ICPLeite/Embrapa teve alta de 1,69% em janeiro de 2012

No mês de janeiro o ICPLeite/Embrapa, índice que mede a variação no custo de produção do leite, foi 183,69. Este valor indica que no mês de janeiro o ICPLeite/Embrapa teve alta de 1,69% comparado com dezembro de 2011. Este resultado mantém a sequência de aumento nos preços dos insumos utilizados nos sistemas de produção de leite iniciada em novembro de 2011. Nos últimos 12 meses, o índice acumulou alta de 19,34%. A Figura 1 ilustra a evolução do índice desde janeiro de 2011. A base, igual a 100, refere-se ao mês de abril de 2006.



Na Tabela 1 é apresentada a estrutura de ponderação para o cálculo do Índice, as variações percentuais calculadas para o mês de janeiro de 2012 e o acumulado nos últimos doze meses.



Variações do ICPLeite/Embrapa em janeiro de 2012

Em janeiro o ICPLeite/Embrapa foi 183,69 ante 180,64 em dezembro de 2011, ou seja, houve uma variação positiva de 1,69% em relação aos preços praticados no mês de dezembro. Neste mês, a exceção dos grupos de insumos Reprodução e Sal mineral, todos os demais apresentaram alta nos preços. A maior alta ocorreu no grupo Mão de obra, de 11,55%, reflexo do reajuste do salário mínimo. Nos demais, a variação foi de menor magnitude. No grupo Qualidade do leite, a variação foi de 1,40%; Sanidade, 1,27%, Produção e compra de volumosos, 1,05%, Energia e combustível, de 0,93%, e Concentrado, 0,68%. O grupo de insumos Sal mineral foi o único que apresentou deflação, com queda de 0,28%. Os preços dos insumos que compõem o grupo Reprodução mantiveram-se estáveis.



Variação do ICPLeite/Embrapa nos últimos 12 meses

O ICPLeite/Embrapa acumulado nos últimos 12 meses , foi 18,34%. Na Figura 3 é possível visualizar as variações ocorridas nos grupos de insumos que compõem o índice. Nota-se que todos os grupos apresentaram variação positiva.

A maior alta ocorreu no grupo de insumos utilizados para Produção e compra de volumosos, de 41,20%. Nos demais grupos as variações foram: Qualidade do leite, 33,73%; em Reprodução, aumento de 26,52%; Mão de obra, 22,52%; Sanidade, alta de 17,42%; Sal mineral, 14,57%; Concentrado, 11,16% e Energia e combustível, 10,62%.

No grupo Produção e compra de volumosos, a variação foi consequência de aumento nos preços de insumos utilizados na produção de silagem, na cultura da cana de açúcar e na manutenção das áreas de pastagens. Em Qualidade do leite, a variação ocorreu, principalmente, nos preços de detergentes utilizados para higienização de tanques de armazenagem e ordenhadeiras. No grupo Reprodução, a variação foi ocasionada pela alta ocorrida nos preços do sêmen e de outros insumos utilizados na reprodução animal. No grupo Mão de obra, a variação foi consequência dos reajustes que o salário mínimo teve no período e no grupo Sanidade, devido aos aumentos ocorridos nos preços de medicamentos, vacinas e antiparasitários de uso veterinário. No grupo Sal Mineral, a alta foi reflexo dos reajustes ocorridos nos preços do sal comum e dos ingredientes que participam da formulação da mistura mineral, e no grupo Concentrado, foi devido a variação nos preços dos insumos que compõe a ração para vacas leiteiras, principalmente o milho e farelo de soja, trigo e algodão. E no grupo Energia e combustível foi em consequência dos realinhamentos promovidos pela Concessionária de energia elétrica e postos de combustíveis.



A matéria é de Alziro Carneiro, Lorildo Aldo Stock e Carine Péres, da Embrapa Gado de Leite.