Fabiano Barboza, economista no Brasil, estudante e trabalhador na produção de leite na Nova Zelândia

Trabalhador na produção de leite em Invercargill, Nova Zelândia. Está há três anos no país, dois atuando na atividade leiteira. Formado em Ciências Econômicas no Brasil e estudante de curso de agropecuária voltado para produção de leite, na Nova Zelândia.

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Fabiano Barboza

Trabalhador na produção de leite em Invercargill, Nova Zelândia. Está há três anos no país, dois atuando na atividade leiteira. Formado em Ciências Econômicas no Brasil e estudante de curso de agropecuária voltado para produção de leite, na Nova Zelândia.


MKP: Breve descrição pessoal e profissional.

Meu nome é Fabiano Pires Barboza, sou de Araras/SP e tenho 26 anos. Minha experiência com gado de leite começou aqui na Nova Zelândia. Quando morava no Brasil, não tinha a mínima ideia como funcionava a produção leiteira, não sabia que a Nova Zelândia era um enorme produtor (em relação ao tamanho do país), enfim, experiência e conhecimento zero.

Estudei na Pontifícia Universidade Católica de Campinas, fui graduado em dezembro/06 no curso de Ciências Econômicas. Durante a universidade, fiz estágio na área administrativa e financeira da Embrapa e também no Banco do Brasil. Vim para a Nova Zelândia em março de 2007, apenas com a intenção de passar cerca de um ano, viajando pelo país e fazendo trabalhos temporários.

Foi em julho de 2008 que minha experiência com a produção leiteira começou. Naquela época, eu estava praticamente decidido a voltar ao Brasil mas, após ler inúmeras reportagens a respeito da produção de leite desse país e ver as oportunidades que poderiam surgir, decidi, juntamente com minha namorada, ficar mais um tempo e experimentar a vida no campo. Após alguns meses trabalhados, nós dois percebemos o quanto gostamos, devido à possibilidade em trabalhar ao ar livre, estar junto com animais e sempre fazer algo diferente, enfim, adoramos o estilo de vida. Trabalhei na mesma fazenda até o final da temporada 2008/09 e depois me mudei para a fazenda que atualmente me encontro.

Figura 1

Em fevereiro de 2009 comecei o curso "National Certificate in Agriculture", o qual terminei o Level 3 em Fevereiro/2010 e atualmente estou cursando o Level 4. Esses cursos seriam equivalentes a um curso técnico em pecuária, voltado praticamente para produção leiteira. Também tenho certificado em "Milk Quality" (Qualidade do leite) e "Dealing with Dairy Farm Effluent" (Operando o Efluente de uma Fazenda de Leite).

MKP: Como é a propriedade leiteira em que você trabalha?

Atualmente estou em uma fazenda de leite situada na área rural de Invercargill, região Southland (Ilha Sul) da Nova Zelândia. A fazenda conta com 161 hectares de terra, dos quais cerca de 151 ha são destinados efetivamente a pastagens para a produção leiteira. Vale lembrar que essas terras são utilizadas somente para a produção de leite, todas as bezerras e novilhas são transportadas para uma terra de suporte, cerca de 30 km da fazenda com 60 hectares.

A ordenha é feita duas vezes ao dia, às 5:00 e 15:00 horas, em uma sala espinha de peixe com conjunto de 36 copos. Todo o efluente gerado na sala de ordenha e de espera é utilizado para irrigar cerca de 35 hectares da fazenda. Os pastos irrigados com esse efluente requerem uma menor aplicação de adubos e/ou fertilizantes.

O período de parição é programado para que aconteçam entre agosto, setembro e outubro de cada ano. Aqui, a temporada/safra tem início no dia 1º de junho de cada ano.

Normalmente começamos a temporada com cerca de 350 vacas e 100 novilhas prenhas, todas ficam secas entre junho e julho, são geralmente alimentadas com couve e silagem de grama. Entre 50% e 60% das parições acontecem em agosto, cerca de 30 e 40% em setembro e o restante em outubro. No pico de produção, ordenhamos cerca de 435 vacas, a partir de janeiro o número de vacas em lactação fica em torno de 420, geralmente na primeira semana de abril o plantel cai para cerca de 400 vacas em lactação, quando chegamos a maio, o número cai para cerca de 380 vacas.

