Laep: redução de dívida faz ações subirem 7%

Uma redução em uma dívida tributária de R$ 14 bilhões cobrada há dez anos da antiga Parmalat levou ontem (8), as ações da Laep, empresa que controla da companhia em recuperação desde 2006, a uma valorização de 6,99% na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O papel fechou o dia cotado a R$ 1,53.

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Uma redução em uma dívida tributária de R$ 14 bilhões cobrada há dez anos da antiga Parmalat levou ontem (8), as ações da Laep, empresa que controla da companhia em recuperação desde 2006, a uma valorização de 6,99% na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O papel fechou o dia cotado a R$ 1,53.

A ação da empresa, que desde o início do ano vem oscilando a cada notícia de associação - como o acordo operacional com a Leitbom, laticínio da GP Investimentos, firmado em março - ou rumor sobre venda de ativos, chegou a registrar valorização de 13,98% no início do pregão.

Na noite de quarta-feira (7), a Laep divulgou fato relevante informando que em julgamento realizado pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado ao Ministério da Fazenda, reduziu uma dívida tributária calculada em R$ 10,7 bilhões (R$ 14 bilhões em valores atuais) para R$ 12 milhões.

Segundo o advogado Thomas Felsberg, que representou a Parmalat até 2007, a redução da dívida é justa. De acordo com Felsberg, a dívida corrigida de R$ 14 bilhões representa dez vezes o faturamento da Parmalat no Brasil em 1999, de R$ 1,4 bilhão. "É uma desproporção. A dívida tem de ser alguma coisa dentro do âmbito razoável do tamanho da empresa. Era uma exigência fiscal excessiva", diz.

Com a redução da escala da empresa nos últimos anos, ressalta o advogado, uma dívida de R$ 14 bilhões colocaria todo o esforço da recuperação judicial a perder. "Inviabilizaria a empresa mesmo quando ela era maior. Já R$ 12 milhões é um valor que ela consegue pagar." Conforme nota da Laep, o valor ainda pode ser discutido nas esferas administrativa e judicial.

A redução do débito com o Fisco torna a Parmalat mais atraente para futuros compradores, o que beneficiaria indiretamente credores incluídos na recuperação judicial, que teriam acesso mais rápido ao dinheiro que reivindicam.

A matéria é de Fernando Scheller, publicada no Estado de São Paulo, resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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carlos mesquita
CARLOS MESQUITA

CURITIBA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 20/04/2010

Alguém tem mais alguma informação sobre a RJ e a possível fusão com a GP? Grato
Qual a sua dúvida hoje?