Gorduras do leite têm papel em dieta saudável, diz IDF

A Federação Internacional de Lácteos (IDF, sigla em inglês) ficou satisfeita com a conclusão da Organização Mundial de Saúde (OMS), da FAO, de que não existem evidências convincentes de efeitos significantes das gorduras totais da dieta nas doenças cardiovasculares ou no câncer.

A IDF também notou que na conclusão do relatório há a informação de que o balanço de energia é o fator crítico na manutenção de um peso saudável. Além disso, o relatório mostra que a substituição de ácidos graxos saturados por carboidratos refinados não tem benefícios com relação a doenças cardiovasculares e podem até aumentar os riscos dessas doenças e do desenvolvimento de síndrome metabólica.

"Essas recomendações estão de acordo com os resultados do simpósio apoiado pela IDF chamado 'Atualizações Científicas sobre gorduras lácteas e doenças cardiovasculares', que destacou que, apesar da contribuição dos produtos lácteos para o teor de ácidos graxos saturados da dieta, não existem evidências claras de que o consumo de alimentos latceos está consistentemente associado com um risco maior de doenças cardiovasculares", disse o presidente da IDF, Richard Doyle.

A IDF disse que está satisfeita em ver que o relatório reconhece as diferentes propriedades biológicas e os efeitos para a saúde de ácidos graxos individuais, incluindo diferentes ácidos graxos saturados, apesar de isso ainda não ter sido traduzido em recomendação dietético.

A IDF enfatiza que os produtos lácteos, que contêm ácidos graxos saturados e gorduras trans de ruminantes, são parte de uma dieta saudável e balanceada. Dada a contribuição dos alimentos lácteos para a ingestão de nutrientes para a população, as recomendações para reduzir o consumo de lácteos independente da natureza do produto lácteo devem ser feitas apenas com cautela.

As informações são da IDF, publicadas no site FoodBev.com, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.