Durante o período de parição, quando os bezerros nascem, os separamos das respectivas mães no mesmo dia ou na manhã do dia seguinte. Os filhotes são levados para um local coberto, onde ficam protegidos do frio, chuvas e possíveis nevascas. As vacas são encaminhadas ao rebanho pós-parto (colostro) e ficam por lá durante as oito primeiras ordenhas, e depois são encaminhadas ao rebanho das vacas "normais". A meta é conseguir no mínimo 100 bezerras para reposição. Há temporadas que o número excede, estas são criadas e vendidas no futuro.

Na primeira semana de novembro, colocamos alguns touros juntos com as novilhas que se encontram na terra de suporte, animais com idade entre 13 e 15 meses. Eles ficam juntos por cerca de 13 semanas. No início da segunda semana de novembro começamos a inseminação das vacas em lactação. Pelo fato da produção ser programada, é muito importante que as vacas estejam em boas condições corporais, sem estresse, recebendo uma alimentação de boa qualidade, pois assim, desde que elas não tenham enfrentado problemas como retenção de placenta, metrite ou algo do gênero, elas voltam a apresentar o cio mais rápido. Também é de extrema importância ter-se um excelente método de identificação das vacas no cio, porque uma vaca que não notamos o cio hoje representará, na próxima temporada, no mínimo cerca de três semanas a menos de lactação.

A inseminação ocorre por seis semanas, atingindo em média 18 vacas inseminadas por dia nas primeiras três semanas. Para operar com eficiência, a meta nacional nessas três primeiras semanas é ter uma taxa de 90% do rebanho submetido à inseminação, com uma meta para taxa de concepção em torno dos 70%. Após essas seis semanas, a inseminação termina e colocamos alguns touros junto com as vacas para engravidar o restante, eles ficam juntos por cerca de seis a oito semanas.

Entre dezembro/janeiro, ou seja, quando a oferta da pastagem fica maior que a demanda animal, utilizamos o excedente para produção de silagem. Assim, a sobra do verão poderá ser utilizada para cobrir o déficit que ocorre entre abril/maio e final de agosto/setembro. Às vezes é necessário comprar mais silagem de outros fazendeiros.

A partir de janeiro o dia-a-dia na fazenda fica mais tranquilo, a quantidade de horas trabalhadas diminui consideravelmente, pois a parte mais difícil e corrida passou. O trabalho seria, praticamente, ordenhar as vacas e fazer manutenções gerais na fazenda.

No começo/metade de abril começamos a fornecer silagem para as vacas, pois nessa época a disponibilidade das gramíneas começa a ficar menor que a demanda dos animais. As vacas que estiverem com a condição corporal abaixo do recomendado são separadas do rebanho e passam a ser ordenhadas somente uma vez ao dia, desse modo elas têm a possibilidade de aumentar o peso.

Figura 2

Na metade do mês de maio, ou no máximo no final, todas as vacas estarão secas. Uma vez que todas estão secas, elas são transportadas para a terra de suporte. Lá, elas são alimentadas em um pasto plantado com couve e é fornecida silagem de grama como suplemento. As novilhas retornam para a fazenda na última semana de julho, e as vacas na primeira semana de agosto. A partir daí, começa tudo de novo. A produção da safra 2009/10 foi um total de 2.027.337 litros de leite (177.593,6kg de sólidos), o teor de gordura e proteína tiveram uma média anual de 4,91 e 3,85 respectivamente.

Quais são as principais dificuldades que você vê na atividade?

Como trabalhador, diria que no início, a principal dificuldade que enfrentei foram as longas horas trabalhadas. Hoje estou bem mais acostumado em relação a isso, pois no modo em que esse sistema de produção é operado, há semanas que trabalhamos cerca de 10 ou 11 horas por dia, mas há semanas que trabalhamos de 2 a 3 horas por dia, tudo depende do sistema da fazenda e a época da temporada.

