Outro fator a estimular a expansão do cereal na Argentina é a valorização de preços do grão e a ausência de taxas de exportação – ante 26% de taxa para a soja, fator limitante para a forte recuperação da área da oleaginosa, após a quebra da safra 2017/18. O que ainda pesa a favor da soja, porém, é a possibilidade de expansão de negócios com a Ásia, em razão da guerra comercial entre a China e os Estados Unidos.
Se o aumento de área de milho se confirmar, há a possibilidade de normalização das condições de oferta e de preços do grão na América Latina em 2019. “Caso o aumento da produção seja confirmado, a Argentina deve recuperar em 2018/19 parte das exportações que atualmente estão sendo perdidas para os Estados Unidos”, diz a INTL FCStone.
O analista da consultoria ressalta, porém, que ainda é cedo para afirmar que a Argentina terá uma grande safra. “Atualmente, o prognóstico climático não é favorável. Os trabalhos do plantio do milho temprano, que é semeado mais cedo, estão sendo dificultados pela falta de umidade em grande parte do território, especialmente na região norte e em Córdoba.” O relatório explica que a semeadura de lotes tardios se intensifica em dezembro. “Logo, ainda é muito incerto dizer se a atual seca limitará a capacidade de plantio da Argentina”, diz.
As informações são do jornal Estadão.