Italac deve faturar R$ 1 bilhão em 2009
Em janeiro de 1994, com um investimento de R$ 232 mil, os irmãos Teixeira, mineiros do sul do Estado, colocaram duas unidades de processamento de leite para operar em Goiás e Rondônia. Em um mês produziram 30 mil quilos de mussarela e faturaram R$ 82 mil. Era o começo da Italac. Quase 16 anos depois, a empresa tem hoje uma capacidade de processamento de 4 milhões de litros por dia, produz 50 toneladas de queijo diariamente e deve fechar o ano com faturamento de R$ 1 bilhão, segundo Cláudio Teixeira, presidente da empresa.
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Com um perfil discreto, a Italac cresceu nos últimos anos investindo na ampliação de unidades e também na construção de plantas a partir do zero e apostando na diversificação. Do ano passado até agora, os aportes alcançaram R$ 100 milhões. Até 1998, a empresa produzia basicamente queijos, e naquele ano entrou no leite longa vida.
O empresário faz questão de dizer que ele e os irmãos criaram a Italac do "zero". Todos atuam no dia a dia da companhia: Alexandre é diretor de operação e marketing, Sérgio, industrial, Jerônimo, comercial, e Márcio, de produção. "Começamos com uma captação de 8 mil litros de leite por dia", afirma Cláudio Teixeira. Hoje, a Italac está entre as cinco maiores empresas na captação de leite no país, com 2 milhões de litros por dia.
A matéria-prima, entregue por 12 mil produtores, é processada nas cinco unidades da empresa: duas em Rondônia (Jaru e Ouro Preto d' Oeste), Corumbaíba (GO), Xinguara (PA) e Passo Fundo (RS), que acaba de ser inaugurada. Além de leite e queijos, a Italac produz achocolatados, leite em pó, soro de leite, leite condensado, creme de leite e manteiga (em embalagens grandes, para uso industrial).
Teixeira diz que o projeto da empresa para os próximos cinco anos é lançar novos produtos, em grande escala. Para 2010, já estão previstos o lançamento de uma linha de leites especiais, doce de leite e manteiga para o consumidor final. Segundo o empresário, a estratégia de diversificação é fundamental no segmento, já que as margens são baixas no leite longa vida.
Os R$ 100 milhões investidos desde 2008 - a maior parte capital próprio, segundo Teixeira - foram destinados à planta de Passo Fundo, onde há produção de leite longa vida, creme de leite e achocolatados. Também foram usados para a construção de uma fábrica de leite em pó e soro em Jaru. O investimento no leite em pó reflete as perspectivas de que o Brasil ainda se firme como exportador do produto.
Para 2010, segundo o presidente da Italac, a previsão é investir R$ 20 milhões na duplicação da produção de leite condensado na unidade de Corumbaíba e R$ 40 milhões na segunda fase de investimentos em Passo Fundo. Lá será implantada uma fábrica de leite em pó, com capacidade de processamento de 600 mil litros por dia.
Dizendo-se conservador, Teixeira afirma que agora a Italac está pronta para crescer. "Nosso endividamento de longo prazo não chega a 2% do faturamento". O aumento da receita da Italac este ano em relação a 2008 deve ser de 35%. Nos últimos anos, a média de crescimento foi de 30%. "O plano é continuar crescendo 30% a 40%", afirma Teixeira.
Uma das medidas para continuar nesse ritmo é ampliar o investimento em marketing. Até hoje apenas campanhas regionais foram feitas, mas para 2010, a empresa planeja uma campanha mais ampla, "para agregar valor" à marca Italac , diz Alexandre Teixeira.
A matéria é de Alda do Amaral Rocha, publicada no jornal Valor Econômico, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.
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ITAPACI - GOIÁS - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA
EM 30/11/2009

SÃO MARTINHO - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 20/11/2009
Eu gostaria de ter essa chance na minha propriedade, de colocar o preço naquilo que eu compro conforme o lucro que quero obter. Certamente divulgaria ótimos lucros na minha atividade, mas não é isso que eu quero, só preciso ter uma remuneração justa para que tanhamos lucros justos, sem tirar dos outros para meu enriquecimento.

CAMPO ALEGRE DE GOIÁS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 20/11/2009
O sucesso da Italac prova que o oligopólio dos laticínios (que muitas vezes se cartelizam e funcionam como monopólio de fato) tem lucros exorbitantes. Enquanto isso, os produtores, atomizados, sem poder de barganha, tomadores de preço, continuam operando no limite da falência. Tudo isso prova que, para o setor lácteo crescer sustentavelmente, os produtores têm de dominar toda a cadeia produtiva via cooperativismo. Não vejo outra solução. Nesse mesmo período em que a Italac tanto expandiu, nenhum produtor de leite que conheço multiplicou tanto seu patrimônio. Aliás, a vasta maioria está com o mesmo patrimônio, com nenhuma remuneração pelo seu capital imobilizado na produção.

CRIXÁS - GOIÁS
EM 20/11/2009

AUGUSTO PESTANA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 19/11/2009

CASTRO - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 19/11/2009
Eu se tivesse um lucro desse ficava quietinho!!!!

EUGENÓPOLIS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 19/11/2009

GOIÂNIA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 19/11/2009
Prova de que não deram muita importância às lamentações, arregaçando as mangas e, consequentemente, alcançando resultados formidáveis.
Como, certa vez, disse Henry Ford: "Se você pensa que pode ou pensa que não pode, em ambos os casos você está certo".
Pelo visto, os irmãos Teixeira sabem o que pensam...
Parabéns!
GOIÂNIA - GOIÁS
EM 19/11/2009
Sds.
Sálvio Andrade Fincatto
Eng. Agrônomo

PATOS DE MINAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 19/11/2009
"Teixeira diz que o projeto da empresa para os próximos cinco anos é lançar novos produtos, em grande escala. Para 2010, já estão previstos o lançamento de uma linha de leites especiais, doce de leite e manteiga para o consumidor final. Segundo o empresário, a estratégia de diversificação é fundamental no segmento, já que as margens são baixas no leite longa vida." (...)
"Dizendo-se conservador, Teixeira afirma que agora a Italac está pronta para crescer. "Nosso endividamento de longo prazo não chega a 2% do faturamento". O aumento da receita da Italac este ano em relação a 2008 deve ser de 35%. Nos últimos anos, a média de crescimento foi de 30%. "O plano é continuar crescendo 30% a 40%", afirma Teixeira."
A indústria diversifica a produção de derivados, lucra alto, não está endividada, enquanto na outra ponta da porteira os produtores que fornecem a matéria prima estão operando no vermelho há anos. Quando há uma melhora no cenário, esta dura alguns meses, com o produtor recebendo R$ 0,25 a mais, enquanto as indústrias e o varejo chegam a triplicar os preços do leite UHT e dos derivados.
Lamentável.

CUIABÁ - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 19/11/2009