Outra coisa que não foi, e ainda não é fácil, seria em relação ao frio. Mesmo não sendo invernos rigorosos como vários outros países, para nós que estamos acostumados com o clima do Brasil, passar o inverno trabalhando com gado leiteiro não é fácil, principalmente em fazendas que ordenham o ano todo.

Olhando o lado do produtor de leite neozelandês, diria que algumas das dificuldades encontradas estão na sanidade animal e mão-de-obra. Em relação à mastite, li um estudo realizado em 2005 por consultores da LIC, Fonterra, veterinários e outros, dizendo que a indústria leiteira da Nova Zelândia tinha um gasto em cerca de NZ$ 180 milhões/ano (R$ 225 milhões) por causa de mastite, clínica ou sub-clínica. Infelizmente, não encontrei nenhum estudo mais recente.

Acredito que um dos motivos por este alto índice seria a falta de higienização durante a ordenha, pois a grande maioria dos casos é de mastite ambiental. Aqui, dificilmente você encontrará alguma fazenda que o produtor utilize algum método pre-dipping. Muitos, sequer, limpam os tetos antes de colocarem os copos.

Outro ponto seria o número de casos com afecções de casco. Não consegui encontrar nada que me desse os números reais, mas sei que esse problema afeta praticamente todos os produtores do país, especialmente em épocas que chove bastante. Pois, como todos sabem, uma vaca que apresenta afecção de casco, gera ao produtor custos com tratamentos e tem a produção reduzida. E, às vezes, algumas vacas acabam indo para descarte por apresentarem repetitivamente casos de afecção do casco.

Já em relação à mão-de-obra, o país não está conseguindo fornecer o número de trabalhadores necessários que a indústria demanda, devido ao desinteresse dos jovens e o aumento do número de vacas e fazendas. Entretanto, o departamento de imigração, juntamente com o governo neozelandês, opera uma política de incentivo a imigrantes que possuem qualificação e/ou experiência, tentando minimizar o problema
O que está melhorando no setor?

No cenário neozelandês, diria que a continuidade de projetos e pesquisas, novas tecnologias, melhoramento genético, constante inovação de gramíneas, grupos de discussão operados pela DairyNZ nacionalmente, acesso a internet banda larga na área rural, melhor disponibilidade de cursos técnicos, entre outros, estão ajudando muito, tanto o produtor, quanto os trabalhadores do setor leiteiro.

No Brasil, acredito que um aumento do número de profissionais capacitados, projetos e pesquisas, melhores tecnologias e genéticas. No entanto, pelo fato que minha experiência com a indústria começou recentemente, e ainda não sei exatamente tudo que ocorreu no passado, fica um pouco difícil para fazer uma análise como essa.

O que você acha que falta no setor?

Pelo pouco que conheço sobre a produção de leite no Brasil, diria que a falta de uma união e/ou cooperativismo entre produtores e laticínios estão prejudicando o desenvolvimento dos produtores. Também acredito que falta um melhor relacionamento entre os produtores de leite e o governo brasileiro, principalmente para que ocorra um melhor planejamento, possibilitando atingir melhores resultados, aumentar o consumo, começar a exportar de maneira considerável e maximizar a produtividade e lucratividade da indústria leiteira brasileira.

Aqui na Nova Zelândia, principalmente no momento, acredito que falta uma proteção do governo contra grandes investimentos no setor. Como exemplo, cito um grupo da China, que está tentando investir cerca de NZ$ 1,5 bilhão (R$ 1,87 bilhão) no setor lácteo neozelandês. Para os produtores daqui, e também para a Fonterra, isso pode representar certo risco. Agora são NZ$ 1,5 bilhão (R$ 1,87 bilhão), daqui a cinco anos outros grupos poderão surgir investindo mais. No longo prazo, grande parte do lucro gerado pelas exportações lácteas poderão estar nas mãos de outros países, colocando em risco o lucro dos produtores e a atual performance da Fonterra.

Figura 3

MKP: Qual a personalidade que admira no setor?

Não diria apenas um nome, mas sim, todos os produtores e profissionais relacionados à produção leiteira mundial que desenvolvem a atividade com sucesso.

MKP: Qual empresa admira no setor?

