Importações em novembro atingem maior valor do ano
Guerra cambial em andamento, real supervalorizado frente ao dólar, restrição da oferta de leite no país, preços aumentando no mercado interno e sob elevados níveis no mercado externo, fizeram do valor importado de produtos lácteos em novembro um recorde dos últimos 5 anos. As importações no mês totalizaram US$ 36,7 milhões, um significativo aumento de 73,1% sobre o mesmo período do ano anterior, e 79,9% sobre outubro. Com o recuo das exportações para US$ 10,5 milhões o déficit saltou para US$ 26,1 milhões, mais de 5 vezes superior ao registrado em outubro.
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As importações no mês totalizaram US$ 36,7 milhões, um significativo aumento de 73,1% sobre o mesmo período do ano anterior, e 79,9% sobre outubro. Com o recuo das exportações para US$ 10,5 milhões (-31,8% sobre outubro) o déficit saltou para US$ 26,1 milhões, mais de 5 vezes superior ao registrado em outubro (US$ 4,9 milhões).
Grande parte do aumento do déficit se deu pelo crescimento das importações de leite em pó integral, leite em pó desnatado, manteiga e queijos. O primeiro produto apresentou uma alta de 54,7% de outubro para novembro no valor importado, passando de US$ 4,3 milhões para US$ 6,7 milhões e de 63,3% em volume, de 1,3 mil toneladas para 2,1 mil tons.
No caso do seu similar desnatado o crescimento foi ainda maior. O valor importado de leite em pó desnatado passou de US$ 3,6 milhões em outubro para US$ 11,6 milhões, mais 3 vezes maior. Em volume, o salto foi de 970 toneladas para 3,5 mil toneladas.
Para a manteiga - o produto que apresentou maior alta, embora os valores sejam comparativamente modestos - o valor importado em novembro foi 5,3 vezes maior sobre outubro, de US$ 248 mil para US$ 1,3 milhão, e o volume foi quase 6 vezes superior. Contudo, a manteiga ainda faz parte da lista dos produtos que o Brasil é superavitário, ao lado de iogurte, leite condensado e leite modificado.
Referente aos queijos, as importações cresceram 46,9% em valor e 50,3% em volume. Totalizando US$ 12,96 milhões e 2,8 mil toneladas.
Argentina e Uruguai
Significativa parte das importações em novembro vieram desses dois países. Juntos responderam por 92,5% do volume importado e 89,6% do valor. As importações do Uruguai foram mais modestas representando 22% e 24,4%, em volume e valor, respectivamente.
Já a Argentina respondeu por 70,5% do total do volume importado e 65,2% do valor. As importações de leite em pó provenientes do país foram de 3,9 mil toneladas, abaixo do valor estimado em matéria publicada ontem (8) da Infocampo e dentro da cota de importação 3 mil toneladas do produto da Argentina, pois essa considera médias mensais ao longo do ano.
Mesmo assim, da para perceber o destino de boa parte da produção de leite na Argentina nesse ofertado 2o semestre de 2010.
Equipe MilkPoint, com informações do MDIC.
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NATIVIDADE - RIO DE JANEIRO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 11/12/2010
Importar leite em pó, já é indecente.Importar queijos é imoral.
Em tudo que aprendi e li sobre livre comércio.os preços dos produtos obedecem ao que chamamos de oferta e procura. Oferta maior preços mais baixos. Oferta menor preços mais altos. Os produtores ficam a mercê destas variáveis. E o nosso país tem produção para se lidar com essas variáveis. Ex: Longa vida ou UHT, Leite em pó integral, que deveriam ser uma reserva da safra para ser usada na entresafra.
Mas o que realmente acontece é o total abadono do que seria certo e o abraço às negociatas do produto leite.
O maior problema é que o certo só interessa aos produtores. E, estes não têm união nem representatividade.
Enquanto isso vamos produzindo e observando.
S Poubel

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 10/12/2010

OUTRO - RONDÔNIA - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
EM 09/12/2010
Isso ta fora de controle.
Esse final de ano podem esperar os preços despencarem, a cada equilibrio ou valorização do produto nacional, há uma invasão de lacteos de origens que não sabemos bem ao certo.