gDT: preços médios de lácteos caem 4,5% e fecham a US$ 3.396/tonelada

O leilão realizado pela plataforma gDT ontem (20 de março), apresentou a maior queda do ano, com 4,5% em relação ao leilão anterior, com os produtos lácteos fechando a US$ 3.396/tonelada como valor médio. Caracterizando o menor preço desde agosto de 2010 quando chegou a US$ 3.080/tonelada.

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O leilão realizado pela plataforma gDT ontem (20 de março), apresentou a maior queda do ano, com 4,5% em relação ao leilão anterior, com os produtos lácteos fechando a US$ 3.396/tonelada como valor médio. Caracterizando o menor preço desde agosto de 2010 quando chegou a US$ 3.080/tonelada (gráfico 1).

O queijo cheddar apresentou forte queda de 11,3%, cotado a US$ 3.114/tonelada. Já o leite em pó integral (WMP) o leite em pó desnatado (SMP) tiveram quedas menores de 2,6 %, (US$ 3.316/tonelada) e 2% (US$ 3.125/tonelada), respectivamente. As informações podem ser visualizadas no gráfico 2.

Gráfico 1: Histórico dos índices de variações do gDT

Figura 1


Fonte: Global Dairy Trade

Gráfico 2: Histórico de preços de produtos lácteos (gDT)

Figura 2


O aumento de 2,6% na produção mundial no ano passado, a crise europeia e desaceleração econômica chinesa são fatores que podem ter contribuído para esse cenário de quedas nos preços de lácteos. Novas quedas de preço poderão ser vivenciadas nos próximos meses se houver aumento de produção no hemisfério norte, podendo até ocasionar formação de estoques internacionais.

A dinâmica entre a moeda Real e os preços internacionais acontece da seguinte maneira no que se refere a balança comercial de lácteos: se os preços sobem e o dólar se valoriza em relação ao real, melhora nossa competitividade; por outro lado, se os preços no mercado internacional se reduzem e o real se valoriza frente ao dólar, perdemos competividade. Nessas últimas duas semanas, as duas variáveis trabalharam de forma oposta: os preços caíram, mas o real se desvalorizou, não alterando significativamente nossa posição competitiva: os ganhos decorrentes da desvalorização do real foram anulados pela redução nos valores do leite em pó.

A tabela 1 mostra o preço de equilíbrio para exportarmos, ao passo que a tabela 2 simula o valor de entrada do leite em pó integral proveniente do Mercosul, considerando o novo patamar de câmbio e o valor da tonelada do leilão de 20/3. Assim, o preço máximo a ser pago no campo de acordo com a tabela 1 fica ao redor de R$ 0,60/litro para viabilizar a exportação. Já o leite importado, considerando o frete de entrada, chegaria ao Brasil a valores próximos a R$ 0,75/litro.

Tabela 1: preço máximo a ser pago pelo leite no Brasil, viabilizando exportação, dependendo do preço do leite em pó e do câmbio (em R$/litro)

Figura 3


Tabela 2: preço aproximado do litro de leite que entra no Brasil do Mercosul, em R$

Figura 4


A matéria é da Equipe MilkPoint com dados do Global Dairy Trade.
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