Transmitida por esporos que podem permanecer inativos durante décadas nos solos, esta doença pode ser transmitida aos humanos e é potencialmente mortal nos casos mais extremos. Os primeiros casos foram detectados na localidade de Montgardin, no departamento de Altos Alpes (sudeste da França), onde foram encontradas seis vacas mortas em junho. Em dois meses, a doença se estendeu a outras 13 localidades, nas que as autoridades de saúde contabilizaram 23 focos distintos.
A vacina é o melhor método para limitar a propagação desta infecção. Mas os veterinários enfrentam uma escassez de vacinas, já que o laboratório espanhol que as fabrica fecha durante o mês de agosto pelas férias de verão. "O Estado iniciou negociações com seus sócios europeus sobre a disponibilidade e compra de vacinas" de outros países, apontou Agnès Chavanon, secretária-geral da prefeitura de Altos Alpes.
Provocada pela bactéria Bacillus anthracis, esta doença causa uma morte fulminante nos animais, geralmente em menos de 24 horas. O animal apresenta, entre outros sintomas, uma inflamação abdominal e hemorragias. Os casos de transmissão aos humanos são "extremamente incomuns", afirmou Christine Ortmans, da Agência regional de saúde (ARS).
Não foi reportado nenhum caso de contágio em humanos durante o surto atual, acrescentou. A forma mais comum da infecção entre os humanos, o antraz cutâneo, é raramente mortal se for tratada com antibióticos. Esta bactéria produz uma poderosa toxina que pode ser utilizada como arma biológica.
Esta enfermidade é incomum, mas não excepcional. Desde 1999, foram registrados uma centena de focos na França, sobretudo durante os verões calorosos que vêm depois de períodos de chuvas abundantes. Em 2008, foram registrados 23 focos em todo o país. O último caso registrado nos Altos Alpes remonta a 1992.
As informações são do portal UOL, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.