As grandes fabricantes de chocolates, que já têm presença consolidada no mercado varejista, projetam um crescimento em torno de 5% no volume de vendas para a Páscoa deste ano. Já as empresas médias do setor, que buscam atingir um nicho mais sofisticado de mercado, esperam um aumento acima de 20%. É o caso da Kopenhagen, do Grupo CRM e da Cacau Show, que apostam nas vendas de suas franquias.
A Nestlé prevê que o consumo per capita de chocolate no Brasil continuará crescendo acima da variação do PIB. De acordo com o gerente de Marketing de Chocolates da empresa, Ricardo Bassani, o crescimento das vendas neste ano será superior ao da Páscoa de 2011, que foi de4%.
Bassani explicou que, quanto mais distante estiver a Páscoa do início do ano, época em que se concentram despesas como IPVA e IPTU, melhor o desempenho do setor em termos de vendas. Como a data deste ano cairá em 8 de abril, ele espera que as vendas se concentrem na primeira semana de abril. "Quanto mais próxima do início do ano, pior é a Páscoa. Mas, sendo em abril, está de bom tamanho", afirmou.
A Garoto informou que vai produzir neste ano 20 milhões de ovos, um aumento de 5% sobre o volume de 2011. Para o gerente executivo de Marketing da empresa, André Barros, o desempenho deste ano está sendo beneficiado pelo crescimento da renda da população, principalmente após o aumento do salário mínimo no início deste ano. "O salário mínimo injeta renda no mercado e beneficiou principalmente a classe média, que é a faixa da população em que o consumo de chocolate mais cresce", afirmou.
A Kraft, detentora da marca Lacta, afirma que a produção de ovos de chocolate para a Páscoa deste ano vai totalizar 27milhões de unidades, ante 25 milhões no ano passado. "O Brasil não sofreu reflexo da crise internacional e o setor de chocolates cresce a dois dígitos por ano. Na Páscoa, esse crescimento ficará entre 5% e 6%", previu a gerente de Marketing da Kraft, Mariana Perota.
Já a argentina Arcor aposta nos investimentos para alcançar um crescimento de 20% no volume de vendas para a Páscoa de 2012. Segundo o gerente de Marketing de Chocolates, Ciro Mariani, a empresa aposta em novos produtos e licenciamentos.
Bem mais otimistas que a grande indústria, a Kopenhagen espera crescer 28% em volume de vendas, para 476 toneladas de itens para Páscoa, e a Cacau Show espera que o aumento no volume seja de 23%.
A justificativa, de acordo com o presidente da Cacau Show, Alexandre Costa, é que essas empresas, voltadas a produtos mais sofisticados, ditam a tendência do mercado de chocolates. "Nós somos o P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) do mercado. É como se fôssemos a alta costura do setor", disse, em referência aos lançamentos das marcas, que mais tarde são copiados para a grande indústria.
A Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), mesmo sem divulgar projeções, espera que a Páscoa deste ano tenha um desempenho tão bom quanto ade 2011. Segundo o presidente da entidade, Getúlio Netto, o brasileiro consome em média 2,2 quilos de chocolates por ano, cifra que, segundo ele, está abaixo de países europeus e dos Estados Unidos. "A nova classe média trouxe consumidores e o mercado regular de chocolates cresce junto", afirmou. "Se tem chocolate, renda e festa, pode apostar que vai ser muito bom."
Matéria é de Wladimir D'Andrade, da Agencia Estado, adaptada pela Equipe MilkPoint.
Indústria de chocolate prevê venda aquecida na Páscoa
As grandes fabricantes de chocolates, que já têm presença consolidada no mercado varejista, projetam um crescimento em torno de 5% no volume de vendas para a Páscoa deste ano. Já as empresas médias do setor, que buscam atingir um nicho mais sofisticado de mercado, esperam um aumento acima de 20%.
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