estado, que hoje têm isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), passarão a ser tributados, respectivamente, com alíquota de 12% e 18%.

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O governador Antonio Anastasia assinou, nesta terça-feira (14), decreto com medidas tributárias de proteção ao setor leiteiro de Minas Gerais. Para assegurar a competitividade da cadeia leiteira mineira, o leite e derivados produzidos fora do Estado, que hoje têm isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), passarão a ser tributados, respectivamente, com alíquota de 12% e 18%.

A assinatura do decreto aconteceu no Palácio Tiradentes, na Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, durante solenidade em que também foi firmado Protocolo de Intenções com a Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR/MG), dona da marca de laticínios Itambé, para investimentos de R$ 100 milhões na expansão de sua unidade em Pará de Minas, no Centro-Oeste do Estado, e implantação de um novo centro de distribuição.

"O caso da Itambé, em Pará de Minas, é um exemplo. Havia até a possibilidade dessa fábrica não ficar em Minas Gerais. Então, conseguimos, com essas medidas, a garantia desse novo investimento de R$ 100 milhões, em Pará de Minas. O leite é produzido em todos os municípios mineiros e por centenas de milhares de famílias que tiram ali o seu sustento. É um produto muito democrático, importante para a consolidação da nossa cadeia econômica", disse o governador, em entrevista.

O leite pasteurizado, o leite UHT e os derivados de leite produzidos em Minas Gerais e comercializados no varejo continuarão isentos do imposto. Além disso, a isenção do ICMS será ampliada para o setor de distribuição do leite no Estado.

"Essa norma vem de um grande esforço conjunto. Foi uma negociação entre a Itambé e os setores produtivos com o Governo, com a participação das secretarias da Agricultura, Desenvolvimento Econômico e da Fazenda, para alcançarmos esse patamar muito importante, porque temos em Minas Gerais algo que é fundamental para nós mineiros, que está na nossa cultura, no nosso ideário e até no nosso código genético, que é a produção de leite", explicou o governador.

Expansão da Itambé

Durante a solenidade, o presidente da Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR/MG), Jacques Gontijo Álvares, ressaltou que os atos assinados representam o atendimento de antigas reivindicações do setor, que farão com que o leite mineiro volte a ser competitivo. Jacques Gontijo destacou a expansão da unidade de Pará de Minas, com investimento de R$ 100 milhões, em dois anos, que permitirá à fábrica praticamente dobrar a capacidade produtiva, gerando 300 empregos diretos e cerca de três mil empregos indiretos.

"É preciso reconhecer que as medidas que o governador anunciou são audaciosas, justas. Mas é preciso que nós, do setor produtivo, também tomemos decisões audaciosas. As medidas hoje anunciadas pelo Governo de Minas nos encorajam a fazer novos investimentos em Minas Gerais e vamos crescer ainda mais aqui", analisou Jacques Gontijo.

O projeto de expansão da unidade industrial de Pará de Minas teve início em novembro deste ano, com conclusão prevista para junho de 2013, quando deverá atingir a capacidade instalada de processamento de 33 milhões de litros por mês. A produção atual é de 19 milhões de litros por mês. Já o centro de distribuição começou a ser construído em julho de 2010, com conclusão prevista para abril de 2011, quando se iniciarão as operações.

As informações são da Agência Minas (MG), resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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Hildebrando de Campos Bicudo
HILDEBRANDO DE CAMPOS BICUDO

ARCEBURGO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/01/2011

Me parece mais uma medida de proteção a industria, e os produtores mais uma vez são esquecidos.Seria preciso abolir o ICM sobre o leite mesmo para fora do estado para com isto aumentar a concorrência entre compradores de matéria prima e beneficiar o produtor.
Criar reserva de mercado para a industria só vai aviltar o preço recebido por quem produz.
Ramon Benicio Lima da Silva
RAMON BENICIO LIMA DA SILVA

NITERÓI - RIO DE JANEIRO

EM 07/01/2011

Seria necessário ler o texto integral do decreto para se conhecer a extensão do problema.

