FAO: Índice de preços de alimentos atinge recorde

Os preços mundiais de alimentos atingiram recorde de alta em janeiro, disse a FAO, o órgão das Nações Unidas para agricultura e alimentação, nesta quinta-feira (3), acrescentando que o movimento deve persistir. O índice subiu pelo sétimo mês seguido, registrando o maior patamar desde o início da série histórica, em 1990, a 230,7 pontos em janeiro, ante 223,1 pontos em dezembro.

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Os preços mundiais de alimentos atingiram recorde de alta em janeiro, disse a FAO, o órgão das Nações Unidas para agricultura e alimentação, nesta quinta-feira (3), acrescentando que o movimento deve persistir. O índice subiu pelo sétimo mês seguido, registrando o maior patamar desde o início da série histórica, em 1990, a 230,7 pontos em janeiro, ante 223,1 pontos em dezembro.

"Este é o maior nível desde que a FAO começou a calcular os preços dos alimentos em 1990", indicou a organização da ONU em um comunicado. Segundo a FAO, em seu conjunto os preços dos alimentos registraram uma alta importante em janeiro, com exceção do da carne, que não mudou.

"As novas cifras mostram claramente que a pressão em alta sobre os preços mundiais dos alimentos não se enfraquece", comentou um especialista da FAO, Abdolreza Abbasian. O movimento de alta dos preços dos alimentos, que começou em agosto, faz temer a explosão de "revoltas da fome", como as que aconteceram em 2008 em vários países africanos, e também no Haiti e nas Filipinas.

Em 27 de janeiro, uma autoridade do Banco Mundial alertou que o avanço do preço dos alimentos no mundo é uma grande ameaça à estabilidade econômica e social. Segundo Ngozi Okonjo-Iweala, diretora-geral do banco com sede em Washington, os responsáveis por programas políticos não devem regular excessivamente os mercados de commodities.

"Preços mais altos de alimentos e volatilidade são as maiores ameaças para a recuperação da estabilidade econômica e social. Você viu o que aconteceu na Argélia e em outros países recentemente -- não há dúvidas de que os preços mais altos e o estresse no padrão de vida têm seu papel. Este atingirá com mais força os pobres. Nós não vamos ver preços baixos novamente porque este é um fenômeno de longo prazo.Nós precisamos de mais investimentos na África porque mais de 50% da terra arável no mundo está na África", disse.

As informações são do jornal Folha de São Paulo, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.
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