Internet da coisas chega à agricultura e deve investir R$ 100 milhões em 2019

A chamada internet das coisas começa a dar resultados também para a agricultura. A Abinc (Associação Brasileira da Internet das Coisas) criou um comitê de estudos voltado para o setor. Esse comitê de agricultura digital vai discutir o trabalho agrícola, gargalos do setor, legislação, padrões de transmissão de dados e outros serviços pertinentes ao agronegócio. Profissionais ligados ao setor vão buscar formas de acelerar e de baratear o uso de tecnologias no campo.

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A chamada internet das coisas começa a dar resultados também para a agricultura. A Abinc (Associação Brasileira da Internet das Coisas) criou um comitê de estudos voltado para o setor. Esse comitê de agricultura digital vai discutir o trabalho agrícola, gargalos do setor, legislação, padrões de transmissão de dados e outros serviços pertinentes ao agronegócio. Profissionais ligados ao setor vão buscar formas de acelerar e de baratear o uso de tecnologias no campo. Como diz Flavio Maeda, presidente da entidade, "é preciso tirar as ideias do papel".

Figura 1Drone para uso em agricultura na província de Hebei, na China - Hu Gaolei - 6.jun.18/Xinhua

As novas ferramentas que vêm da tecnologia vão auxiliar os produtores na tomada de decisões e podem aumentar em até 15% a produtividade. Além disso, ajudam a reduzir custos e consumos de água e de energia. Herlon Oliveira, vice-presidente da Abinc, diz que a agricultura ainda é muito empírica e um dos objetivos da internet das coisas é a aplicação de algoritmos no acompanhamento das culturas.

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Há dois anos, mesmo havendo máquinas apropriadas para a coleta de dados no campo, essas informações não eram utilizadas, devido a problemas de transmissões de dados para "as nuvens". Agora já é possível, embora ainda seja necessária a aplicação de parâmetros na utilização desses dados. Ele acredita que a chegada da tecnologia à agricultura é um processo irreversível. Por isso, os investimentos crescem. Na safra 2018/19 serão investidos pelo menos R$ 100 milhões nesse setor.

As inovações vão de sensores no solo, informações de clima, sistemas de produção a processos industriais. Tudo isso leva a uma interação em tempo real. A previsão antecipada de chuva no campo permite uma usina saber que terá menos cana para moer em determinados dias, devido às dificuldades de colheita e de transporte. Com essas informações, por exemplo, a empresa poderá liberar algumas caldeiras para manutenção. Essa programação antecipada elimina custos, segundo Oliveira. "Uma das grandes vantagens da aplicação da internet da coisas no campo é a predição. O ato de antever as necessidades das plantas e do setor."

Esse avanço da tecnologia no campo pode ser acelerado ainda mais, no entanto, com alguns acertos. Um deles é o da conectividade. Com grandes distâncias entre as sedes das fazendas e as áreas de produção, o sistema de transmissão em tempo real fica prejudicado. Oliveira diz que esse entrave pode ser resolvido com sistemas de transmissão de dados em pequenos pacotes. Essa transmissão pode ser feita com as redes 2G ou 3G. É de baixo custo, e as operadoras vão ganhar com o processamento de dados dos grandes grupos agropecuários.

Oliveira destaca, ainda, que as universidades deveriam preparar os novos profissionais para essas inovações. O agrônomo é a base empírica da atividade agrícola e deve se tornar um "cientista agrônomo digital". Chamado o celeiro do mundo, o Brasil pode vir a ser também um grande exportador de conhecimento agrícola digital, segundo o vice-presidente da Abinc. Para discutir a aceleração da transição da agricultura atual para a agricultura digital, a Abinc promove o seminário Agrônomo Digital na quarta-feira (13) em São Paulo.

As informações são da Folha de São Paulo.

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