Novembro de 2022 foi mais uma vez um mês de queda nas compras chinesas de lácteos. O país comprou 275.912 toneladas, 16% abaixo das 328.489 registradas no mesmo mês do ano passado. Em valor, a queda foi menor, 6,5% com relação ao ano anterior.
Se analisadas por produto, as compras de leite em pó integral despencaram 46% naquele mês, com 34.613 toneladas ante 64.619 em novembro de 2021. Até novembro de 2022, a queda com relação ao ano anterior chegou a 17%, com 3,237 milhões de toneladas importadas. Em dólares, a queda acumulada foi de 16%.
O produto apresentou queda em 2022, com queda de 19% no acumulado anual, totalizando 662.486 toneladas. Esse foi o principal produto lácteo importado pelo gigante asiático, e o Uruguai foi o segundo maior fornecedor, com 28.725 toneladas.
Praticamente todos os fornecedores apresentaram declínios nas exportações em comparação com o ano anterior. No caso do Uruguai, a queda foi de 17% no acumulado de janeiro a novembro em relação ao mesmo período de 2021. A Nova Zelândia continua ocupando o primeiro lugar do pódio, de longe, com 585.725 toneladas. O declínio nas exportações da Nova Zelândia com relação ao ano anterior foi de 18%.
As quebras nas compras da China respondem em princípio à maior produção local, aos elevados estoques gerados nas grandes compras de 2021, às dificuldades logísticas geradas pelo lockdown em algumas cidades devido a surtos de Covid, efeitos colaterais da guerra na Ucrânia e do processo inflacionário que vem ocorrendo em todas as economias mundiais.
As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.