Importações continuam elevadas em novembro, apesar de redução de 7,2%

No mês de novembro, o saldo da balança comercial de lácteos praticamente manteve-se semelhante à outubro, mas o déficit acumulado no ano se mantém elevado. As importações tiveram uma queda de 7,2%, com internalização de 15.735 toneladas de produtos lácteos.

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No mês de novembro, o saldo da balança comercial de lácteos praticamente manteve-se semelhante à outubro com variação de apenas 0,3% superior ao mês passado, mas o déficit acumulado no ano se mantém elevado. As importações tiveram uma queda de 7,2%, com internalização de 15.735 toneladas de produtos lácteos.

Do total importado, o leite em pó representou 35% e os queijos, 29%. As importações de leite em pó reduziram-se 39% em relação a outubro, totalizando 5.503 toneladas. Nos queijos, a redução foi de 5,2%, com 4.550 toneladas, como pode ser observado na tabela 1.

Ao considerarmos o equivalente em leite (a quantidade de leite utilizada para produzir um quilo de determinado produto), foram importados 94 milhões de litros de leite, dos quais 50 milhões foram de leite em pó.

Cerca de 86% do volume do queijo importado veio da Argentina: foram quase 4.000 toneladas no mês. No leite em pó, o Uruguai foi responsável por 69% da quantia importada pelo Brasil, ou seja, 3.271 toneladas e a Argentina enviou os 41% restantes, com 2.232 toneladas. É importante observar que não há acordo de cotas de importação com o Uruguai e que a Argentina está exportando leite em pó dentro do valor estipulado na nova cota, que será de 3.600 toneladas/mês. (leia mais sobre o acordo da cota de importação argentina clicando aqui).

Tabela 1. Balança comercial de lácteos de Nov/2011

Figura 1

O leite condensado, apesar de ser ainda o produto mais exportado, teve queda de 32,2%, com apenas 1.974 toneladas exportadas em novembro. O principal destino, com 32%, foi Angola.

O déficit acumulado no ano de 2011 atinge o número de 944 milhões de litros de leite (1055 milhões importados x 111 milhões exportados), representando 90,3% a mais do que o valor total de 2010.
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Dione Fraga dos Santos
DIONE FRAGA DOS SANTOS

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS

EM 12/12/2011

Boa consideração vc fez Sidney. Deve existir algum processo que o soro deve ser usado como uma "fórmula secreta" para as empresas processadoras. Ou talvez a "volatividade" do mercado importador de leite esteja "mascarando" transações de câmbio de empresas "multinacionais"_ essas sim querem despejar esse soro de leite no país. É uma boa proposta de pesquisa essa de tentar analisar o período de volatilidade externa versus aumento das importações de lácteos brasileiras. Isso aconteceu entre 1995 até a quebra da Parmalat.
Sidney Lacerda Marcelino do Carmo
SIDNEY LACERDA MARCELINO DO CARMO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 12/12/2011

Prezados,
Eu não consigo entender como se permite importar soro sendo este considerado um resíduo líquido e um problema ambiental, que quando não feito o uso e tratamento de efluente devido passa-se a se tornar um potencial poluidor ao meio ambiente. Desse modo a CNA deveria postar um ofício aos órgãos ambientais para a não permissão de importação desse produto, ou seja, o país passa resolvedor de problemas ambientais dos outros países e tendo em vista que a não permissão de importação do produto não causaria desabastecimento a cadeia nacional visto que o soro produzido no país deve ser um produto  quantidades satisfatórias para o país. Assim reitero que o país está importando um problema ambiental.
Qual a sua dúvida hoje?