Governo deseja recuperar 150 mil km² de pastagens
A recuperação de 150 mil quilômetros quadrados de pastagens degradadas no País - uma vez e meia o tamanho de Pernambuco - é a principal medida para reduzir a emissão de gases-estufa na agricultura, segundo plano em discussão no governo federal. A agricultura é a segunda maior fonte de emissão, depois do desmatamento.
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No detalhamento de como cortar cerca de 1 bilhão de toneladas de carbono até 2020, segundo meta fixada em lei no final de 2009, o governo aposta na adesão do setor privado. Novas imposições legais poderiam impedir que o País captasse verbas internacionais, por meio de mecanismos de mercado, para projetos que começam a ser definidos.
A extensão de terras degradadas a serem recuperadas em dez anos representa a quarta parte da área usada como pastos com baixíssima produtividade no País, segundo o documento a que o Estado teve acesso. O governo já abriu linhas de financiamento para recuperar pastagens degradadas, mas investiga por que os produtores rurais não lançam mão do dinheiro.
Falta definir que regiões do Brasil terão prioridade na recuperação de pastagens. Originalmente, o foco seria dado à Amazônia. O plano setorial da agricultura também prevê elevar a área de reflorestamento em 30 mil quilômetros quadrados, um aumento de 50% da área de florestas plantadas em dez anos.
As informações são do jornal O Estado de São Paulo, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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GOIATUBA - GOIÁS - PESQUISA/ENSINO
EM 01/12/2010
ARCEBURGO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 01/12/2010

SANTO ANTÔNIO DA PLATINA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 01/12/2010
Parece-me que em alguns pontos não consegui me fazer entender. Com relação aos técnicos quiz dizer o contrário do que você interpretou. Na região em que trabalho temos já há alguns anos uma boa equipe de agrônomos , veterinários, zootecnistas,e técnicos de nível médio para trabalhar com pequenos produtores de leite (Na região temos 3929 produtores com média de 59 l dia ) . É uma equipe multidisciplinar que tem como objetivo final melhorar a renda e a qualidade de vida do produtor. Para atingirmos este objetivo, entretanto, a assistência técnica por si só não traz resultados . É necessário dispender um esforço muito grande em ações que chamamos de extensão rural. É o trabalho educativo que procura melhorar o chamado "capital humano " que na prática denominei de questão cultural. Até alguns anos não me era permitido fazer este tipo de comentário. Aliás eu mesmo não permitia que outros fizessem. Afinal o trabalho do extensionista é exatamente este. Por que então reclamar das dificuldades inerentes ao ser humano. Acontece que este é um trabalho dificil em que o resultado só aparece no longo prazo . Talvez no meu primeiro comentário não devesse "culpar "a questão cultural . Como extensionista muito menos ainda
porque é meu trabalho . Entretanto,é válido o comentário para explicar porque o crédito disponivel não está sendo usado.(Não conheço o programa no Paraná) E aí você tem toda razão. Faltam Extensionistas para mudar o modo de pensar . De qualquer forma é uma tarefa árdua.
Um abraço Walter

LONDRINA - PARANÁ
EM 30/11/2010

GOVERNADOR VALADARES - MINAS GERAIS
EM 30/11/2010
Então caímos no que toquei logo no início: falta extensão rural neste pais para fazer chegar a todos os produtores o conhecimento gerado pelo conjunto de entidades de pesquisa em agropecuária tropical ( onde EMBRAPA, ESALQ, VIÇOSA, LAVRAS, UBERABA, etc, etc, etc são referências mundiais )!
Médicos, enfermeiros, assistentes sociais, agentes de saúde não podemos dizer que faltam, entretanto nosso pais tem alto índice de mortalidade e morbidade por doenças parasitárias, dengue, febre amarela, malária, etc; isso se dá porque a população assim o deseja ou porque falta informação? E se falta informação nesta área de saúde inclusive nos centros urbanos, imagine como é a falta de informação no campo e ainda mais na área de manejo de pastagens, que nem de longe é tão prioritária quanto questões de saúde e saneamento!!!
Cordialmente,
Helio Cabral Jr
ps: Walter, que fique bem claro a admiração e respeito que tenho pelos técnicos da extensão rural, notadamente os da EMATER, que na minha opinião são heróis! Se houver alguma duvido quanto a isso entre em contato com seus colegas aqui de Governador Valadares-MG, e pergunte a eles o que eles acham do "Helinho do sindicato rural" e qual a postura dele em relação à extensão.

GOVERNADOR VALADARES - MINAS GERAIS
EM 30/11/2010
Antes de adentrar o tópico propriamente dito, quero ressaltar que sou um dos maiores defensores da extensão rural e seus profissionais!
Com relação às suas colocações, vamos a algumas considerações: "25% da área suficiente para todo rebanho brasileiro" - Verdade, entretanto existe para isso um custo ( e outros problemas mais ) que nossa população NÂO tem condição de arcar como consumidora!
"Não é falta de pesquisa nem de informações", realmente não é falta de pesquisa, pois conhecimento gerado há e muito! Já no quesito informação ao produtor, aí você está redondamente enganado! O grande problema do pais se chama falta de extensão rural, pois este conhecimento gerado não chega na ponta ( produtor ) onde deveria!
"Inúmeros dias de campo , palestras , não resultam em resultados significativos", talvez você não freqüente sindicatos e associações ( o nosso sindicato de Governador Valadares tem "reuniões" todas as segundas feiras pela manhã em um evento chamado "café rural", patrocinado por parceiros do setor agropecuário, comércio/industria/serviços/financeiro, educação e pesquisa, etc para todas as pessoas ligadas ao segmento ); de um universo extremamente grande de produtores são sempre " as caras carimbadas", que por sinal costumam ser os melhores ( e não os maiores ) produtores em seus setores, se fazem sempre presentes em eventos técnicos/científicos/informativos promovidos pelo sindicato e outras entidades. Então, na verdade, o número de produtores que tem acesso a tais informações é extremamente restrito e via de regra são na maioria dos casos sempre os MESMOS!
"Falta de técnicos com conhecimento também não justifica a baixa adesão ao sistema": aqui você comete um pecado mortal, porque não só justifica sim como inviabiliza qualquer tentativa de levar tal empreitada à frente, pois o uso mais intensivo de pastagens, ao contrário do que possa parecer, exige sim muito conhecimento por parte do produtor, e na falta deste, um acompanhamento rigoroso de um técnico CAPACITADO, caso contrário é receita certa para frustração e perda grande de dinheiro!
Que existe uma forte questão cultural envolvida, não tenho a menor dúvida! A grande maioria dos produtores encaram a pastagem como "algo que deus deu" e não necessita de nada, a não ser um fogo de vez em quando ou anualmente ( sei que é uma absurdo e quando tinha pastagens manejadas costuma dizer que fogo, nem por obra de deus, entretanto esta é a realidade do pensamento da imensa maioria dos produtores ).
Então temos que ter em mente que 90% ( se não for mais ) dos produtores não tem acesso à informação e um percentual maior ainda não tem quem os oriente na implantação e condução desta mudança de paradigma extrativista!
Continua...
Helio Cabral Jr

SANTO ANTÔNIO DA PLATINA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 29/11/2010