O levantamento apurou a existência de 1,22 milhão de tratores nos estabelecimentos agropecuários do país em 2017, 408 mil a mais que em 2006, quando foi realizado o Censo Agropecuário anterior. Nesse período, a população ocupada no setor reduziu-se em 1,5 milhão de pessoas, para 15 milhões. Isso significa que para cada trator comprado quatro trabalhadores foram dispensados.
"É possível fazer essa conta, mas é preciso dizer que a mecanização permitiu ganhos de produtividade, o que é algo positivo. Você passa a usar menos solo para uma produção maior. Produz de forma mais sustentável", explicou o assessor, acrescentando que os investimentos do setor também passam pela tecnologia de sementes e manejo do solo.
O Censo Agropecuário do IBGE mostrou que a área ocupada pelos estabelecimentos agropecuários cresceu em 16,5 milhões de hectares desde 2006, o equivalente ao território do Estado do Acre. Essa expansão deu-se principalmente no Pará (pastagem) e Mato Grosso (lavouras). E foi liderada por grandes fazendas.
Segundo Camuri, são áreas com maior quantidade de terras disponível e produtores de maior expertise, que atuam concentrado em commodities agrícolas. São produtores com foco em escala. "Quanto maior, melhor é a negociação de insumos, mais acessível fica o financiamento, inclusive do mercado internacional", analisou.
Apesar do crescimento de terras concentrado nesse perfil, Camuri contou que a produção cresce de forma disseminada no agronegócio, e não apenas em culturas como soja e milho. Ele menciona a dinamização de culturas como frutas e da produção de leite. "São também bastante dinâmicas e competitivas".
As informações são do jornal Valor Econômico, resumidas pela Equipe MilkPoint.