Fonterra diz que taxa de carbono prejudicará competitividade do setor de lácteos

Para empresa, novos custos, que serão em média de mais de NZ$ 4.000 (US$ 3.291,98) por fazenda a partir de 2017, vêm além dos NZ$ 7.500 (US$ 6.170,77) em custos de carbono sobre os custos de combustíveis e energia rurais e impactarão na competitividade.

Publicado por: MilkPoint

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A gigante do setor de lácteos da Fonterra está preocupada que a aplicação de "custos de carbono" ao setor agrícola da Nova Zelândia dificulte a competição das companhias de lácteos e impulsione a produção para países menos eficientes em termos de emissão.

Apesar de afirmar o compromisso da Fonterra com o corte de emissões, o diretor do grupo para fornecimento e relações externas, Kelvin Wickham, alertou que a medida poderá resultar em uma "não redução nas emissões globais".

O Esquema Comercial de Emissões da Nova Zelândia visa incentivar os negócios e as famílias a reduzir as emissões de gases de efeito estufa através de uma tarifa. O setor de silvicultura, combustíveis fósseis líquidos, energia estática e processos industriais já têm tarifas. Os setores de resíduos e gases de efeito estufa sintéticos entrarão no esquema a partir de 2013 e o setor agrícola a partir de 2015. Porém, Wickham disse que o setor agrícola está preocupado com as emissões atraindo custos de carbono, apesar de as medidas do Governo amenizarem esses efeitos.

Pelo esquema, as companhias precisam comprar as chamadas "Unidades Nova Zelândia" (NZUs, em inglês) do Governo para compensar as emissões e um benéfico acordo dois por um deverá ser aplicado no setor agrícola de 2015-2017. Isso permitirá que os participantes do esquema gastem somente 1 unidade válida de emissões para compensar cada 2 toneladas de emissões de carbono, ao invés de 1 tonelada do acordo normal.

Apesar disso, Wickham disse que o setor leiteiro permanece preocupado. "Esses novos custos, que serão em média de mais de NZ$ 4.000 (US$ 3.291,98) por fazenda a partir de 2017, vêm além dos NZ$ 7.500 (US$ 6.170,77) em custos de carbono sobre os custos de combustíveis e energia rurais e impactarão na competitividade".

Estão sendo feitas pesquisas promissoras sobre a mitigação das emissões agrícolas, disse ele, mas alertou que não existem "soluções prontas". O investimento em pesquisa é a forma mais prática para reduzir as emissões e os custos de carbono associados, disse ele. "Faria sentido se os custos de carbono colocados na agricultura fossem investidos para acelerar as pesquisas sobre ferramentas de mitigação nas fazendas".

A Fonterra disse que seus acionistas contribuíram com 23% dos NZ$ 43 milhões (US$ 35,37 milhões) que foram investidos em pesquisa de mitigação das emissões. Os produtores da empresa cortaram as emissões por litro em cerca de 8,5% desde 2003, disse ele, e também reduziram o uso de energia em 13,9% no período.

O progresso feito até agora significa que a Fonterra está confiante de que pode fazer mais, disse Wickham, dizendo que a firma acredita que é possível um corte de 30% nas emissões associadas com cada litro de leite fornecido e processado na Nova Zelândia. Se isso fosse alcançado, haveria uma redução de 4,9 milhões de toneladas nas emissões globais em uma base anual, disse ele. A reportagem é do Dairy Reporter.

Em 20/09/11 - 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,82277
1,21489 Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
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