Florence aceita rever índices de produtividade

O novo ministro de Desenvolvimento Agrário, Afonso Bandeira Florence, reconheceu, ao assumir o cargo, a demanda dos movimentos sociais pela revisão dos índices de produtividade e negou que o tema será motivo de embate com os ruralistas.

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O novo ministro de Desenvolvimento Agrário, Afonso Bandeira Florence, reconheceu, ao assumir o cargo, a demanda dos movimentos sociais pela revisão dos índices de produtividade e negou que o tema será motivo de embate com os ruralistas.

"A revisão dos índices de produtividade, assim como o conjunto de outras providências para modernizar o rural brasileiro, em particular a agricultura familiar, é do interesse do país. O governo oportunamente apresentará a sua posição e como ministro que sucede o ministro Cassel, herdo todos os estudos desenvovidos no âmbito do MDA e terei a oportunidade de discutir no interior do governo", disse Florence após a cerimônia de transmissão de cargo.

Deputado eleito pelo PT da Bahia, Florence negou, entretanto, que o tema será motivo de atrito com o Ministério da Agricultura. O ministro Wagner Rossi, que permanece à frente da pasta no governo Dilma, já se mostrou contrário à medida.

"Eu tenho convicção de que chegaremos a uma posição em conjunto, que permitirá continuidade e aprofundamento das políticas de reforma agrária e agricultura familiar. Se for necessária a revisão dos índices de produtividade, não tenho dúvida que, com o profissionalismo que o caracteriza, o ministro Rossi assim também procederá", disse Florence.

O ex-ministro da pasta, Guilherme Cassel, já defendeu diversas vezes a revisão dos índices, utilizados pelo Incra para avaliar se uma área pode ser desapropriada.

"Nós temos de apoiar o pequeno produtor rural, temos de dar a ele a oportunidade de se tornar um produtor e um agente do mercado, mas nós não temos de pensar que isso tem objetivo de socializar a terra no Brasil, porque não é esse o objetivo. É indispensável ter segurança jurídica para investimento na área rural", disse Rossi na ocasião.

A reportagem é do jornal Folha de São Paulo, adaptada pela Equipe AgriPoint.
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Jucelino dos Reis
JUCELINO DOS REIS

CASCAVEL - PARANÁ - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 05/01/2011

Penso que o bom exemplo deve partir de casa.
Assim, nada melhor do que iniciar a revisão dos índices, pelos assentamentos do INCRA.
Caso os índices dos assentamentos estejam superiores aos dos produtores em geral, penso que aí teremos que concordar. Caso contrário o governo deve começar primeiro a fazer o dever de casa.
Felipe Liborio
FELIPE LIBORIO

PRESIDENTE PRUDENTE - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 04/01/2011

Mal comecou o governo e esses politicos de barba ja estao pondo suas asas de fora . preparem-se produtores.......................
Walter Jark Flho
WALTER JARK FLHO

SANTO ANTÔNIO DA PLATINA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 04/01/2011

Quando se fala em índices de produtividade a discussão é certa. Um fato é concreto: Nós já detemos excelentes indices de produtividade em grãos , especialmente milho e soja; temos excelentes ìndices nas criações , especialmente avicultura ,suinocultura . Estamos avançando na pecuária de corte . Infelizmente, uma das atividades com menor produtividade é a pecuária leiteira . Foi publicado neste site, declarações do MDA (até fiz um comentario ) que no Brasil há 1000000 de pequenos produtores de leite cuja produtividade é de 3 a 4 litros leite por vaca dia. Fiz uns cálculos que resultaram em 44,8 litros leite dia por produtor. Comentei tambem que a renda auferida com esta produção é muito baixa para manter o produtor no campo . Não sou contra a reforma agrária, em absoluto. Entretanto, o governo não pode esquecer os que já estão na atividade , fortalecendo os sistemas de extensão e assistência técnica. Caso contrário os novos assentados vão engrossar as fileiras dos pobres que já existem. A atividade leiteira tem uma caracteristica especial . Mesmo em pequenas áreas há possibilidade de grande produção desde que as tecnologias existentes sejam aplicadas . Para isso, antes de mais nada ,é necessária a presença de um agente de extensão e assistência técnica para orientar o produtor.
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