Embrapa, Fonterra, DairyNZ, LIC e Agriculture Industry Training Organisation.

MKP: Dica de sucesso ou frase preferida:

Nunca se deixe levar por ilusões. Estude, avalie, amplie seus conhecimentos, busque ajuda, faça planejamentos, "abra sua mente", tenha ambição e trabalhe bastante, pois o sucesso será, apenas, uma consequência.

MKP: Quais os serviços do MilkPoint você utiliza mais, e como o MilkPoint lhe auxilia no dia-a-dia?

Gosto das seções Giro Lácteo, Espaço Aberto, Sistemas de Produção e Fotos. Mas sempre que possível, passo um tempo lendo artigos em outras seções também. Devido à falta de experiência em relação à produção leiteira brasileira, o MilkPoint está sendo extremamente benéfico, pois através do site estou conseguindo ampliar meus conhecimentos, me manter informado e ainda tenho a oportunidade para trocar experiências com produtores no Brasil.

Conheça mais sobre a participação do Fabiano Barboza no MilkPoint, visitando sua página pessoal no MyPoint.
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marcelo erthal pires
MARCELO ERTHAL PIRES

BELÉM - PARÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/08/2010

Caros amigos, Fabiano. sumiu? Acredito em ocupado e cançado. Ao Marlon Rosa Naue, na minha ignorância, indico-lhe que busque canas argentinas(mais austrais do que as nossa), conheci uma varietal que já foi das mais cultivadas no Brasil, esta é a NA5679(NA é o prefixo de Nação Argentina), que sei a existência na Embrapa Gado de Leite - Coronel Pacheco - MG; fazia parte da coleção de varietais do meu caro amigo Dr.Rodolfo de Almeida Torres(um dos maiores entusiastas da cana-de açúcar para à pecuária de leite, um grande e abnegado pesquisador, que esta fazendo falta!). Busque na net: ENSAIO DE VARIEDADES DE CANA-DE-AÇÚCAR - Pelotas - RS. SAFRA 2007/08 - Sérgio Delmar dos Santos e Silva e outros - CPACT - Embrapa e ainda CANA-DE-AÇÚCAR: VARIEDADES E METODOLOGIAS A SERVIÇO DA AGRICULTURA FAMILIAR - Sinval Pereira Goulart e outros. Um dos maiores problemas da cana na pecuária e não podermos corta-lá toda de uma vez como se faz para as usinas, temos que corta-lá escalonadamante, com a necessidade do gado. Então a cana não deve florescer com ´facilidade, nem isoporizar; quando existe uma perda significativa de qualidade. Mesmo assim, confio muito na cana, para as vacas; conjugada com outros alimentos! Acredito que poderemos dar um pulo no ranking dos países produtores com a cana e outros alimentos de nossa produção. um abraço marcelo
marlon rosa naue
MARLON ROSA NAUE

CANGUÇU - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/08/2010

Olá Fabiano,

Sobre os capins nativos que morrem, entre os principais destaco o quicuiu e o capim seda( não é grama seda ou bermuda) isso se o solo não tiver corrigido, se ele tiver forte o quicuiu resiste ao frio (geada), pisoteio e umidade, resumindo não morre.
Agora os outros capins como: missioneira, burro, rabo de burro, são carlo, esse sim são muito rústicos e se o solo estiver corrigido e bem adubado resistem bem ao inverno.
Mas certamente a brotação é mais lenta no inverno, embora seja considerável, principalmente a são carlo e a missioneira, mas como é uma época de diminuição de pasto, também temos que oferecer silagem.
Sobre a suas perguntas, as variedades não morrem por completo, geralmente entram em senecência(um enfraquecimento) entre março e maio, ocorrendo apenas uma diminuição na brotação nesta época, não sendo preciso replantar.
Sobre a cana, achei que na NZ era utilizada além do milho a cana na alimentação dos rebanhos.

Obrigado por responder as perguntas, um abraço.
marlon rosa naue
MARLON ROSA NAUE

CANGUÇU - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/08/2010

Olá Marcelo,

Concordo contigo que é uma alternativa para a alimentação do gado, pois aqui temos algumas variedades resistente ao frio, e achei que na NZ poderia ter alguma variedade, mas pela informação do Fabiano, acredito que também não tenha.

