Leitor comenta: modificações em tributação e legislação trabalhista fortaleceriam a competitividade do leite nacional
Nessa semana, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento falou sobre as importações de produtos lácteos vindos do Mercosul. Pelo que podemos perceber pelos comentários dos leitores, a postura do governo não agradou aos produtores de leite.
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O produtor Danilo Melo Franco, de Unaí (MG), envio a seguinte carta sugerindo soluções para resolver esse entrave:
"Existem várias formas de atacar o problema e uma delas é realizar uma política interna em prol do produtor brasileiro, como desoneração do setor em tributos (equipamentos e máquinas), facilitar a entrada de insumos para a produção de alimentos, como adubos, onde a pecuária de leite intensiva é mais dependente e uma legislação trabalhista com menor interferência do governo. Só assim teremos condições de sobreviver nesta atividade tão prazerosa mas extremamente estressante. O governo brasileiro tem todas as condições de tornar a pecuária leiteira tão ou mais eficiente que as demais pecuárias leiteiras do Mercosul. Basta um pouco de boa vontade."
O que você acha que poderia ser feito para aumentar a competitividade dos produtos lácteos brasileiros frentes aos do Mercosul?
A matéria é da Equipe MilkPoint.
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BOM JARDIM - RIO DE JANEIRO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
EM 07/06/2012
JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 29/05/2012
A desregulação das atividades trabalhistas é um mal a ser combatido. A sociedade não prescinde de suas regras, seja em que hemisfério das relações humanas estivermos focados, muito menos na esfera laboral, onde estamos, apenas e tão somente, começando a avançar.
Por lado outro, desculpe-me o colega, a legislação só é dura para quem a descumpre, pois, se atento às normas e seus regulamentos, nada há de mais em seu convívio jurídico e social.
A Justiça Social, tão em voga nos dias de hoje, não prospera sem um regime de normas a serem cumpridas.
Por fim, prezado colega, a legislação trabalhista brasileira é a mais dinâmica de todas, comparados os ramos de Direito pátrios e pensar que ela é ainda aquela de 1943, com o devido respeito, é não conhecer a fundo o sistema, já que, basta perfunctória análise da Consolidação das Leis do Trabalho para descobrir que a normatização extravagante é em muito superior à mesma, o que reclama, de forma indene de dúvidas, a elaboração urgente de um Código do Trabalho, não para suprimí-la, mas para torná-la mais eficiente, célere, aplicável e realizável. Recordo, ainda, que estamos na era do processo eletrônico e, não nos tempos de Getúlio Vargas.
Por outro lado, o empregado campesino de hoje já não é o dos tempos getulistas e não aceita mais, com passividade, o estado de quase escravismo dos tempos de antanho, onde não tinha direito nem mesmo à jornada e remuneração digna. A globalização e a internet trouxeram a informação ao mais longíquos patamares de nossa sociedade e, talvez por isso, há os que, como o nobre colega, entendem que subsiste o paternalismo, muito embora este não sirva mais de desculpa aos maus cumpridores da lei.
Muito me admira que um operador do Direito pretenda uma desregulação tal que se o empregado "não agradar, é mandado embora sem qualquer direito trabalhista" (sic!).
Não é isto, de forma indene de dúvidas, o que queremos, os produtores de leite profissionais, mas, sim, que nossos colaboradores estejam felizes, produtivos e protegidos, porque é deles que vem nosso lucro.
Um abraço,
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
=HÁ SETE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=

UNAÍ - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 29/05/2012
Quanto a questão de mão de obra é notório o ganho de qualidade de vida do trabalhador rural, só que não estamos encontrando trabalhadores dispostos a trabalhar com leite, principalmente os médios produtores de leite, que tem muita dificuldade em se adequar a legislação trabalhista que é muito complexa e muito paternalista, o certo seria uma menor intervenção do governo em propriedades com 4 funcionários ou menos.
o acesso ao crédito pelo produtor seria igual em todas as categorias, respeitando o teto máximo de cada uma delas.
Uma forma mais rápida para tornar o produtor brasileiro mais eficiente seria uma desvalorização do REAL em relação ao DÓLAR, já está acontecendo, mas tem que desvalorizar mais.
Uma outra forma seria um controle de estoque de grãos mais eficiente pelo governo federal, evitando oscilações tão bruscas tanto no mercado de soja, quanto no mercado de milho.

GASPAR - SANTA CATARINA - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 28/05/2012
Muitos produtores que conheço são sérios, comprometidos com a atividade, tratam o negócio com muito profissionalismo e estão desestimulados porque estão descapitalizados e não conseguem crescer. O produtor de leite tem capacidade de pagamento, tem vontade de crescer e se modernizar mas encontra na burocracia e na falta de uma política agrícola uma barreira intransponível.
Acredito que o governo deveria criar um fundo de aval para agilizar os financiamentos e que o tempo gasto na exigência de garantias, negativas, declarações, escrituras, etc, fosse usado na formulação de um projeto onde a viabilidade do investimento seria atestada. Hoje se faz o contrário, para emprestar o dinheiro os bancos se cercam de garantias e não há nenhum tipo de preocupação se o produtor vai ou não ter sucesso com o investimento que realizará.
Estamos em um momento crucial da pecuária leiteira brasileira. A hora é agora.
E Sr. João Russo, com uma política pública mais inteligente e menos burocratizada o governo não vai precisar incluir o produtor rural brasileiro em seus programas sociais.
Minha família se dedica a produção de leite desde 1968. Eu tenho 34 anos e há três abandonei minha carreira como jornalista para me dedicar integralmente à produção de leite. Quero crescer, tenho vontade de trabalhar, acredito no setor. Mas preciso de um empurrãozinho. A única intervenção que recebi do poder público em minha propriedade foi dos técnicos do MAPA me fiscalizando. Mas eu faço minha parte: meu leite está com folga dentro da IN 62.
Um forte abraço ao Sr. Guilherme Franco, lhe cumprimento pela intensa participação aqui no Milk Point. Admiro e compartilho sua visão do setor leiteiro.
Parabéns ao Milk Point pela iniciativa. Essas palavras estavam engasgadas em minha garganta há tempos.

GURUPI - TOCANTINS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 28/05/2012

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 25/05/2012
O governo tem que focar na atividade Rural com um vies social. Custa muito mais para o governo uma familia morando na cidade do que no campo. No entanto com tantos programas sociais ainda não saiu nada do tipo que reduza o exodo rural ou ate mesmo facilite as familias a fazerem este caminho de volta para o campo. Ex. Quem mora no campo aposenta com menos tempo deste permaneça no campo em atividades relacionada com o campo. Hoje já é raro a mão de obra motivada nas fazendas. Daqui a pouco não teremos ninguem para produzir alimentos para uma sociedade urbana. (produzir leite sobretuto em propriedade pequenas e medias e com a cultura tradicional da familia.)
Criar algum tipo de incentivo de beneficio que mantenha o homem em produtividade mesmo com a capacidade mais limitada mas permaneça no campo e receba um tipo de ajuda do governo não para ficar a toa mas para exercer um atividade qualquer.
JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 25/05/2012
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
=HÁ SETE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=