Para minimizar o impacto da elevação de preços e os prejuízos ocasionados pela estiagem, especialistas estão incentivando, no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, a adoção da técnica de irrigação de pastagens. O método permite não só reduzir gastos mas também promover a independência da produção leiteira na entressafra.

De acordo com o professor da Uniube/Fazu, Luís César Drumond, após a implantação do sistema em pastos, pode-se obter uma diminuição de 50% dos investimentos em relação aos processos de silagem e fontes alimentares alternativas. "Além da utilização das áreas em qualquer época do ano, a tecnologia pode ser aproveitada no período de chuvas, para fertirrigação de milho e sorgo, que servirão de matéria-prima para forragens".

A média nacional de gado, alimentado sob pivô de irrigação, é de dez a 12 cabeças por hectare, durante a primavera e o verão; e de seis a oito reses nos períodos do outono e do inverno. "Estas são médias altíssimas, se comparadas às de áreas de sequeiro (sem irrigação) em que a média nacional é de um a dois animais alimentados por hectare", enfatiza.

Aspersão em malhas

O sistema mais difundido em pequenas, médias e grandes propriedades é o de aspersão em malhas, que consiste na introdução de tubulação subterrânea para irrigação, mudando-se apenas o aspersor de lugar. O valor deste dispositivo está estimado entre R$ 900 e R$ 1 mil por hectare, custo inferior, se comparado ao da adoção de pivôs, cuja média varia de R$ 1,8 mil a R$ 2,7 mil por hectare.

fonte: Gazeta Mercantil (por Virna Campos), adaptado por Equipe MilkPoint