Mais países questionam Brasil sobre Operação Trapaça

Apesar dos novos questionamentos, o Ministério da Agricultura permanece firme em sua estratégia de tranquilizar a sociedade e o setor produtivo e de frisar que os problemas revelados pela Operação Trapaça são anteriores a março de 2017, quando a PF deflagrou a Operação Carne Fraca (a Trapaça é a terceira etapa da Carne Fraca).

Publicado por: MilkPoint

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Depois de União Europeia e Hong Kong, o jornal Valor Econômico apurou que China, Japão, Coreia do Sul, Egito, Chile e Ucrânia também pediram informações ao Ministério da Agricultura sobre a Operação Trapaça, deflagrada pela Polícia Federal na segunda-feira com foco na investigação de fraudes na análise de salmonela em carne de frango envolvendo a BRF e laboratórios

Apesar dos novos questionamentos, o Ministério da Agricultura permanece firme em sua estratégia de tranquilizar a sociedade e o setor produtivo e de frisar que os problemas revelados pela Operação Trapaça são anteriores a março de 2017, quando a PF deflagrou a Operação Carne Fraca (a Trapaça é a terceira etapa da Carne Fraca). 

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Questionado sobre possíveis embargos que poderão ser erguidos por países importadores, como aconteceu em março do ano passado, o ministro Blairo Maggi afirmou ontem que "vários países" deverão pedir explicações ao ministério, sobretudo os 12 mercados que importam carne de frango do Brasil e fazem exigências específicas para testes com salmonela: União Europeia, Rússia, Cingapura, África do Sul, Coreia do Sul, Vietnã, Ilhas Maurício, Macedônia, Argélia, Israel, Irã e Tadjiquistão.

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"Nós já nos antecipamos e demos uma primeira explicação aos importadores. Bem genérica, e é claro que isso suscita questionamentos. Mas vários países já pediram explicações", afirmou Maggi.

Para tentar melhorar o controle sanitário na carne de frango, o Ministério da Agricultura também decidiu que vai começar neste semestre a avaliar os laboratórios que credencia para análises com salmonela com uma estratégia inspirada nos testes antidoping esportivos usados pelo Comitê Olímpico Internacional.

O secretário de Defesa Agropecuária do ministério, Luís Eduardo Rangel, explicou que o órgão vai usar sua rede oficial de laboratórios, formada por seis unidades chamadas de Lanagro, para aplicar provas surpresa no intuito de avaliar se eles de fato têm competência para auferir se há salmonela ou outros micro-organismos em amostras de carne.

Segundo Rangel, dois dos seis Lanagro do país aplicarão essas "amostras pareadas" - as provas surpresa - aos 15 laboratórios credenciados para fazer análises para frigoríficos ou outras indústrias de alimentos: o de Goiânia (GO) e o de Pedro Leopoldo (MG). Os 15 laboratórios respondem por 90% das análises microbiológicas com alimentos realizadas no Brasil. "Se o laboratório acertar o que tem nas amostras, segue atuando; se errar, perde o credenciamento", disse.

As informações são do jornal Valor Econômico.

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