Fonterra aprova plano de nova estrutura de capital
Os acionistas da neozelandesa Fonterra, maior exportadora de lácteos do mundo, aprovaram uma nova estrutura de capital que permitirá que eles comercializem ações entre si, liberando fundos para expansão. Cerca de 90% dos votos enviados em reuniões especiais feitas na Nova Zelândia foram a favor da proposta, disse a companhia. O plano não altera a estrutura da cooperativa, de forma que não serão oferecidas ações para outros que não são fornecedores de leite da Fonterra.
Publicado por: MilkPoint
Publicado em: - 2 minutos de leitura
A Fonterra vende cerca de US$ 11,83 bilhões em leite, manteiga e queijos em 140 países e é financiada com dívidas e ações de seus 10.500 produtores. Como uma cooperativa, a empresa tem que comprar ações de seus fornecedores quando eles deixam a indústria ou se eles reduzem a produção por fatores como seca ou baixos preços, reduzindo os fundos disponíveis para outros investimentos.
O novo plano "impedirá a entrada e saída de dinheiro no balanço geral da Fonterra de estação para estação e fornecerá capital permanente para crescimento dos retornos", disse o presidente da empresa, Henry van der Heyden. Isso garantirá que a Fonterra continue controlada e pertencendo aos produtores de leite, disse ele.
Como parte do plano, a Fonterra apontará market makers - quando uma companhia ou individuo estabelece o preço de compra e venda em uma negociação - para criar liquidez e reduzir a volatilidade diária dos preços das ações, de forma que os produtores possam comprar e vender ações quando quiserem. As ações mantidas pelos market makers serão mantidas em confiança e não mais de 5% das ações totais podem ser bloqueadas dessa forma.
Os produtores também terão a opção de vender seus direitos a dividendos e ganhos de capitais sobre as ações, para fundos especialmente formados para reduzir seu compromisso de capital e receber somente um pagamento pelo leite. Participações no fundo, que não terão poder de voto na Fonterra, podem ser oferecidas publicamente. Não mais de 33% de qualquer ação de produtores de leite podem ser submetidos a contratos com o fundo.
O desenvolvimento do plano para o estágio de implementação deverá levar pelo menos um ano, disse van der Heyden. Um importante benefício do plano é a criação de capital permanente de ações que dará à companhia mais espaço para adotar como empréstimo e expandir investimentos nos projetos de capital, disse o diretor executivo da Fonterra, Andrew Ferrier.
A companhia investirá US$ 347,97 milhões por ano na Nova Zelândia em projetos de capital para melhorar o desempenho operacional de suas unidades de processamento de leite no país, disse Ferrier. Cerca de US$ 111,35 milhões serão gastos nos próximos três anos para melhorar a oferta construindo centros e depósitos maiores para manejar o produto, disse ele. Em abril, a companhia disse que construirá uma nova planta de leite em pó em Christchurch, na ilha sul do país.
As informações são do Bloomberg, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
Você já escolheu entre os 5 indicados à 2ª fase do Prêmio Impacto? Clique aqui, escolha e concorra a um iPod Touch.
Para continuar lendo o conteúdo entre com sua conta ou cadastre-se no MilkPoint.
Tenha acesso a conteúdos exclusivos gratuitamente!
Publicado por:
MilkPoint
O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.