Justiça investiga empresas de laticínios gaúchas
O Ministério da Justiça abriu processo administrativo para investigar supostos crimes de cartel e prática de preços predatórios entre empresas de laticínios do sul do Estado. O esquema teria funcionado entre outubro de 2003 e janeiro de 2004, para regular o valor do leite Tipo C - comercializado em embalagens de saquinho.
Publicado por: MilkPoint
Publicado em: - 2 minutos de leitura
Uma investigação foi feita na época pela Polícia Federal (PF) e, agora, serviu de base para a Secretaria de Direito Econômico (SDE) - órgão do Ministério - analisar indícios de irregularidades. À época, o inquérito da PF confirmou o cartel e identificou o chamado dumping, já que preços inferiores aos de mercado foram praticados por mais de 75 dias.
O caso foi descoberto pela polícia através da denúncia de pequenas usinas beneficiadoras de leite da região, que estariam sendo prejudicadas. A conclusão foi que a proposta partiu das duas maiores empresas da região: Cosulati e Elegê, hoje BRF Brasil Foods. "Descobrimos que uma reunião seria realizada na sede de uma das empresas, em Pelotas. Nesse encontro, as pequenas usinas seriam coagidas a subir o preço do leite para R$ 0,95, um índice muito grande. Através de meios especiais de investigação, confirmamos isto" - explica o delegado.
A Cooperativa dos Pequenos Agricultores e Produtores de Leite da Região Sul (Coopal), a Indústria de Laticínios Santa Silvana e a Thurmer & Leitzke e o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat) também foram citados no documento da SDE.
O valor combinado seria inferior ao custo de produção, o que prejudicou a operação das empresas menores, causando, inclusive, alguns fechamentos. Todos terão 30 dias, a contar de ontem, para apresentar ao ministério suas defesas.
Contraponto
O que dizem as empresas:
BRF Foods: Por meio de nota, a BRF Foods esclareceu que a aquisição da Elegê ocorreu no início de 2007. Mesmo com o fato de a compra da empresa ter sido realizada depois, a companhia pretende colaborar com as investigações.
Coopal: A empresa não foi localizada através do número de telefone fornecido pela prefeitura de Canguçu.
Cosulati: A superintendência da empresa afirmou que o laudo da Polícia Federal não detectou a combinação de preços. A Cosulati irá aguardar a decisão da Justiça.
Indústria de Laticínios Santa Silvana: Diversas prefeituras e sindicatos da região foram contatados, mas nenhuma soube informar o contato da empresa, que não foi localizada.
Sindilat: O processo é de 2003 e, na época, o sindicato não foi chamado para depor. O Sindilat irá pedir uma cópia do processo para poder se manifestar dentro do prazo.
Thurmer & Leitzke: A proprietária da empresa não recebeu nenhuma notificação. Ela confirma que na época das investigações ocorreram algumas reuniões, mas que em nenhuma delas foi discutida a combinação de preços.
A redução no preço
O valor médio do litro de leite, em outubro de 2003, teria sido de R$ 0,68. Já entre novembro de 2003 e janeiro de 2004, foi reduzido para R$ 0,67.
As informações são do Zero Hora, adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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