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IBGE: volume de leite captado tem queda inédita no primeiro semestre

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 01/10/2009

4 MIN DE LEITURA

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De acordo com os dados da Pesquisa Trimestral do Leite, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na última quarta-feira (30/09), a captação inspecionada de leite no segundo trimestre de 2009 foi de 4,285 bilhões de litros, mostrando um decréscimo de 8,7% em relação ao mesmo período de 2008, e queda de 13,6% com relação ao 1º trimestre de 2009. No primeiro semestre deste ano, o volume soma 9,242 bilhões de litros, 4,52% abaixo do volume captado no mesmo período de 2008.

Como é possível ver no gráfico abaixo, é a única queda interanual registrada nos últimos 12 anos, tanto em porcentagem como em volume. Além do fato do ano de 2008 ter registrado grande crescimento da produção de leite sobre 2007, "crescendo por 2 anos", essa redução de produção é explicada pelo período de queda de preços que desestimulou a produção a partir do segundo semestre de 2008. O fato é que a retração no volume inspecionado de leite é equivalente a 37% do aumento do último ano.

Isso não quer dizer que a produção total tenha caído na mesma proporção, pois há a informalidade. "Há informações sugerindo elevação no consumo informal, depois de vários anos de queda", diz Marcelo P. Carvalho, coordenador do MilkPoint. Mesmo que não tenha sido nessa magnitude, a retração no semestre é evidente e muito significativa.

Se analisarmos a produção dos últimos 12 meses (julho de 2008 a junho de 2009) menos a produção do período anterior (julho de 2007 a junho de 2008), a queda foi menor, mas existiu: 1,1% ou 223 milhões de litros.

Gráfico 1. Variação da captação inspecionada entre primeiros semestres de anos consecutivos.




Para industrialização, no segundo trimestre, foram direcionados 4,259 bilhões de litros, representando queda de 8,9% em relação ao 2º trimestre de 2008 e queda de 13,6% frente ao 1º trimestre de 2009.

Gráfico 2. Captação mensal de leite no Brasil (mil litros).

Clique na imagem para ampliá-la.

Nos primeiros 6 meses do ano, o maior volume captado permaneceu na região Sudeste, com total de 3,728 bilhões de litros, um decréscimo de 12,14% em relação a igual período de 2008. O maior estado produtor de leite do país, Minas Gerais, diminuiu em 11,2% sua captação frente ao mesmo período do ano passado, totalizando 2,463 bilhões de litros (66,1% da captação total da região Sudeste). O estado de São Paulo reduziu em 11,7% seu volume captado, frente ao 1º semestre de 2008, somando 1,014 bilhão de litros.

Com variação positiva de 5,44% em relação ao 1º semestre do ano passado, a região Sul apresentou captação de 2,811 bilhões de litros, sendo os estados do Paraná e Santa Catarina os responsáveis por esse aumento na captação. Apesar das adversidades climáticas que afetaram o estado, sua captação ficou acima da registrada em 2008 - ano em que a produção cresceu 16% no mesmo período, sobre 2007. O maior volume captado foi no Rio Grande do Sul, 1,278 milhão de litros, estável (-0,28%) em relação ao 1º semestre de 2008. Sobre o mesmo período, o Paraná aumentou a captação em 10,4%, com volume total de 887 milhões de litros. Santa Catarina apresentou o maior aumento no volume captado, 11,2%, ainda sobre o mesmo período de 2008, chegando a 646 milhões de litros.

Comparado ao 1º semestre de 2008, a região Norte apresentou leve crescimento percentual, 2,77%, com total de 639 milhões de litros. O Nordeste mostrou queda de 10,6%, com volume de 523 milhões de litros; o maior volume captado na região foi no estado da Bahia, 170 milhões de litros, volume 5,41% inferior em relação ao 1º semestre de 2008. A região Centro-Oeste, em relação ao mesmo período, reduziu sua captação em 1,4%, totalizando 1,541 bilhão de litros. O estado de maior produção de leite na região Centro-Oeste, Goiás, apresentou queda de 3,1% na captação, totalizando 1,167 bilhão de litros, em igual período do ano anterior.

