Conforme o Valor apurou, na rodada de discussões que começou na segunda-feira (12) da semana passada, certas questões técnicas puderam ser resolvidas. Mas outras continuam sem solução, como por exemplo envolvendo proteção de indicações geográficas, que é do mais alto interesse dos europeus.
A questão de acesso ao mercado tanto para produtos como carnes, etanol e açúcar, tanto outros de interesse europeu não foi discutida. Está claro para negociadores que agora ficará para os ministros baterem o martelo, em decisão política em algum momento.
Segundo fontes, a dinâmica das discussões em Bruxelas em nenhum momento mostrou que os europeus tentavam apressar ou retardar as negociações em função da mudança de governo no Brasil. O nome de Jair Bolsonaro ou a questão de uma tentativa futura de acordo do Brasil com os EUA não apareceram nas discussões, segundo as fontes.
Os negociadores concluíram a rodada com o entendimento de continuar as discussões técnicas por telefone e ver se será possivel até o fim do ano partir para a barganha política, desta vez com os ministros do Mercosul e os comissários da UE.
Parece excluída, assim, a possibilidade de um anúncio de acordo à margem da cúpula do G-20, no fim do mês em Buenos Aires.
A questão é se será possível colocar nas mãos dos ministros um mínimo de temas centrais para eles baterem o martelo, ou seja, politicamente fazerem as concessões para a barganha final.
As informações são do jornal Valor Econômico.