Leitor fala sobre o setor leiteiro no estado do Pará

O leitor do MilkPoint, Andreos Leite - Gerente Executivo de Modernização e Produção Leiteira da Secretaria de Estado de Agricultura do Pará, e Secretário Executivo da Câmara Setorial do Leite - enviou uma artigo ao MilkPoint falando sobre o setor leiteiro no estado do Pará. Acesse e veja a matéria.

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O leitor do MilkPoint, Andreos Leite - Gerente Executivo de Modernização e Produção Leiteira da Secretaria de Estado de Agricultura do Pará, e Secretário Executivo da Câmara Setorial do Leite - enviou uma artigo ao MilkPoint falando sobre o setor leiteiro no estado do Pará. Veja abaixo a matéria.

"O setor leiteiro está em crescimento no Pará, especialmente no sul e sudeste do Estado. A atividade é ainda recente, quando comparada a outras regiões do país. Produtores organizados demandam novas tecnologias para viabilizar o desenvolvimento regional. O volume de leite industrializado aumentou nos últimos anos, mesmo diante de dificuldades como a de infraestrutura viária, por exemplo. Contudo, a experiência dos três últimos anos demonstrou resultados com a organização social dos produtores. A experiência foi relatada durante o II Workshop Tecnológico do Leite que aconteceu em Xinguara e Água Azul do Norte, no Estado do Pará, em 21 e 22 de novembro de 2009.

A organização setorial partiu de lideranças, há cerca de três anos, e mobilizou a comunidade e autoridades municipais em Canaã dos Carajás, Eldorado dos Carajás, Jacundá, Rondon do Pará, Sapucaia, Conceição do Araguaia, Xinguara e Água Azul do Norte. Instituições foram envolvidas, como Sebrae, Governo Estadual e Prefeituras Municipais, para a criação de um programa de desenvolvimento. Os produtores foram organizados com estratégias de capacitação continuada. Várias demandas foram levantadas no I Workshop Tecnológico ocorrido em 2008 e contou com técnicos da UFPA, UFRA e Embrapa Amazônia Oriental. A resposta das demandas foi a implantação de seis Unidades de Referência Tecnológicas em integração lavoura-pecuária-floresta com suporte tecnológico da Embrapa, apoio da Emater e uso de máquinas, implementos e corpo técnico das prefeituras. O Sebrae disponibilizou técnicos em tempo integral para atuação nestes municípios e priorizou o projeto institucionalmente. A Embrapa Amazônia Oriental e o Sebrae estão monitorando os resultados. A Secretaria Estadual da Agricultura distribuiu tratores às prefeituras e criou a Câmara Setorial do Leite, além de disponibilizar equipamentos e insumos. A Emater disponibilizou técnicos para acompanhamento do projeto e trabalha em sintonia com a Agência de defesa agropecuária do Estado (Adepará).

A experiência de organização das bacias leiteiras é digna de ser difundida e os resultados foram concretos. Neste período foram instalados 16 tanques de resfriamento comunitários, que atendem a 118 pequenos produtores com capacidade de resfriamento de 32 mil litros. Os equipamentos foram adquiridos pelos produtores se organizando para a aquisição destes sem subsídios. Isto também é um bom exemplo de como o setor está se dinamizando, pois os produtores mostraram consciência coletiva quanto à importância de se organizarem coletivamente para solucionar problemas individuais que, na verdade, acabam se refletindo em toda a comunidade. Outra prova disso é o novo discurso entre estes produtores, que já pedem orientações sobre educação voltada ao cooperativismo. As demandas de pequenos produtores mostraram elevado nível de maturidade, um importante passo para a consolidação da produção sustentável na Amazônia, nova fronteira do leite."
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JOSÉ DE RIBAMAR DA SILVA PIMENTEL
JOSÉ DE RIBAMAR DA SILVA PIMENTEL

REDENÇÃO - PARÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 02/12/2009

É importante salientar que para se efetivar as ações em Pecuária Leiteira no Estado, se faz necessário a organização dos pequenos e médios produtores rurais, e que na maioria das vezes esta organização existente esta consolidada em uma Associação que apresenta ações isoladas até mesmo dentro de uma mesma comunidade com duas Associações, dificultando o fortalecimento de formas Associativas mais eficientes(Cooperativas) e a viabilização de projetos comunitários ou regionais.
Diante do exposto, também é de grande valia a participação da OCEPA,para que se possa trabalhar na organização dos produtores de leite com uma visão mais ampla de empreendedorismo no referido setor produtivo.
Um Abraço,
Ribamar
oscar batista
OSCAR BATISTA

BELÉM - PARÁ

EM 02/12/2009

Em primeiro lugar, quero parabenizar o colega Andreos Leite por alavancar esta cadeia produtiva do leite, o qual não mede esforço para conseguir um nivel alto de produção, além de se esforçar em desenvolver ações para envolver o agricultor familiar, o produtor e a indústria.
Na realidade a produção de leite já vinha crescendo em passos lentos, no entanto com a criação da Câmara Setorial do Leite e através dos esforços de seus integrantes, os quais organizaram as classes e programaram workshop, seminários e várias reuniões, objetivando executar ações práticas e educativas com intuito de aumentar a produção e principalmente melhorar qualidade do leite.
Lembrando também a contribuição da UFRA e EMBRAPA que tiveram papel importante para a conquista do Laboratório do Leite e a técnica do Kit embrapa de ordenha respectivamente.
O texto dos artigos anteriores retrata a reralidade atual.
Paulo Fernandes
PAULO FERNANDES

