Leilão da Fonterra tem nova alta expressiva

Após iniciar 2011 com alta de 7,2%, no 3º leilão da Fonterra, realizado através da plataforma de comercialização online, globalDairyTrade, os preços de todos os produtos repetiram a dose (+7,2%) e fecharam a US$ 4.246/tonelada. Trata-se do 2º maior valor desde que o leilão começou a ser realizado em julho de 2008. O preço médio do leilão foi impulsionado pelas altas do preço do leite em pó integral e leite em pó desnatado, em razão da redução da quantidade de produto ofertado e adversidades climáticas na Nova Zelândia.

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Após iniciar 2011 com alta de 7,2%, no 3º leilão da Fonterra, realizado através da plataforma de comercialização online, globalDairyTrade, os preços de todos os produtos repetiram a dose (+7,2) e fecharam a US$ 4.246/tonelada. Trata-se do 2º maior valor desde que o leilão começou a ser realizado em julho de 2008. O preço médio do leilão foi impulsionado pelas altas do preço do leite em pó integral e leite em pó desnatado, em razão da redução da quantidade de produto ofertado e adversidades climáticas na Nova Zelândia.

O leite em pó integral (WMP) apresentou alta de 5,7% frente ao último leilão, ficando em média a US$ 3.995/ton - o 2º maior valor histórico. A variação se deu nos dois primeiros contratos (abril de 2011 com 7,6% e de maio a julho de 2011 com 5,5%) e parte em razão da queda de 20,6% na quantidade de leite em pó ofertada, caindo de 17 mil toneladas para 13,5 mil. São indicativos da diminuição da oferta de leite em pó integral por parte da Nova Zelândia.

Para o leite em pó desnatado (SMP) a alta foi ainda maior, de 8,5%, ficando em média a US$ 3.913/ton. Trata-se do maior valor histórico desde que o produto passou a ser comercializado no leilão em março de 2010.

Gráfico 1. Preços de leite em pó integral (WMP) e leite em pó desnatado (SMP) nos leilões da Fonterra (em US$/ton).

Figura 1
Clique na imagem para ampliá-la.

Alguns fatores têm impactado positivamente os preços e devem mantê-los sob bons níveis em curto prazo. A alta dos grãos tem tido um significativo impacto nos custos de produção, possibilitando uma margem para elevação dos preços, potencializada pelas incertezas climáticas na Oceania (excesso de chuvas na Austrália e seca na Nova Zelândia) e, portanto, incertezas na oferta de leite.
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Material escrito por:

Rodolfo Tramontina de Oliveira e Castro

Rodolfo Tramontina de Oliveira e Castro

Engenheiro Agrônomo formado pela Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"-USP, e Analista de Mercado do MilkPoint.

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Rodolfo Tramontina de Oliveira e Castro
RODOLFO TRAMONTINA DE OLIVEIRA E CASTRO

PIRACICABA - SÃO PAULO - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 07/02/2011

Muito obrigado Marcelo e João pelos comentários.
Joao Aparecido F. Santos
JOAO APARECIDO F. SANTOS

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 06/02/2011

Prezado Rodolfo,
Lendo este artigo, nós que estamos diretamente envolvidos na produção de leite ficamos animados e podemos aumentar a produção, que com certeza teremos mercado para vender nosso produto. Parabéns ao Milkpoint por deixar nós produtores bem informados e preparados para encarar o dia a dia. Vamos em frente...vamos abstecer o mundo com leite brasileiro. Abraços.
Marcelo Erthal Pires
MARCELO ERTHAL PIRES

BOM JARDIM - RIO DE JANEIRO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 05/02/2011

Caro Rodolfo,

existem motivos externos e internos para uma alta no preço do leite, tanto externo como no mercado interno - no externo : altas das comodites (insumos), ameaça do fechamente do Canal de Suez, Austrália devastada por uma imensa enchente, aumento de renda de muitas pessoas pelo mundo (e conseqüente poder de consumo) - razões internas: seca no Rio Grande do Sul, chuvas e enchentes no Sudeste, alta das rações, etc. Acredito que os preços vão sem manter ou uma pequena baixa até a chegada do frio no Sul/Sudeste, para aumentar a demanda.

Meus respeitos
marcelo
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