Vale lembrar que os dados da Pesquisa Trimestral do Leite representam a captação do laticínio de um determinado estado ou região, não representando a produção da região. Assim, se há entrada de leite cru de um estado para o outro, para ser processado em um laticínio nesse segundo estado, a estatística de captação é computada no estado que recebeu o leite.

Tabela 1. Captação de leite pelas indústrias, por região, no 1º semestre (em mil litros).



Frente ao 1º semestre de 2008, apresentaram queda na captação: Acre, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Goiás. Os estados de Rondônia, Amazonas, Ceará, Roraima, Espírito Santo, Distrito Federal e Mato Grosso elevaram a captação. Os valores para volume captado e variação percentual de cada estado estão apresentados na Tabela 2.

Tabela 2. Captação de leite pelas indústrias por estado da federação e por regiões (em mil litros).



Equipe MilkPoint, com informações do IBGE.

Nota MilkPoint: o gráfico 1 foi apresentado com dados incorretos ao ser inicialmente publicado. Em função disso, o texto dizia que a retração em 2009 foi equivalente aos ganhos de produção somados dos últimos 3 anos, o que não é verdade. O MilkPoint pede desculpas pela falha.

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CARLLOS ANTONIO SERAFIM

CAMPO BELO - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 09/11/2009

Enquanto não tivermos uma politica seria definida para o seguimento lacteo iremos sempre conviver com insastifação geral de toda a cadeia do leite o produtor achando que a industria é culpada, a industria achando que o varejo é responsavel e o varejo achando que o governo é o culpado, ou seja, é uma ciranda que nunca ira terminar.

Ao meu ver é preciso ter planejamento nos diversos niveis, seja municipal - estadual e federal, criar politicas claras com regras estabelecidas, conhecendo a realidade de cada região, a produção atual o consumo atual, em cima disto traçar diretrizes com pelo menos de 05 anos e ir ajustando na medida que for necessario.

Caso contrario seremos todos nos desconfiando um dos outros , e a cada dia ficando mais pobres.

Atenciosamente,

Carllos Seafim
DARLANI PORCARO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/11/2009

O que aconteceu, e já é normal, e como o tempo ajudou um pouco é o seguinte:; o leite captado nas aguas em janeiro, fevereiro, e mal pago ao produtor nessas épocas é produzido leite em pó, e chegando em início de agosto é jogado no mercado em caixinhas UHT, e jogando o preço do produto pra baixo em plena seca, não tenha dúvida. Temos que produzir menos leite nas águas, tirar uma vez só o leite, não havendo excesso a pancada no produtor é menor.
EDUARDO AMORIM

PATOS DE MINAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/11/2009

Simples, vigora a lei da ganância, mussarela a R$ 17,00 em supermercados, UHT em torno de R$ 2,00 e subindo, outros derivados com preços em patamares elevados. E leite a míseros R$ 0,69 ou menos, todos sabemos quem está ganhando nesta história. Algo precisa ser feito, e o primeiro passo poderia ser uma campanha publicitária, mas quem comandará tal campanha, qual é mesmo nossa entidade representativa de classe?
ELIZARIO PEDROZO

ENÉAS MARQUES - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 29/10/2009

O que esta acontecendo? dados mostram queda de producao, e reducao violenta de preco, em dois meses em meu Municipio Eneas Marques, Sudoeste do Parana, houve reducao de R$ 0,12 a R$ 0,25, contrariando qualquer Lei de mercado, existe explicacao para isso?
HOMILTON NARCIZO DA SILVA

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 03/10/2009

Isto que nos deixa indignados; como, em plena entressafra, as industrias implantam uma redução nos preços no meu caso, na região centroeste, e proximo a Goiania,go foi de 8 centavos de uma só vez, mais teve região que foram ate 10 centavos. Entenda o caso.

Abraços, Homilton

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