BELÉM - PARÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 01/12/2009

O que ocorre no Pará é o início da organização da Cadeia do Leite. Os produtores estão se conscientizando quanto à importância de melhorar a qualidade do produto e aumentar a produtividade. As dificuldades locais de infraestrutura e de recuperação de áreas de pastagens degradadas poderão ser superadas com a priorização de investimentos nas regiões produtoras. Parabenizo todas as instituições e produtores que estão colaborando para o fortalecimento do setor na região.
Paulo Fernandes
MALU  MAIA - Maria Luzineuza Alves
MALU MAIA - MARIA LUZINEUZA ALVES

MARABÁ - PARÁ - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 01/12/2009

Parabéns pelo o artigo, meu caro colega e parceiro Andreos Leite.

Na verdade estes resultados exitosos se deram depois de uma vasta aplicação de conhecimentos em gestão dentro das propriedades rurais, através dos projetos Leite e Derivados no Sul e Sudeste do Pará, e parceiros, os quais foram estruturados a partir das demandas dos produtores dos referidos municípios relatados no artigo.

A idéia de trabalharmos em parceria com a EMBRAPA Amazônia Oriental, foi proposta durante o AMAZONPEC realizado em Belém, em Outubro de 2008, o qual veio somar com os resultados que traçamos dentro dos nossos projetos de atuação, que é desenvolver a cultura da diversificação nas propriedades rurais, além de evitar o desmatamento das áreas florestais ainda existente. O projeto de Integração Lavoura Pecuária e Floresta- ILPF, é uma tecnologia que permite a produção, na mesma área, de grãos, carne, leite, frutos, madeira, etc., ou seja, na mesma área planta-se capim, floresta e grãos, o produtor tem que ser também agricultor para ser beneficiado com esta tecnologia. Portanto diante desta aplicabilidade do projeto, observamos que poderíamos trabalhar em parceria, com esta instituição, além da UFPA, UFRA, SAGRI, EMATER, Prefeituras, entre outras, em busca dos resultados almejados, e da satisfação dos produtores cadastrados nos nossos projetos, que tem como principal objetivo a melhoria da qualidade de vida das famílias atendidas.

A idéia de aproximar os produtores das Instituições de Ciência e Tecnologia- ICTs foi através da realização destes Workshops Tecnológicos - WT, desenvolvidos pelo SEBRAE-PA e demais parceiros. Hoje podemos afirmar que esta inovação da realização destes WTs só tem proporcionado resultados positivos para todos que acreditaram e apoiaram o nosso trabalho, construindo cada demanda juntamente com o público alvo, resgatando qual real necessidade dos mesmos com relação a Inovação e a Tecnologia, o exemplo de conquista destes resultados foram a compra em conjunto deste tanques de resfriamentos em todos os grupos que atendemos na região sul e Sudeste do Pará.
Jose Maria G. S. Costa
JOSE MARIA G. S. COSTA

BELÉM - PARÁ - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 01/12/2009

Excelente o artigo de Andreos Leite, Gerente Executivo de Modernização da Produção Leiteira da Secretaria de Agricultura do Pará, evidenciando o crescimento da produção leiteira no Estado do Pará, notadamente nas regiões sul e sudeste do estado, onde encontra-se o maior rebanho bovino, inclusive o leiteiro, e um grande número de indústrias de laticínio.

Este crescimento da produção leiteira vem ocorrendo em função da organização dos pequenos e médios produtores, da iniciativa das intituições governamentais como a Secretaria de Agricultura, através de seu Gerente Executivo, Dr. Andreos Leite, Adepará, Emater, Prefeituras Municipais, além da Embrapa, Sebrae, Câmara Setorial de Leite, e Sindileite, que apoiam estes produtores através de orientações técnicas sobre o manejo da criação, ordenha, acondicionamento e transporte do leite, bem como no fornecimento de insumos e equipamentos.

Como disse Dr. Andreos Leite, ainda existem obstáculos a serem vencidos, como condições precárias das vias de escoamento da produção e carência de energia elétrica em algumas regiões, entretanto o progressivo aumento da instalação de indústrias de produtos lácteos forçara a melhoria das rodovias e vicinais e o fornecimento da energia elétrica necessária.

Finalmente, observo que deve haver maior participação de profissionais técnicos da Gerência da Área de Produção Animal da Secretaria de Agricultura envolvidos na modernização da produção leiteria, para que não apenas as regiões sudeste e sul, mas também as demais regiões como a nordeste, a Ilha do Marajó, a região do médio e baixo Amazonas e a transamazônica, alcancem o mesmo nível de crescimento na pecuária leiteira, para que mais indústrias se instalem gerando mais emprego e renda e melhores condições de vida para todos que trabalham na atividade.
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