Financial Times aponta o Brasil como "superpotência"

O jornal britânico Financial Times trouxe em sua edição desta quinta-feira um caderno especial dedicado a oportunidades de investimento no Brasil em que chama o país de "superpotência agrícola pronta para alimentar o mundo" mas aponta para deficiências no setores de infra-estrutura e educação.

Publicado por: MilkPoint

Publicado em: - 2 minutos de leitura

Ícone para ver comentários 4
Ícone para curtir artigo 0

O jornal britânico Financial Times (FT) trouxe em sua edição desta quinta-feira um caderno especial dedicado a oportunidades de investimento no Brasil em que chama o país de "superpotência agrícola pronta para alimentar o mundo" mas aponta para deficiências no setores de infra-estrutura e educação.

Lembrando que o país foi um dos que se saiu melhor na recessão, e que muitos de seus setores não foram sequer afetados, o FT afirma que se o Brasil mantiver o rumo de sua política econômica e social e se não houver outra grande recessão no mundo, o mais provável é que continue no caminho do crescimento, apresentando uma série de oportunidades de investimento em diferentes setores.

"O sucesso demorou muito tempo a chegar e a noção de que o país está mudando está alcançando os brasileiros a um ritmo lento", afirma a reportagem de abertura, explicando que a classe média emergente - que este ano, pela primeira vez, corresponde a mais da metade da população, segundo dados do governo - é uma das forças por trás deste crescimento.

O jornal diz que o país, "maior exportador mundial de carne, café, frango, suco de laranja, açúcar, etanol, tabaco e soja", se consolidou nas últimas duas décadas como superpotência agrícola, e que esse status se deve à modernização e ganhos em eficiência.

O FT lembra ainda que, apesar dos fortes influxos de investimentos no país, para alcançar seu potencial, ainda são necessárias mudanças no país. "O Brasil precisa de muito mais, não apenas para se preparar para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016. Estradas, ferrovias, portos, energia e outras infra-estruturas vitais precisam de expansão e modernização."

O jornal lembra que o setor de educação, por exemplo, é um dos que precisa melhorar, e que os níveis de escolaridade no país ainda deixam a desejar em comparação a outros na região e em situação semelhante, como a China ou a Coreia do Sul. Segundo o FT, ainda existe também uma diferença muito grande entre a região Nordeste e o resto do país e aponta para o forte - e ainda pouco explorado - potencial do setor de turismo.

O diário elogia os setores de agricultura, bancos, mercado de capitais e ainda elogia o programa de transferência de renda bolsa família, afirmando que ele faz "diferença real".

Para o jornal, os investidores estarão atentos a mudanças no país, e casos recentes, que demonstram maior intervenção do Estado na economia, podem ser vistos como motivo de preocupação. O FT cita especificamente a criação de uma nova empresa para explorar as reservas do pré-sal, e a pressão sobre a Vale para que diversifique seus investimentos.

"No pior dos casos, a combinação de um aprofundamento da crise global e uma mudança na política poderia levantar barreiras no que parece ser um caminho certo para um crescimento mais rápido", diz a reportagem. "Mas por agora, parece improvável que essas preocupações tirem o país do rumo", conclui.

Apesar do cenário ainda indefinido em relação à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o jornal diz que dificilmente um dos dois principais pré-candidatos até agora (a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff e o governador de São Paulo, José Serra) vai mudar os rumos do país drasticamente.

"O desempenho ruim e as dúvidas em relação a si mesmo vão persistir", diz o jornal, "mas o enorme potencial do país e seus tremendos recursos naturais e humanos estão finalmente chegando perto de alcançar o futuro brilhante que não muito tempo atrás parecia destinado a permanecer para sempre fora de alcance".

A matéria é do Jornal O Estado de S. Paulo, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.
Ícone para ver comentários 4
Ícone para curtir artigo 0

Publicado por:

Foto MilkPoint

MilkPoint

O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.

Deixe sua opinião!

Foto do usuário

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração.

