Mesmo com expansão menor em 2012, Nestlé investirá R$ 500 mi em fábricas

A multinacional suíça, que tem o Brasil como segundo principal mercado no mundo, prevê crescimento próximo de 5% no ano que vem, contra 9% de 2011. Apesar disso, pequena capacidade ociosa em fábricas exige investimentos no aumento da produção.

Publicado por: MilkPoint

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Apesar das previsões mais modestas de crescimento para a operação brasileira em 2012, a gigante suíça Nestlé já aprovou investimentos de R$ 500 milhões para aumento da capacidade produtiva no País em 2012. Segundo o diretor-presidente da Nestlé, Ivan Zurita, a expectativa é de que o faturamento local cresça entre 5% e 5,5% no próximo ano, contra avanço de 9% estimado para 2011.

Mesmo com o crescimento menor, afirma Zurita, a expansão da capacidade no País é necessária porque a maior parte das 31 fábricas da Nestlé no Brasil trabalha perto do limite de produção - a ociosidade geralmente não passa de 15% ou 20%. "Trabalhamos perto do limite. Qualquer crescimento de 3% exige um aumento na capacidade", afirma o executivo.

Entre as filiais que devem receber investimentos estão a de Feira de Santana (BA), que fabrica diversas linhas de produtos, e a recém-inaugurada unidade de bebidas prontas da cidade fluminense de Três Rios. Os investimentos previstos devem motivar a abertura de 1.000 novas vagas, elevando o quadro da Nestlé no Brasil para 21 mil pessoas.

Ao admitir que 2012 não será um ano "eufórico", Zurita afirma que a ordem é manter a ousadia em termos comerciais e industriais que ajudou a multiplicar por cinco o faturamento do grupo nos últimos dez anos - entre 2001 e 2011, a receita da operação brasileira passou de R$ 4,6 bilhões para R$ 20,5 bilhões.

Uma estratégia comercial que deu certo nas periferias de grandes cidades do País foi a venda de produtos porta a porta, a crédito, com prazo de sete dias para pagamento. A venda direta, que já existe em São Paulo, Rio de Janeiro, Belém, Salvador e Recife, deverá se espalhar por outras capitais ao longo do próximo ano. "É algo que dá para fazer no País inteiro", afirma o executivo. A relação da Nestlé com as classes C e D e com os bairros de menor poder aquisitivo vai ser trabalhada também por meio de projetos desenvolvido nas unidades pacificadoras instaladas em favelas do Rio, as UPPs.

A matéria é de Fernando Scheller, do O Estado de S. Paulo, resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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