Indústria láctea do Uruguai luta para "fidelizar" produtores

A luta entre as indústrias de lácteos do Uruguai para "fidelizar" os produtores de leite de quem captam a matéria-prima já não se limita aos preços. Outro problema é a obtenção de volume e há empresas que estão ajudando os produtores a incorporar mais ventres para garantir a captação.

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A luta entre as indústrias de lácteos do Uruguai para fidelizar os produtores de leite de quem captam a matéria-prima já não se limita aos preços. Outro problema é a obtenção de volume e há empresas que estão ajudando os produtores a incorporar mais ventres para garantir a captação.

O setor leiteiro uruguaio tem entre 370.000 a 380.000 ventres, dois quais cerca de 300.000, no máximo, estão produzindo um volume em torno de 1,5 bilhão de litros anuais. Hoje, as remissões de leite à planta são recordes, mas, para que o crescimento seja sustentável em longo prazo é necessário que o rebanho leiteiro uruguaio incorpore mais ventres.

Diferentemente do que ocorria há dois anos, quando as vacas leiteiras eram enviadas a frigoríficos pelo avanço da agricultura, hoje, as fazendas fecham e as vacas passam para as mãos de outros produtores que as faz produzir melhor. O gargalo para incorporar mais ventres ao rebanho leiteiro está no alto período entre os partos (17 meses) e as bezerras entram como vacas leiteiras para produzir com uma idade de não menos de 37 meses.

A Cooperativa Nacional de Produtores de Leite do Uruguai (Conaprole) faz valer a vantagem de ser uma cooperativa, onde o produtor é parte da empresa e é muito exigente quanto à qualidade. A Indulacsa está pagando um pouco menos pelo litro de leite, mas tem menos exigências de qualidade.Essa empresa compartilha produtores com outras empresas, mas garante um certo volume por produtor. A Schreiber Foods - novo membro no mercado - busca assegurar o volume, paga melhor por ele e tem espaço para ceder em qualidade, porque se dedica à elaboração de caseína. A empresa está marcando um elemento diferencial ao tentar captar - mediante ajuda no financiamento a produtores - mais leite a partir de vacas que mudam de mão quando se fecham as fazendas. Os produtores insistem que "não há políticas públicas que facilitem a retenção de ventres, a melhor cria ou a melhor criação de bezerras".

A guerra pelo leite parece não ter fim, porque, em curto prazo, não se maneja nenhuma projeção para que o rebanho leiteiro cresça e o recorde na captação de leite às plantas processadoras seja sustentável no tempo. Hoje, os preços do leite ajudam o produtor a melhorar a dieta de seus ventres na produção, mas também, os produtores estão enfrentando um dos melhores outonos dos últimos anos.

As informações são do El País Digital, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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