MG: Calu prevê crescimento de até 8% em 2010

O faturamento da Cooperativa Agropecuária Ltda. de Uberlândia (Calu), localizada na região do Triângulo Mineiro, após apresentar estagnação no fechamento do exercício anterior, na comparação com 2008, deve retomar o ritmo de crescimento e encerrar 2010 com incremento entre 6% a 8%. O impulso virá, principalmente, da recuperação dos preços praticados no mercado interno.

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O faturamento da Cooperativa Agropecuária Ltda. de Uberlândia (Calu), localizada na região do Triângulo Mineiro, após apresentar estagnação no fechamento do exercício anterior, na comparação com 2008, deve retomar o ritmo de crescimento e encerrar 2010 com incremento entre 6% a 8%. O impulso virá, principalmente, da recuperação dos preços praticados no mercado interno. Nos planos da cooperativa também está prevista, para este ano, a construção de uma nova indústria de laticínios, que demandará investimentos próximos a R$ 15 milhões.

De acordo com o presidente da Calu, Eduardo Dessimoni, a nova unidade será construída para substituir a planta produtiva atual. A capacidade de captação, 200 mil litros de leite por dia, será dobrada. Haverá também modernização do maquinário e dos processos de produção. O investimento será feito através de financiamento. A instituição financeira ainda não foi definida.

Um dos principais pontos que justificam o otimismo da Calu e a manutenção dos projetos de expansão é a recuperação gradual do mercado externo após a crise financeira mundial que deve alavancar as exportações de leite em pó. O possível incremento irá promover a redução da oferta de produtos no mercado interno e a retomada dos valores praticados antes da crise.

O principal produto da Calu é a mussarela e a produção é destinada ao mercado interno. A produção mensal é de 300 toneladas. Com o superabastecimento do mercado local, os preços ainda estão abaixo do esperado. O quilo do produto está na faixa de R$ 8,90, enquanto o ideal, para a geração de lucro na Calu e para os produtores seria de R$ 11. Os principais consumidores estão em Minas Gerais e na região Nordeste do país. A empresa também produz leite pasteurizado, longa vida e bebidas lácteas.

"A demanda do mercado interno é crescente. Principalmente devido a maior capitalização dos consumidores das classes mais baixas, como a D e E, que passaram a ter acesso a produtos com maior valor agregado. Com o aumento da participação destes consumidores e a retomada das exportações vamos conseguir sair da estabilidade provocada pela crise financeira", disse Dessimoni.

O preço pago ao produtor está em torno de R$ 0,60, enquanto o ideal seria R$ 0,80. "Ao longo de 2009, mesmo diante da retração do mercado, conseguimos manter os preços pagos ao produtor em torno de R$ 0,60. A medida só foi possível através da redução de lucro da Calu", disse.

De acordo com Dessimoni, um dos principais problemas enfrentados pelos produtores de leite do Estado é a grande instabilidade dos preços. "A formação de grandes e megas cooperativas é a única saída para que o setor consiga manter a estabilidade de mercado e ganhe maior representatividade frente as políticas de governo. A tendência é que cada vez mais os produtores se unam em cooperativas e as mesmas se aglutinem", disse.

A matéria é de Michelle Valverde, publicada no Diário do Comércio, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.
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