Entre os grupos de produtos pesquisados pela FAO, apenas o açúcar subiu no mês passado. Os demais recuaram, com destaque para a forte retração do milho, que influenciou o resultado dos cereais. Esse grupo registrou redução média de 2,8% na comparação mensal. "As expectativas de uma safra muito grande nos EUA pressionaram as cotações para baixo. Os preços internacionais do arroz e do trigo também caíram no mês - este último devido principalmente às fortes vendas e embarques da Rússia", informou a FAO em comunicado.
O indicador de preços do grupo dos óleos vegetais, onde está incluída a soja - carro-chefe do agronegócio brasileiro - caiu pelo oitavo mês consecutivo e atingiu o piso em três anos. A maior queda foi a do óleo de palma, em decorrência dos grandes estoques nos países exportadores.
O índice de preços dos produtos lácteos, por sua vez, registrou variação negativa de 2,4% em setembro, enquanto o indicador do grupo das carnes caiu 0,1 ponto percentual sobre agosto.
Em setembro, o indicador da FAO para o açúcar ficou em 161,4 pontos, em alta de 2,6% sobre o mês anterior, mas ainda 21% abaixo do preço médio praticado em setembro de 2017. "Os trabalhos de colheita [de cana] no Brasil, maior produtor e exportador mundial, indicam que a seca teve um impacto negativo no rendimento da cana. As chuvas de monção na Índia e na Indonésia também sustentaram os preços internacionais".
As informações são do jornal Valor Econômico.