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FAO: relatório aponta que melhor eficiência na produção de leite contribuiu para a redução de GEE

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 06/03/2019

4 MIN DE LEITURA

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A pecuária - especificamente gado leiteiro e de corte - e seu papel na alimentação nutritiva e sustentável do mundo são sempre temas de debate. Felizmente, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) está fornecendo informações excelentes sobre o papel da pecuária na alimentação sustentável do mundo. O recente comunicado de imprensa da FAO “More Fuel for the Food/Feed Debate”  e o relatório da Plataforma Global de Laticínios da FAO e da Global Dairy Platform “Climate Change and the Global Dairy Cattle Sector” fornecem informações científicas encorajadoras para preencher um 'vazio crítico' de informações sobre o assunto. 

A FAO relata: “as fontes de alimento animal são uma contribuição vital para a nutrição global e são uma excelente fonte de macro e micronutrientes. Os produtos pecuários representam 18% das calorias globais, 34% do consumo global de proteínas e fornecem micronutrientes essenciais, como vitamina B12, ferro e cálcio. O gado usa grandes áreas de pastagens onde nada mais poderia ser produzido. Os animais também contribuem para a produção agrícola por meio, por exemplo, da produção de estrume. Além disso, manter o gado fornece uma fonte segura de renda para mais de 500 milhões de pessoas pobres em muitas áreas rurais". 

Segundo a FAO, este estudo determina que 86% da ração animal não é adequada para consumo humano e descobriu que a pecuária depende principalmente de forragens, resíduos de culturas e subprodutos que não são comestíveis para os seres humanos.

O estudo observa que as necessidades da terra são de cerca de 2,5 bilhões de hectares, sendo que 77% são pradarias, com uma grande parte de pastagens que não podiam ser convertidas em terras agrícolas e, portanto, só poderiam ser usadas para animais em pastoreio. Resumindo, os bovinos são excelentes conversores de forragens em carne e laticínios nutritivos.

O relatório de laticínios da FAO observa ainda que as intensidades de emissão de gases de efeito estufa (GEE) por quilo de leite diminuíram quase 11% no período 2005-2015. Esses declínios são registrados em todas as regiões, refletindo melhorias contínuas na eficiência agrícola obtidas por meio de melhor produtividade animal e melhor gerenciamento. Mas, o estudo também aponta que as emissões de GEE do setor aumentaram 18% entre 2005 e 2015, mais isso, porque a produção total de leite cresceu substancialmente em 30%.

As tendências em emissões absolutas refletem mudanças no número de animais, bem como mudanças na eficiência da produção dentro do setor. Entre 2005 e 2015, o rebanho leiteiro mundial aumentou 11%. Ao mesmo tempo, a produção global média de leite aumentou 15%. O aumento da eficiência da produção é tipicamente associado a um nível mais alto de emissões absolutas. Resumo da ópera: sem melhorias de eficiência, as emissões totais de GEE do setor lácteo teriam aumentado 38%.

“Assim, enquanto as emissões totais aumentaram, a pecuária leiteira tornou-se mais eficiente resultando em um declínio na intensidade de emissões por unidade de produto. Assim, para alimentar o mundo de forma sustentável, inovação e melhorias na eficiência serão fundamentais para minimizar as emissões de GEE no futuro". 

Há alguns anos, a FAO estimou que precisaríamos de 70% a mais de produtos de origem animal até 2050 para alimentar o mundo. Estes relatórios recentes fornecem informações sobre como a pecuária ajudou a alimentar o mundo por meio de uma melhor seleção genética, melhor formulação de ração e serviços veterinários aprimorados. "Olhando para o futuro, aumentar a produção total e a eficiência da produção, será fundamental".

"À medida que pensamos em sustentabilidade, sim, é provável que a pecuária continue a ter aumento de emissões devido à necessidade de aumentar a produção total, no entanto, um foco aguçado no aumento da eficiência proporcionará um declínio das emissões por unidade de produto. Este enfoque de curto prazo, juntamente com uma melhor compreensão de onde globalmente os alimentos podem ser produzidos com mais eficiência, pode permitir uma abordagem de longo prazo na qual os alimentos são produzidos na área onde podem ser cultivados e comercializados. Isso, de uma maneira mais eficiente para atender às necessidades dos consumidores em todo o mundo.

De volta ao começo, há questões sérias sobre 'alimentar sustentavelmente o mundo com uma dieta nutritiva, equilibrada e acessível'. De acordo com a pesquisa, "podemos fazê-lo, mas, para fazê-lo de forma sustentável, precisamos pensar em como elevar os produtores menos eficientes ao nível dos produtores mais eficientes. Como podemos aumentar ainda mais a unidade de produção por unidade de conversão de alimentação de entrada e eficiência? Como aceleramos a redução global das emissões por unidade de produção - reduzindo a pegada ambiental do gado?"

A FAO deve ser elogiada pelos principais insights sobre o papel da pecuária na conversão de forrageiras em alimentos humanos nutritivos comestíveis e para uma melhor compreensão do progresso no setor de lácteos em relação ao declínio das intensidades de emissão por unidade de produção. Como se considera uma dieta equilibrada e nutritiva aquela que inclui produtos de origem animal, aquicultura, grãos, vegetais e frutas, a FAO tem um papel fundamental a desempenhar na colaboração das partes interessadas e facilita o compartilhamento de melhores práticas globalmente.  Além disso, os governos precisam trabalhar para eliminar as barreiras que inibem a inovação agrícola e o fluxo do comércio de alimentos. E o setor privado, especialmente os agricultores, precisa acelerar a adoção de inovações e melhores práticas.

"O desafio é grande, mas com o avanço científico, a adoção de inovações e o comércio aberto de alimentos, as crescentes necessidades globais podem ser atendidas de forma sustentável", concluiu o relatório. 

As informações são da Feedstuffs, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint. 

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