Segundo Fernando Gonçalves, gerente de Índices de Preços ao Consumidor, a safra agrícola brasileira será menor neste ano em comparação ao volume recorde de 2017, mas segue favorável, em 230 milhões de toneladas, a segunda maior da história. “A safra é menor, mas ainda boa. Repetindo uma boa safra, a alimentação vai contribuir para conter o índice. Isso vai depender, claro, de como vão ficar as chuvas, o custo da energia elétrica”, disse Gonçalves.
Os produtos alimentícios para consumo em casa — o que exclui restaurantes, lanchonetes etc. — tiveram aumento médio de preços de 0,27% em abril, após deflação de 0,18% um mês antes, conforme dados do IBGE. Na alimentação no domicílio, subiram cebola (19,55%), hortaliças (6,46%), leite longa vida (4,94%) e frutas (2,95%). Na outra ponta, em baixa, apareceram batata-inglesa (-4,31%), açúcar cristal (-2,80%), frango inteiro (-2,08%) e carnes (-0,31%).
Mas não é só a safra que permite uma inflação baixa do grupo alimentação e bebidas. A alimentação fora de casa, mais associada ao trabalho e à renda, apresentou queda de 0,55% em abril, após elevação de 0,62% um mês antes. O consumo em restaurantes, bares e lanchonetes representa um terço dos gastos com alimentação e bebidas.
As informações são do jornal Valor Econômico.