As importações chinesas de soja alcançaram 7,64 milhões de toneladas em abril, 10,4% mais que no mesmo mês de 2018, de acordo com informações divulgadas ontem pelo serviço aduaneiro do país. Do total, aponta compilação realizada pela agência Reuters, 1,75 milhão de toneladas foram importadas dos Estados Unidos, com quem Pequim continua em guerra comercial - o grão americano atualmente paga tarifa de 25% para entrar na China -, e 5,79 milhões do Brasil, até agora beneficiado nesse mercado em consequência das disputas entre os dois gigantes.
Apesar do aumento observado em abril, no primeiro quadrimestre as compras de soja pela China no exterior diminuíram 7,9% em relação ao mesmo período do ano passado, para 24,39 milhões de toneladas. Essa queda reflete basicamente o arrefecimento do crescimento da economia do país e os problemas provocados pelo surto de peste suína africana, que reduz a demanda doméstica para a produção de ração. Também segundo o serviço aduaneiro, as importações chinesas de óleo de soja somaram 5,72 mil toneladas abril, 29,8% menos que no mesmo mês de 2018, mas aumentaram 232,1% no primeiro quadrimestre, para 140,08 mil toneladas
No caso do algodão, as importações chinesas chegaram a 179,78 mil toneladas em abril, volume 71,5% superior ao comprado no mesmo mês de 2018, e aumentaram 87,5% no primeiro quadrimestre, para 840,93 mil toneladas. Já as compras de milho do país no exterior totalizaram 663,77 mil toneladas em abril e 1,65 milhão nos primeiros quatro meses do ano - avanço de 75,1% e 75,8% respectivamente. No que diz respeito ao trigo, finalmente, a aduana chinesa informou que as importações da China alcançaram 196,63 mil toneladas no mês passado, uma redução de 44,9% na comparação com abril de 2018, e 1,15 milhão de toneladas de janeiro a abril, um incremento de 25,5%.
As informações são do jornal Valor Econômico.