LBR ajusta operação e irá investir

Quase seis meses após sua criação, a LBR (Lácteos Brasil), resultado da união entre a gaúcha Bom Gosto e a Leitbom, está em plena integração, mapeando sinergias, identificando caminhos para ser mais competitiva e já prepara investimentos para a modernização de fábricas e equipamentos.

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Quase seis meses após sua criação, a LBR (Lácteos Brasil), resultado da união entre a gaúcha Bom Gosto e a Leitbom, está em plena integração, mapeando sinergias, identificando caminhos para ser mais competitiva e já prepara investimentos para a modernização de fábricas e equipamentos.

O processo de integração deve durar ainda todo este ano e tem sido uma tarefa complexa: antes de começar a integrar as companhias foi preciso trabalhar na integração das sete aquisições que o laticínio gaúcho havia feito nos últimos três anos, além da fusão com a Líder. "Estamos mapeando sinergias e estabelecendo os processos da nova companhia", afirma Fernando Falco, diretor-presidente da Lácteos Brasil.

Nesse processo de integração, a LBR decidiu fechar temporariamente, segundo Falco, quatro das suas 30 unidades no país: Uruaçu e Fazenda Nova, ambas em Goiás, e Minduri e Aiuruoca, as duas em Minas Gerais. Em Uruaçu, a empresa produzia leite condensado e leite em pó. Agora, a produção ficará concentrada em São Luiz dos Belos Montes (GO) e em Tapejara (RS), de acordo com Falco. Fazenda Nova tinha produção de queijo parmesão ralado. As duas outras fabricavam queijo, e agora essa produção será concentrada em Pouso Alto e Curral Novo, as duas no Estado de Minas.

Segundo a empresa, as quatro unidades representam apenas 2,09% de seu volume total de produção. "Depois de uma análise econômica, concluímos que era mais interessante concentrar para ter competitividade e escala", diz o executivo. O plano é reabrir essas unidades, afirma Falco, dependendo do comportamento da demanda. "Podemos reabrir com outro tipo de operação", observa.

Além de buscar ganhos de escala e melhora no mix de produtos, a LBR busca mais eficiência logística. Isso será possível, por exemplo, com a produção de diferentes marcas de leite longa vida na mesma fábrica.

A estratégia para as marcas da Lácteos Brasil também está sendo redesenhada. A empresa admite que algumas marcas menores poderão desaparecer de seu portfólio num horizonte de cinco anos dependendo de seu desempenho. O fato é que a LBR ficou com um número muito grande de marcas - 15 no total -, que pertenciam à Leitbom e à Bom Gosto.

A empresa elegeu duas como marcas nacionais: Parmalat, para leite e seus derivados, e Poços de Caldas, para queijos, requeijão e refrigerados. De acordo com Falco, a estratégia para as marcas prevê ainda que algumas delas ficarão mais regionalizadas e restritas a determinados produtos.

O processo de integração da empresa ainda está em curso, mas já há planos para o crescimento orgânico, por isso a LBR planeja investir R$ 129 milhões nos próximos 18 meses num programa de modernização de fábricas, com a instalação de máquinas de envase de lácteos mais eficientes. Do valor total, R$ 100 milhões são contrapartida dos fornecedores das máquinas de envase, que serão pagos por meio de contratos de leasing.

Nos primeiros cinco meses de operação, a Lácteos Brasil faturou, em média, R$ 220 milhões mensais, abaixo dos R$ 250 milhões previstos quando a fusão foi anunciada e se estimou receita total de R$ 3 bilhões anuais. "O faturamento foi um pouco menor porque operamos abaixo da capacidade. A partir deste mês, começa a aumentar [o processamento]", afirma Fernando Falco. A capacidade de processamento diário da companhia é de 8 milhões de litros de leite.

A matéria é de Alda do Amaral Rocha, publicada no jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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Edvalson de Sousa Martins
EDVALSON DE SOUSA MARTINS

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/06/2011

Esta faltando interatividade entre o produtor e os elos da cadeia produtiva: captação, setor de genetica, nutrição, insumos e de sanidade animal. Só querem tirar proveito da atividade, como se fosse o produtor o grande vilão da história.T eremos que ser parceiros, um ajudando o outro, dando orientações técnicas em cada área da cadeia produtiva, podendo a partir dai, fortalecer a auto estima, criando motivação, para que toda cadeia tenha sucesso na atividade. Aunião faz a força.


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