MG: apenas 1% no queijo artesanal não é informal

A tentativa de formalizar a produção de queijo artesanal em Minas Gerais praticamente não saiu do papel. Desde 2002, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) tenta cadastrar os produtores mineiros a fim de melhor fiscalizar o produto colocado no mercado. Mas, até hoje, apenas 175 dos 30 mil produtores se cadastraram, o que equivale a menos de 1% do total.

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A tentativa de formalizar a produção de queijo artesanal em Minas Gerais praticamente não saiu do papel. Desde 2002, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) tenta cadastrar os produtores mineiros a fim de melhor fiscalizar o produto colocado no mercado. Mas, até hoje, apenas 175 dos 30 mil produtores se cadastraram, o que equivale a menos de 1% do total.

Sem esse cadastro no IMA, não é permitida a comercialização do queijo artesanal. Essa regulamentação é necessária, por ser a única forma de o governo garantir a qualidade do produto que está sendo vendido. Isso ocorre com o queijo artesanal por ser feito com o leite cru, sem a pasteurização. Por essa razão, exige-se que o período de maturação desse queijo seja de 21 dias, tempo necessário para que as bactérias nocivas à saúde humana sejam eliminadas. Os produtores que permanecem na informalidade podem ter os queijos apreendidos e destruídos, caso sejam pegos pela fiscalização.

Segundo o gerente da área de educação sanitária e de apoio à agroindústria familiar do IMA, Pedro Hartung, a falta de adesão por parte dos produtores pode estar associada à quantidade de normas que têm que ser seguidas para se conseguir esse cadastro. Segundo ele, são aproximadamente 200 procedimentos que devem ser tomados durante a fabricação do produto, desde a retirada do leite até a entrega do queijo ao consumidor. Alguns exemplos de exigências na produção do queijo são a proibição da utilização de utensílios de madeira, o revestimento das paredes com tinta impermeável e de fácil lavagem, a vedação das janelas com telas para impedir a entrada de insetos, a utilização de uniformes adequados e a existência de um cômodo sem banheiro na parte interna para a produção. "O lugar tem que ser usado somente para a fabricação de queijo", afirma.

Hartung detalha que o Estado está estudando a possibilidade de dar um prazo de dois anos para que os pequenos produtores se adaptem às regras. Eles receberiam uma permissão provisória, após comprovarem ter uma estrutura higiênica para a produção. Nesse período, seriam feitas as mudanças necessárias no procedimento de produção para conseguirem o cadastro permanente. "Eles são produtores que fazem uma média de três a oito queijos por dia e, por isso, não podem ser tratados como os demais. É preciso um tempo para se conseguir mudar uma estrutura que já vinha sendo usada há tempos pela família", diz.

Hartung ressalva que o Estado não pode intervir nos casos em que os produtores se recusam a mudar a forma de produzir o queijo por questões culturais. "Tem pessoas que fazem errado porque aprenderam assim com os pais e continuam seguindo aquela tradição", afirma.

As informações são do Hoje em Dia, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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Adalton Soares da Costa
ADALTON SOARES DA COSTA

SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/06/2011

Ao mesmo tempo deveria ter um programa para aumentar a produção destes produtores que não querem continuar no queijo, para que assim possam continuar, mas vendendo o leite as industrias, onde sem duvidas ganhariam muito mais!

3 a 8 queijos dia e ainda fazer investimento, precisamos e de assistência, fomento, tecnologia para aumento da produção e da produtividade!

Adalton S. Costa.

Produtor queijo canastra. S, R, de Minas.
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