Mercado internacional tem nova alta de preços

Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os preços de exportação de lácteos, entre 19 e 30 de outubro, apresentaram alta considerável para todos os produtos no Oeste da Europa e na Oceania, quando comparados à quinzena anterior. No Oeste da Europa, o leite em pó desnatado foi o produto com alta mais expressiva, de 13%, sendo cotado a US$ 3.150/ton. Na Oceania, o leite em pó desnatado também mostrou reação consistente (+11,3%), com preço médio de US$ 2.950/tonelada.

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Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os preços de exportação de lácteos, entre 19 e 30 de outubro, apresentaram alta considerável para todos os produtos no Oeste da Europa e na Oceania, quando comparados à quinzena anterior. No Oeste da Europa, o leite em pó desnatado foi o produto com alta mais expressiva, de 13%, sendo cotado a US$ 3.150/ton. Na Oceania, o leite em pó desnatado também mostrou reação consistente (+11,3%), com preço médio de US$ 2.950/tonelada.

Segundo informações do Dairy Industry Newsletter (DIN), a tendência de valorização dos preços dos lácteos se mantém devido à escassez de oferta e aos grandes cortes dos subsídios na União Europeia - sendo que somente a manteiga e o óleo de manteiga agora recebem subsídios. A Dairy Australia estima que a produção no país nesta estação seja 4% inferior em relação ao ano anterior, e na Nova Zelândia a oferta de leite está cerca de 2% abaixo, e o clima tem se mostrado desfavorável novamente. Os preços nos Estados Unidos estão subindo rapidamente, com a produção inferior em relação ao ano anterior. A demanda permanece forte, com estoques esgotados.

Segundo o boletim, a oferta de leite na União Europeia encontra-se sazonalmente em seu nível mais baixo. Relatórios recentes mostram que a produção na França, Irlanda e Alemanha está inferior em relação ao passado; na Holanda, a produção está crescendo. A produção de leite em pó integral na UE está baixa, com preços se estabilizando, apesar do fim dos subsídios à exportação. Após dois meses de altas, os preços dos queijos na UE estão estabilizados, mas há expectativas de novos reajustes em breve.

No Oeste da Europa, o preço médio do leite em pó integral (US$ 3.700/t) teve alta de 6,9% em relação à quinzena anterior, com valores entre US$ 3.600/t e US$ 3.800/t. O valor médio do soro de leite mostrou alta de 6,2%, oscilando entre US$ 1.025/t e US$ 1.125/t, média de US$ 1.075/t.

Na Oceania, o preço médio do leite em pó integral ficou em US$ 3.150/t, com valores entre US$ 2.900/t e US$ 3.400/t, um reajuste de 10,5% em relação à quinzena anterior. O preço médio do queijo cheddar apresentou a alta mais expressiva da quinzena, 12,3%, fechando a US$ 3.650/t, com valores entre US$ 3.500/t e US$ 3.800/t.

O valor médio da manteiga foi de US$ 3.125/t na Oceania, 11,6% superior em relação à quinzena anterior, e US$ 4.600/t no Oeste da Europa, alta de 8,5%.

Gráfico 1. Evolução dos preços de exportação de lácteos do Oeste da Europa, em dólares por tonelada.

Figura 1
Clique na imagem para ampliá-la.

Gráfico 2. Evolução dos preços de exportação de lácteos da Oceania, em dólares por tonelada.

Figura 2
Clique na imagem para ampliá-la.

Equipe MilkPoint, com informações do Dairy Industry Newsletter.
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Adimar Leonel Souto
ADIMAR LEONEL SOUTO

SÃO FRANCISCO DE SALES - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 18/11/2009

O que presisaria na verdade para que os produtores pudessem investir, seria uma estabilidade de preços, porque não há projeto que sobrevive diante destas oscilações desastrosas que ocorre no Brasil. Teria que haver um mecanismo que controlasse, evitando altas extraordinárias quando há falta do produto, bem como não permitindo baixas abusivas quando ocorre fartura na produção.

Abraços a todos.
Guilherme Alves de Mello Franco
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 10/11/2009

Prezados Senhores: E ainda existem pessoas, no Brasil, com medo de que, se nos especializarmos na criação de gado leiteiro em confinamento total, a alta produtividade empurre o preço do leite para baixo. Se a produção interna se ampliar como consequência da adoção, pelos pecuaristas, do confinamento total, poderemos ser transformados nos maiores produtores de leite do mundo e, portanto, abastecer os mercados internacionais, em queda livre pelas limitações de espaço e pelo aumento do consumo, como os da Europa, Oceania e Nova Zelândia.

Como já afirmei em meus artigos, publicados na sessão Espaço Aberto, deste conceituado meio de comunicação rural, esta é a hora de nossa explosão em termos internacionais e espero que não deixemos passar as oportunidades para tanto.
Um abraço,


GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
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