Fico imaginando se todos os estados produtores começarem a taxar o leite importado de estados produtores e isentarem o leite produzido localmente quais seriam as consequências.

Este decreto está me parecendo mais um artificio para beneficiar a industria local que passaria a ter uma vantagem fiscal em relação a outras industrias de fora do estado.

E está me parecendo que os produtores mais uma vez foram esquecidos.

Ramon
Adalberto Antonio de Oliveira
ADALBERTO ANTONIO DE OLIVEIRA

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/12/2010

É com muita tristeza que assistimos a esse tipo de ação, nós produtores de leite de Goiás e tenho certeza de todo o resto do Brasil. Mais uma vez podem ter certeza, os produtores de leite sendo usados... e prejudicados. Pergunto ao presidente da Itambé: é o fim das perspectivas de crescimento de nossa cooperativa em Goiás?
Matozalém Camilo
MATOZALÉM CAMILO

ITUIUTABA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 21/12/2010

A medida do Governador é bastate louvável e inteligente. Agregar valor ao leite e exportar mais produto benbficiado e menos leite crú. A próxima medida que tomara seja implementada é uma linha de crédito específica para os produtores de leite mineiros. O leite está presente em todos os municípios mineiros e é sem dúvida o maior gerador de empregos em todo o estado. O produtor de leite não pode ser responsável sozinho por produzir um alimento tão barato para atender à população. O produtor de leite não pode continuar tão vulnerável às oscilações muitas vezes irresponsáveis do chamado "mercado". O mercado é soberano, mas de vez em quando percebemos manobras tendenciosas e nunca favoráveis aos produtores.

Matozalém Camilo Neto
Medico Veteinário - Ituiutaba MG
JANDER CITTY MARTINS DA COSTA
JANDER CITTY MARTINS DA COSTA

ITABIRA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/12/2010

Gostaria de saber quem realmente esta sendo benficiado com este decreto.....
produtores de leite, indústrias, governo estadual, consumidor.......
Paulo Fernando Andrade Correa da Silva
PAULO FERNANDO ANDRADE CORREA DA SILVA

VALENÇA - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/12/2010

Não entendi a razão deste decreto. Estados importadores de leite, como SP e RJ, podem se beneficiar deste tipo de isenção. Mas estes, já a praticam.

Mais: esta isenção pode durar pouco. A presidente eleita Dilma disse várias vezes duarante a campanha que vai dar fim na guerra fiscal.
Geraldo Magela Ribeiro
GERALDO MAGELA RIBEIRO

EUNÁPOLIS - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/12/2010

Sou mineiro e moro na Bahia, acredito que tal medida alardeada com tanta pompa deve trazer mais problemas que soluções para os produtores mineiros, visto que atinge uma região apenas de MG e outra com certeza será a retaliação de outros estados que será muito pior para os produtores mineiros.
A Bahia produz 900 milhões de litros e tem um déficit de 650 milhões, ou seja é um estado tipicamente comprador do leite, especialmente o mineiro, porém o Governo já dá mostras de programas para evitar a "importação", isso será bom para os produtores baianos, porém não o suficiente. Devemos pensar o Brasil e não um ou outro estado ou uma outra região. Existe uma falta de um projeto nacional para a cadeia do leite e quando não conseguimos superar nossa incompetência de exportar leite para outros países, resolvemos criar brigas internas entre os produtores nacionais.
A questão central é exportar mais produtos lácteos, retirando excesso de nosso mercado para criar condições de melhorar para os produtores nacionais, além de evitar a concorrência predatória da Argentina e Uruguai, imposto de 28% não resolverá o problema com o Mercosul. Por isso paremos de comemorar pequenas vitórias de pequenas regiões e pensemos em um projeto nacional que beneficie a todos.
Por falar nisso, onde está o processo tão alardeado de fusão da Itambé com cooperativas de GO, PR e MG, está é uma medida que interessa a todos, pois é aí que se cria as condições para exportação, falar em apliações do que já existe só faz sentido em um projeto macro e não disputas fiscais entre estados.
Existe momentos que é bom dar um passo atrás para dar dois a frente, e MG deve ter isso em mente, pois poderá ser a mais prejudicada em uma guerra fiscal.
A nós produtores só resta esperar que possamos particiar algum dia do processo de elaboração de um projeto nacional sustentável e eficiente que tire todos os produtores do "miserê" e abra novas oportunidades e novos mundos para nossa produção como tem feito o governo de outros países.
Guilherme Alves de Mello Franco
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/12/2010

