Leite ganha competitividade com dólar alto, diz ABLV

A recente valorização do dólar ante o real deve ajudar o leite longa vida nacional a recuperar sua competitividade, além de estimular os produtores nacionais, afirmou o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV), Laércio Barbosa, durante evento que marcou a comemoração dos 17 anos da entidade.

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A recente valorização do dólar ante o real deve ajudar o leite longa vida nacional a recuperar sua competitividade, além de estimular os produtores nacionais, afirmou o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV), Laércio Barbosa, durante evento que marcou a comemoração dos 17 anos da entidade.

- O dólar a R$ 1,50 não era um valor real para o câmbio brasileiro e estava provocando um problema muito grande para o país inteiro, da desindustrialização até desestímulo ao produtor - afirma.

Segundo ele, a matéria-prima nacional tem preço de US$ 0,60 o litro, enquanto o de países como o Uruguai, a Argentina e a Nova Zelândia vale de US$ 0,40 a 0,50 o litro.

- Vemos agora um ciclo benéfico com a correção do câmbio. Se o dólar se estabelecer entre R$ 1,80 e R$ 2, seria bom para todo o setor. A torcida é grande por isso - complementa.

Barbosa explicou que a desvalorização do dólar ante o real estimulou as importações de lácteos e derivados, principalmente da Argentina e do Uruguai. Para ele, neste ano, mesmo com a recente alta do dólar, as importações desses itens deverão ser recordes, de um bilhão de litros de leite somente em leite em pó e queijos.

Já a balança comercial do setor deve fechar o ano com um déficit de US$ 500 milhões. Até agosto, o déficit soma US$ 300 milhões, o dobro do ano passado, segundo o presidente da ABLV.

- No caso do leite longa vida, as importações são praticamente inexistentes, mas estamos apoiando o setor e junto ao governo para que seja colocado um freio nas importações, que poderia ser pela inclusão de cotas definidas de itens oriundos da Argentina e do Uruguai - disse Barbosa, que esperava um resultado favorável ao Brasil na reunião desta quarta, dia 28, entre representantes do governo do país e da Argentina sobre a renovação do acordo de limitação voluntária das exportações de leite argentino para o mercado brasileiro. (veja aqui matéria sobre o tema)

Para ele, uma reversão do déficit da balança comercial do setor deverá acontecer no longo prazo não somente com essas medidas, mas com o aumento da produtividade nacional.

- Temos de investir na captação do leite e pagar ao produtor um preço justo para recuperar os prejuízos que o câmbio provocou no setor - ressaltou.

A matéria é de Suzana Inhiesta, para a Agência Estado, adaptada pela Equipe MilkPoint.
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J. Américo G. Dornelles
J. AMÉRICO G. DORNELLES

SÃO CARLOS - SANTA CATARINA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 02/10/2011

Se os insumos sobem a cadeia láctea pode se beneficiar através de um cambio realista.Toda a cadeia precisa disso;antes tarde do que nunca!
Qual a sua dúvida hoje?