Fonterra diz que mudanças na regulamentação de leite beneficiarão companhias estrangeiras

A cooperativa de lácteos neozelandesa Fonterra disse que ainda está trabalhando nos detalhes da proposta do Governo da Nova Zelândia referente aos preços do leite ao produtor, mas disse que já está claro que as mudanças propostas nas Regulamentações de Leite Cru representam um passo para trás.

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A cooperativa de lácteos neozelandesa Fonterra disse que ainda está trabalhando nos detalhes da proposta do Governo da Nova Zelândia referente aos preços do leite ao produtor, mas disse que já está claro que as mudanças propostas nas Regulamentações de Leite Cru representam um passo para trás.

O presidente da Fonterra, Henry van der Heyden, disse que as mudanças propostas não funcionarão e farão com que os neozelandeses subsidiem cada vez mais os processadores de lácteos estrangeiros que não vendem leite na Nova Zelândia e que mandam seus produtos e lucros para fora do país.

"As mudanças propostas farão com que os lucros vão direto para os bolsos de companhias estrangeiras e atrapalhará, em vez de ajudar, os neozelandeses a obter leite com preço acessível".

O diretor executivo da Fonterra, Theo Spierings, disse que a medida "enfraquecerá nossa capacidade de competir e ganhar no exterior. Não faz sentido penalizar uma cooperativa da Nova Zelândia em um momento em que essa está gerando mais de um quarto dos lucros de exportação da nação". Ele disse que pouco depois de entrar para a cooperativa no ano passado, tinha dito que ia avaliar o sistema de preços do leite na Nova Zelândia e encontrar formas de fornecer leite a preços acessíveis aos neozelandeses, em um cenário de contínuos preços altos internacionais.

"Nossos esforços para tornar o leite mais acessível e de melhores preços já estão mostrando resultados. No final do ano passado, anunciamos o programa Leite para as Escolas, visando fornecer leite de graça todo dia para cada crianças na escola primária da Nova Zelândia. A partir do começo de 2013 mais esforços estão projetados para remover os custos da cadeia de fornecimento de leite da Nova Zelândia".

"A Fonterra está competindo intensamente nos mercados internacionais contra concorrentes estrangeiros agressivos. Não faz sentido prejudicá-la em NZ$ 200 milhões (US$ 161,72 milhões) em custos extras com regulamentações que não trazem benefícios aos consumidores neozelandeses", disse Spierings.

"O Governo precisa parar de jogar com as Regulamentações de Leite Cru. No momento, as companhias podem determinar "processadores virtuais" ou companhias "shell" (que serve de veículos para transações de negócios), sem plantas no país e pedir mais leite da Fonterra. Se as medidas propostas forem implementadas como estão, os grandes perdedores serão os neozelandeses e a economia da Nova Zelândia. Não podemos ficar parados e deixar isso acontecer - especialmente em um momento quando estamos fazendo tudo o que podemos para facilitar para os neozelandeses aproveitarem os benefícios do leite".

Os dados são do site da Fonterra (www.fonterra.com), traduzidos e resumidos pela Equipe MilkPoint.
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Joseph Crescenzi
JOSEPH CRESCENZI

ITAIPÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 26/01/2012

Medo de concorrência faz coisas, mesmo no primeiro mundo. O produtor que paga o pato.
Qual a sua dúvida hoje?