Após três meses consecutivos de níveis relativamente estáveis, informa a FAO, o aumento de janeiro foi impulsionado por uma forte recuperação das cotações dos lácteos e pelos preços mais firmes dos óleos vegetais e dos açúcares
Em janeiro, o indicador que mede especificamente as oscilações dos cereais ficou em 168,1 pontos, avanço marginal em relação ao mês anterior mas 11,5 pontos percentuais acima do mesmo mês de 2018. "Foi um mês relativamente calmo para milho e trigo, em parte devido à ausência de importantes relatórios do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) devido ao fechamento de serviços do governo", diz a FAO em relatório.
O indicador de preços dos óleos vegetais alcançou 131,2 pontos em janeiro, um avanço mensal 5,4 pontos. O aumento deve-se principalmente ao óleo de palma, que está em declínio sazonal de produção. Mas o óleo de soja também subiu no mês, diz a instituição. O índice de preços das carnes ficou praticamente inalterado em relação a dezembro, em 162,9 pontos.
Já os lácteos apresentaram elevação forte de 12,2 pontos na comparação mensal, para 182,1 pontos. Essa recuperação ocorreu após sete meses consecutivos de queda e, segundo a FAO, deve-se ao aumento do consumo de todos os lácteos e derivados na Oceania, o que fez diminuir as exportações para a Europa. A maior elevação foi a do leite em pó desnatado - 16,5% em relação a dezembro.
O indicador do açúcar ficou em 181,9 pontos em janeiro, com alta de 2,4 pontos. "Os preços internacionais do açúcar foram influenciados pelos movimentos da moeda brasileira (real), que ganhou força frente ao dólar dos Estados Unidos", diz o texto da FAO.
As informações são do jornal Valor Econômico.