Entendo que a medida vai prIvilegiar apenas uma face da cadeia produtiva: o Laticínio. A exploração do produtor vai continuar a ser a mesma.
Um abraço a todos,


GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
ANDERSON LUIS DE RESENDE
ANDERSON LUIS DE RESENDE

COROMANDEL - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/12/2010

Em primeiro momento, parece que a medida tomada incentiva o setor leitero, mas na prática será que o produtor vai ser beneficiado?
Anderson Resende
marcelo erthal pires
MARCELO ERTHAL PIRES

BELÉM - PARÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/12/2010

Seria

muito melhor retalharmos com os Irlandeses que fazem de tudo contra nos produtos, por puro despeito e falta de eficiência de produção, ficam criando
problemas aos produtos como à carne e outros produtos nossos . . .

Criam normas até para vaca louca, que não existe em nosso país, mas sim, no
deles, mas qualquer hora o nosso Governo trás a Vaca Louca, só a titulo de curiosidade, só falta esta . . .
meus respeitos à todos..................................marcelo
Walter Jark Flho
WALTER JARK FLHO

SANTO ANTÔNIO DA PLATINA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 16/12/2010

Acho que o Marcos e o Pedro Luiz mataram a charada . Estão corretissimos . Aproveito a oportunidade para fazer uma reflexão. Participo dos debates do MilkPoint desde 2007. Os debates sobre os mais diferentes temas nem sempre levam a uma única conclusão, o que é compreensivel, porque em um país como o Brasil as realidades de cada região são muito diferentes. Uma questão que me chamou atenção , entretanto, é quando se discute mecanismos protecionistas de outros paises . Invariavelmente,são postadas opiniões sobre a falta de organização do produtor de leite. Parece que há uma unanimidade a respeito do assunto. Falta de organização é um problema sério e que uma vez resolvido, solucionaria a grande maioria dos problemas do nosso produtor. Por isso, desculpem-me alguns produtores que se manifestaram, acho que o apoio às medidas anunciadas pelo governo de Minas refletem exatamente esta falta de organização. Será que o governo de Minas não está fazendo com que seus produtores (como diz Pedro Luiz) olhem apenas para seus umbigos? Alem disso como muito bem disse o Marcos estão correndo o risco de estarem dando um tiro no próprio pé?
Não tenho o direito de julgar ninguem. Mas para termos uma organização precisamos começar a aprender a ceder.
Walter
varlon santos porto
VARLON SANTOS PORTO

CARIACICA - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/12/2010

vejo com receio tal medida, uma vez que minas capta boa parte do leite em outros estados, como aqui no ES e posteriormente comercializa em todo o país,se na entrada deste leite houver tributação quer dizer que vai ficar inviavel tal captação e consequentemente diminuição no volume exportado como ocorre atualmente., visto que a maioria das marcas de leite vendida no ES são de minas ou seja se captação do nosso leite será tributado nada mais justo que o governo de ES tribute os produtos já elaborado oriundos de MG....
Pedro Luiz Nunes
PEDRO LUIZ NUNES

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/12/2010

Parece-me mais um round da guerra fiscal , em que cada estado olha apenas para o seu umbigo , como fizera Sao Paulo .