Durval Martins da Silveira
DURVAL MARTINS DA SILVEIRA

CAMPO GRANDE - MATO GROSSO DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 03/12/2009

O Brasil precisa rapidamente,repensar as nossas escolas públicas dos ensinos funadamental e médio,esse modelo que está aí é velho e atrasado,as relações sociais, familiares,trabalhistas e outras mudaram e nossa princiapal ferramenta de cresciento do país que é educação ficou para traz, estamos meio coxos nas nossas ambições.
Precisamos votar melhor,convercer as pessoas de bem entrar na política,preocupar como já citei, com a eduacção dos jovens,levar infraestrutura as regiões mais pobres e melhorar as já existentes das regiões mais desenvovidas.
Potencial e recursos naturais temos de sobra.quem sabe está chegando a nossa vez,Deus queira.
DARLANI  PORCARO
DARLANI PORCARO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 29/11/2009

Nosso país tem todas as condiçoes de suprir a fome do mundo, é uma pena que falta uma das principais coisas, que é a educação. Peça básica para podermos ter nossas reinvindicaçóes melhor atendidas, como melhores estradas para escoar nossas produções agrícolas e até mesmo para podermos viajar de automovel, pois como está, é uma vergonha, díficil não quebrar o carro em qualquer viajem menor, sendo um dos paises maiores cobradores de imposto de veículos do mundo, fora os pedágios. Outro produto que não foi mencionado, e que poderiamos estar com ele no topo da lista, e que o governo nem considera, é o leite de vaca, face ás exigencias sanitárias e uma politica de exportação, ficamos sem expressão nesta área.
FRANCISCO FIGUEREDO
FRANCISCO FIGUEREDO

CUIABÁ - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 26/11/2009

O potencial, brasileiro, é nosso conhecido, há muitas décadas.

Entretanto, se ficarmos apenas recebendo preços pré estabelecidos, sabe-se lá por que setores, não sei onde, e nem sob que interesses, por nossos produtos agropecuarios exportados, com certeza, invés de potencial, teremos um futuro negro, de escravidão financeira e de salários péssimos, aliados a impostos perniciosos e desestimulantes, da iniciativa empreendedora decente.

Cabe ao Brasil, ou ao seu povo esclarecido, não trocar seus alimentos, sua agua embutida, seu sol contido, por dinheiros poucos, mas sim pelo real preço, pelo real lucro, de nada adianta, buscar remuneração melhor pelos nossos produtos,se em contra partida, nos oferecem, insumos, indispensáveis, a preços escorchantes, sempre maiores.

Como se os insumos, tivessem mais valia que os nossos produtos.

Ou será que os produtores destes insumos, conseguiriam, come-los, digeri-los e terem vida longa?
Com certeza, estamos diante de um grande jogo: lançado por uma mente sábia e infalível: ha muitos seculos esta mente sábia, espera que os homens, sobre a face da terra, visualizem a una saída, para este nó; e a saída é a grande negociação, a melhor remuneração, a remuneração adequada, perfeita para suprir as necessidade do produtos de agropecuarios e perfeita para o produtor de insumos para a lavoura e pecuária.

Não consigo ver sucesso pleno fora desta solução, equilibradora, natural.

Enquanto alguém, algum país, algum grupo financeiro, estiver tendo vantagem, sobre outro alguém, haverão apenas desequilibrios.
Rosana Machado de Souza
ROSANA MACHADO DE SOUZA

ANÁPOLIS - GOIÁS - PESQUISA/ENSINO

EM 10/11/2009

O Brasil é um país de grandes possibilidades, por apresentar vantagens competitivas em vários setores da produção agrícola, e também possuir vantagem absoluta em relação a terra com capacidade produtiva. E de acordo com a reportagem que aponta para o capital humano como fator de competitividade é preciso que a educação do país, possa apresentar resultados favoráveis para que o potencial humano possa ser aproveitado em sua totalidade. Vamos construir um Brasil melhor.
Qual a sua dúvida hoje?