Um abraço,
Marlon
marcelo erthal pires
MARCELO ERTHAL PIRES

BELÉM - PARÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 05/08/2010

Prezado amigo Fabiano, extensivo ao Marlon, este está certo, um melhor alternativa para a alimentação de nosso gado de leite(principalmente no inverno) é a cana-de-açúcar; eles no sul tem um pouco de dificuldade com as geadas, mas no nosso Sudeste, é comparavel à um silo de milho. Marlon, busque em sua região cultivares de cana que vão bem no seu clima(já adaptada); mesmo porque o Brasil é o 1o em varietais de cana. um abraço a todos marcelo
Fabiano Barboza
FABIANO BARBOZA

ARARAS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/08/2010

Olá Rogério,

Obrigado por sua participação.

Não tenho a informação de qual seria o requisito mínimo para a qualidade do leite em todo o país, mas tenho as informações sobre o que a Fonterra exige.

São feitos vários testes para avaliar, e se necessário, os produtores são penalizados. Na parte de bactérias, seriam 3 testes:

1) Bactoscan: é a medição do número total de bactérias presente no leite.
- A+ se for menor que 10.000/ml
- A entre 10.001 a 19.999/ml
- B entre 20.000 a 49.999/ml
- C entre 50.000 a 99.999/ml (01 ponto de demérito)
- D entre 100.000 a 199.999/ml (02 pontos de demérito)
- E entre 200.000 a 499.999/ml (04 " " " )
- F entre 500.00 a 2.999.999/ml (08 " " " )
- R se for maior que 3 milhões/ml (20 " " " )

2) Thermodurics: é a medição do número total de bactérias resistentes ao calor presentes no leite.
- menos de 1.500/ml = 0 pto demérito
- 1.501 a 4.999/ml = 1 pto demérito
- 5.000 a 9.999/ml = 4 " "
- 10.000 a 59.999/ml = 8 " "
- 60.000 ou mais = 20 " "

3) Colifórmios (E.Coli)
- menos de 499/ml = 0 pto demérito
- 500 a 999/ml = 1 " "
- 1.000 a 1.999/ml = 2 " "
- 2.000 ou mais = 4 " "

Se o leite receber algum demérito, cada ponto representa um desconto de 5% no pagamento daquele dia. Ou seja, se o produtor for penalizado com 20 pontos, não irá receber nada pelo leite.
Aqui na fazenda, durante a temporada 2009/10 fomos penalizados no primeiro dia que fornecemos o leite na temporada, com 02 pontos no bactoscan e recebem mais 10 pontos no mês de Dezembro pelo thermodurics (esses 10 pontos ocorreram durante 7 dias).

Abraços,
Fabiano.
Fabiano Barboza
FABIANO BARBOZA

ARARAS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/08/2010

Olá Marlon,

Legal a informação. Só mais uma dúvida, quando você disse sobre os capins morrerem por completo (após passarem pela senecência), eles morrem mesmo e depois você precisar replantar? Ou eles desaparecem e depois voltam sozinhos quando o clima melhorar?

Sobre a cana, tenho quase certeza que não existe. Pelo menos nunca vi ou ouvi falar. Sei que na Austrália eles utilzam, mas não faço idéia quais são as variedades.

Abraços,
Fabiano.
marlon rosa naue
MARLON ROSA NAUE

CANGUÇU - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 02/08/2010

Opa Fabiano, obrigado pelo retorno.

A entendi o processo com a couve, bem interessante.

Sobre a sua pergunta, não sei responder quanto forma kgMS/ha/dia nos 30 dias, mas posso afirmar que o campo nativo aqui é muito rustico, entre as variedades quicui, rabo de burro, grama missioneira, são carlo, quando bem adubadas e corrigidas não morrem com a geada, aumentam o potencial de brotação no inverno e resistem a pisoteio.

