Marjori Ghellar: "com a tecnologia inserida, a rotina na Fazenda Bom Sucesso ficou muito mais ágil"

A Fazenda Bom Sucesso, localizada em São Marcos, interior do município de Tuparendi/RS, iniciou com a atividade leiteira em 1991 nas mãos dos pais de Marjori Ghellar. Segundo ela, na época, culturalmente a atividade era pouco explorada na região e por isso, no começo, eles trabalhavam com apenas dois animais que produziam leite para o consumo próprio da família. Foi em 1992 que eles passaram a comercializar o leite e a fazenda passou a evoluir gradativamente.

“Trabalhávamos inicialmente com o sistema a pasto, em 2008 partimos para o semiconfinamento e em 2014, optamos pelo free stall. Priorizamos desde o início pela raça Holandesa e a área média da fazenda é de 104 hectares, sendo que destes, 4 hectares são ocupados pela sede da fazenda. A nossa produção média anual por animal é entre 30 e 34 litros e no total, produzimos 4.500 litros/dia”.

Marjori é sócia proprietária da Fazenda Bom Sucesso e formada em Gestão Financeira. Ela será uma das palestrantes do Interleite Sul 2019 e a sua palestra abordará a “Aplicação de tecnologia para maximizar o resultado na propriedade leiteira” no painel “Conforto e bem-estar animal: é hora de prestar atenção!”.

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Segundo Marjori, cada vez mais a Bom Sucesso está priorizando pela incisão das tecnologias na fazenda, dentre elas, programas de gerenciamento, coleiras de monitoramento, vagão para trato de dieta, separador de dejetos animais, entre outros.

Confira um vídeo enviado por Marjori na Fazenda Bom Sucesso:

A redução da mão de obra e a tecnificação foram fatores importantes dentro da fazenda. “Após o uso destas novas tecnologias, conseguimos ser mais precisos nas informações e nas tomadas de decisões, levando em consideração de que se olharmos para o início da fazenda e o período atual, toda a rotina é feita com maior rapidez, devido à tecnologia inserida. Nosso sistema é composto por camas de esterco extrusado, desta forma, direcionamos algo que antes era pouco aproveitado dentro do sistema”. De acordo com ela, em termos de bem-estar animal, esta ação teve um papel muito importante.

“A introdução do laboratório na fazenda para a cultura de leite direcionou para tomadas de decisões e apontamentos de dados com uma precisão mais rápida já que o sistema de monitoramento de rebanho consiste em dados específicos relacionados à saúde e reprodução de cada animal. Contamos também com o sistema de coleiras e assim, os animais são monitorados 24h em termos de saúde, reprodução e bem-estar. Conseguimos - juntamente com o sistema - ter uma precisão de dados atualizados hora a hora e com isso, qualquer anomalia que venha a ocorrer é identificada e tratada o mais rápido possível. Em termos de gestão, programas para controle do financeiro da fazenda também fazem parte do sistema”.

Marjori disse que projetam para os anos seguintes um aumento no número de animais (chegando a 400 matrizes em lactação), ampliação do confinamento e uma nova sala de ordenha.

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“Nossos desafios atuais são o não confinamento das vacas em período seco. Também, buscamos uma elevação na média anual do rebanho, está, que já está sendo ajustada. Trabalhamos sempre também para manter a qualidade do leite e o bem-estar animal”, concluiu.

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