Lácteos levam ministro à Argentina

O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, vai pessoalmente à Argentina ajudar nas negociações das cotas de importação de lácteos. Segundo o Ministério da Agricultura, as importações de lácteos da Argentina e do Uruguai cresceram 185% de agosto de 2010 a agosto deste ano.

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O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, vai pessoalmente à Argentina ajudar nas negociações das cotas de importação de lácteos. Segundo ele, a situação tem evoluído nas últimas semanas. Na contramão, segmentos ligados ao mercado produtor brasileiro reclamam de "inundação" de produtos dos vizinhos e pedem uma "rápida" resolução do problema. Segundo o Ministério da Agricultura, as importações de lácteos da Argentina e do Uruguai cresceram 185% de agosto de 2010 a agosto deste ano.

De acordo com o ministro, existem várias questões sendo articuladas. "Eu autorizei o Ministério das Relações Exteriores e o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio [do Ministério da Agricultura], Célio Porto, a negociar minha ida a Buenos Aires. Também conversei com outros ministros na reunião da Câmara de Comércio Exterior [Camex] sobre o assunto", afirma Mendes Ribeiro. "Nós temos uma política de boa vizinhança".

No próximo dia 28, em Buenos Aires, representantes do setor privado do Brasil e da Argentina e membros dos governos dos dois países farão a terceira reunião para discutir a renovação do acordo de limitação voluntária das exportações de leite argentino para o mercado brasileiro. Representantes do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento e Indústria, das Relações Exteriores e do Desenvolvimento Agrário estarão presentes.

A intenção do Ministério da Agricultura é que haja um fluxo regular de oferta da matéria-prima, sem "surtos" de importação. Desse modo, segundo o diretor de assuntos comerciais da secretaria de Relações Internacionais, Benedito Rosa do Espírito Santo, a indústria brasileira não terá problemas de suprimento, nem terá o setor produtivo nacional desestruturado.

O acordo comercial firmado entre os setores privados dos dois países, no ano passado, com o aval dos governos, expirou em abril deste ano. O pacto limitava as importações de leite em pó argentino a 3.300 toneladas por mês. De lá para cá, a Agricultura tem renovado o acordo a cada dois meses enquanto estuda resolução mais duradoura. Agora, o setor privado está incomodado devido ao forte aumento dos volumes importados. As quantidades até agosto deste ano praticamente se equivalem às mesmas do ano passado inteiro.
O total de importações de leite em pó até agosto atingiu 56 mil toneladas e já superou as 52 mil toneladas do ano passado inteiro. O caso do queijo é semelhante. Foram 21 mil toneladas em 2010, contra 20 mil nos oito primeiros meses deste ano.

Os argentinos pressionam para que o Brasil também assine um acordo nos mesmos moldes com o Uruguai para limitar as exportações para o mercado brasileiro. Os produtores do país alegam que, ao limitar suas vendas, perdem espaço para os uruguaios.

A matéria é da Tarso Veloso, para o Valor, resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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RONALDO CARVALHO SANTOS
RONALDO CARVALHO SANTOS

CURITIBA - PARANÁ - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 19/09/2011

Sobrou ao Ministro apagar um grande incêndio.


Porém uma politica de longo prazo envolvendo Indústria e produtores é urgente;


Deverão estar acordes do respeito ao livre mercado e tratativas da OMC.


Produzir em escala, e de acordo com os regulatorios. matéria prima e produtos.


Criar mecanismos que possibilitem manter e criar hábito de consumo de lácteos.


Remodelar o parque industrial e minimizar custos de produção.


Banir do mercado mix de produtos que nada tem a ver com a tradição do setor.


Estes produtos somados.  aos tradicionais, sem qualidade estimulam a importação.


Estudar implantação de consorcios incluindo toda cadeia produtiva.


Integração horizontal e vertical entre consorcios ,desde o inicio ao final.da cadeia.


Consorcio aberto a segmentos alheios   a cadeia produtiva


Revisão urgente na lista de exportadores de Lacteos ao Brasil,


Ja existem normas do DIPOA que preconizam a periodicidade das visitas.


Levantando as datas de homologação haverá surpresas.


Os custos conforme legislação do DIPOA são arcados pelas indústrias interessadas.


A força de trabalho especializada para tal existe,.


FFAs do DIPOA e, se necessário aposentados que já tiveram esta Missão.


Finalmente  aprimorar a interface Produtor/Indústria/SIF


O FFA , primordialmente deveré estar imbuído de que é, um agente de mudança;



RONALDO CARVALHO SANTOS   -  MÉDICO VETERINÁRIO

Assessoria Independente
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