Att
Pedro Nunes
José Eustáquio Bernardino de Sena - Nenê Sena
JOSÉ EUSTÁQUIO BERNARDINO DE SENA - NENÊ SENA

CANDEIAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/12/2010

UFA!!!!!!!!!!
Roberto Jank Jr.
ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/12/2010

A atitude só re-acende a infeliz guerra fiscal entre os estados. Certamente a Itambé sai beneficiada porque cria reserva de mercado via ganho de competitividade fiscal para seus produtos em MG.

Mas Minas Gerais, como estado exportador de leite crú e produtos lácteos acabados, perde competitividade na medida que os estados vizinhos venham a retaliar a medida, compensando a defasagem fiscal.
osmar u. carvalho
OSMAR U. CARVALHO

TEÓFILO OTONI - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/12/2010

Esperamos que este decreto seja o primeiro de muitos outros que virão, beneficiando o produtor tão mal remunerado pelas empresas de laticinios.

Sugestão para a ITAMBE: A região central de Minas, assim como o sul do estado , o Triãngulo estão bem servidos de Industria de Laticinios.

Para uma equiparação justa e com sentido social, que a ITAMBE volte sua "bateria" de progresso para os vales do Mucuri, jequitinhonha, e o norte do nosso estado,firmando nessas áreas pequenas e medias fazendas, com visão bem mais alta.

Suba ITAMBE serras e montanhas de MG e sonhe... como só o mineiro sabe sonhar, este estado todo ele produtor de leite industralisado aqui mesmo UAI

OSMAR
Darlani Porcaro
DARLANI PORCARO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/12/2010

Caso essas isenções de imposto, ajudar de alguma forma o produtor de leite, que é o principal elo na cadeia produtiva, agradeço ao Sr. governador por tal atitude, e pediria , que o mesmo fosse aplicado aos remédios veterinários, raçóes, adubos , enfim todos os insumos que nós produtores precisamos, para que possamos ter condiçoes de produzirmos melhor , e com mais qualidade. Como nós brasileiros não temos uma tradição mundial em exportação de lácteos, vemos hoje os mercados venderem e até mais barato , produtos importados ,bem estampados em suas embalagens, e até melhores. Nós brasileiros dificilmente poderemos concorrer com esses produtos, que em sua grande maioria são subsidiados.
José Avilmar Lino da Silva
JOSÉ AVILMAR LINO DA SILVA

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/12/2010

Parabéns ao nosso governador que procura fazer o que está em seu alcance, procurando dar um incremento no setor de laticinios. Esperamos que estas medidas consigam alcançar seus objetivos e cheguem até o produtor que já não aguenta mais arcar com tantos prejuizos financeiros, encontrando-se desmoralizado perante a sociedade, que dele depende para ter seus alimentos baratinhos em sua mesa.
José Avilmar.
Alexandre Coutinho Nogueira
ALEXANDRE COUTINHO NOGUEIRA

ITAÚNA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/12/2010

Rsta saber se a Itambé repassará algum benefício ao produtor.
Walter Jark Flho
WALTER JARK FLHO

SANTO ANTÔNIO DA PLATINA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 15/12/2010

Gostaria que a equipe do MilkPoint fizesse alguns esclarecimentos ,uma vez que o texto apresenta aparentes contradições para justificar a medida.

No inicio do texto aparece a justificativa : "Para assegurar a competitividade da cadeia leiteira mineira" . Na sequencia comentário do governador:"Temos em Minas algo que é fundamental, que está na nossa cultura, no nosso ideário e até no nosso código genético que é produção de leite".

Por que Minas, com todos estes atributos citados pelo governador ,estaria perdendo a competitividade? Afinal é o maior produtor do Brasil , respondendo , salvo engano , com mais de 20% da produção nacional.

Parece-me ,que com tal produção é um estado exportador. Sinceramente não consigo entender a medida.

Walter
Qual a sua dúvida hoje?