Índia desafiará UE como principal produtor de leite

China e Índia crescerão rapidamente como forças no setor leiteiro durante a próxima década, sendo responsáveis por mais de um terço do crescimento mundial na produção e apresentando um grande crescimento no consumo também.

A Índia desafiará a União Europeia (UE) em 2020 como primeira no ranking entre os produtores mundiais de lácteos, com um crescimento de quase 3% ao ano durante essa década levando sua produção para cerca de 150 milhões de toneladas, informou um estudo conjunto da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

A expansão na China será ainda mais rápida, de 3,3%, deixando o país - com a Índia - responsável por quase 60 milhões de toneladas das 153 milhões de toneladas de aumento na produção mundial entre 2010 e 2020. A expansão na China garantirá sua posição no topo do ranking entre os produtores de leite em pó integral, responsável por mais de um quarto da produção mundial.

Apesar disso, o aumento na demanda de importação da China, impulsionado pelo ceticismo com relação ao leite doméstico gerado pelo escândalo de contaminação de leite com melamina em 2008, deverá "reduzir somente lentamente". "A reconstrução da confiança dos consumidores nos produtos domésticos deverá levar vários anos", disse o relatório. "A modernização da indústria de lácteos gradualmente melhorará a situação. Porém, apesar da melhora na qualidade em médio prazo, a crescente renda e o fortalecimento do yuan manterão as importações de produtos lácteos acima das médias históricas".

A Índia, por sua vez, impulsionará a forte demanda global por manteiga, que a FAO e a OCDE disseram que apresentará o maior aumento de preços dentre todos os lácteos até 2020, de 11%, comparado com a média de 2008-10. A reportagem é do Agrimoney, adaptada e traduzida pela Equipe MilkPoint.