O azevém e aveia consorciado com os capins nativos, no mês de março, nos primeiros 30 dias estão parelhos em altura com o capim nativo, somente depois de 60 dias de plantio, a aveia se sobressai dos demais com altura de 30 a 40 cm e, quando entra em senecência, entra em ação o azevém, que vai morrer lá por dezembro (com solo bem corrigido),de dezembro a fevereiro ficamos com capim nativo ou capim nativo mais tifiton, que entra em senecência(quicuiu) no mês de março (mas não morre por completo) voltando em maio(quicuiu principalmente, rabo de burro, missioneira e são carlo não morrem).
Mas tbm temos alguns piquetes com tifiton 85, que atinge seu potencial em novembro, ficando consorciado com o campo nativo e o azevém. o tifiton entra em senecência em final de março/abril e morre por comleto em junho.
Então como tu vê o capim nativo esta em todas as estações, ao contrário das outras variedades.
também temos um seguro verde (2 equitares de capim elefante para estação de seca), estamos querendo plantar alguns equitares de cana para a estação de inverno.
Qual é a variedade de cana que vocês usam reistente ao inverno(geada)?

Espero retorno, um abraço.
Rogério de Abreu Torres
ROGÉRIO DE ABREU TORRES

BARRA MANSA - RIO DE JANEIRO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 28/07/2010

Fabiano me fala sobre a contagem total deste leite,já que não há uso de pré-diping e que os indices de mastites são consideraveis.
Fabiano Barboza
FABIANO BARBOZA

ARARAS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/07/2010

Caro Marlon,

Muito obrigado por seu comentário. Me desculpe pela demora na resposta, mas estava sem acesso à internet.

Utilizamos a couve para alimentar as vacas secas durante o inverno, e ela também é utilizada no processo de renovação das pastagens. Em meados de Novembro, pulverizamos todo o pasto para matar o capim e depois fazemos apenas uma sobre semeadura com as sementes da couve.

Começamos utilizar a couve no mês de Junho. Uma boa produção atingida, fica em torno de 14tonMS/ha (em cerca de 7 a 8 meses). Essa couve que utilizamos (acredito ser a normal mesmo) apresenta cerca de 16% de matéria seca, 15% a 20% de proteína bruta e energia metabolizável de 11.9 MJME/kgMS (mega joules of metabolizable energy). Não sei exatamente qual seria a conversão dessa energia metabolizável para o padrão brasileiro, mas adianto que, por aqui, uma silagem de milho de boa qualidade tem cerca de 10,8MJME/kgMS.

Outros motivos que a couve é utilizada são:
- alta resistência ao frio e geadas;
- boa produção de matéria seca por hectare (se compararmos com um capim, que por aqui apresenta uma taxa de crescimento durante o ano em torno de 12 a 15tonMS/ha/ano);
- se ocorrer nevascas, o alimento estará facilmente disponível e não será coberto pela neve;
- as vacas aceitam a couve sem problema algum;
- o custo para alimentar as vacas apenas com silagens e concentrados durante o inverno, não justificaria tal utilização;
- o inverno por aqui é bem úmido, e os pastos seriam facilmente danificados por pisoteio;
- durante os meses de junho e julho, o capim geralmente apresenta um crescimento de apenas 5kgMS/ha/dia, ou seja, insuficiente;

Como disse, só utilizamos a couve para alimentar as vacas secas. Conversei com meu patrão à respeito do fornecimento da couve para animais em lactação. Mesmo não sendo comum essa prática por aqui, ele me disse que a couve pode ser fornecida normalmente para vaca em lactação. Porém, vale lembrar que a dieta deve ser limitada (se não me engano, máximo de 1/3 da dieta), caso contrário, o leite da vaca poderá apresentar variações no odor.

Não há rebrota para um próximo repasse. Plantamos, esperamos cerca de 7 meses e começamos utilizá-la. Uma vez que as vacas comem, a couve acaba. Depois trabalhamos o solo e plantamos um novo tipo de grama.

A silagem de grama que utilizamos (acho que seria a mesma coisa que um pré-secado) é feita com azevém inglês e trevo branco. No entanto, na época em que cortamos a grama para a silagem, a proporção de trevo branco com o azevém ainda é baixa. Começamos a notar mais a presença do trevo durante o outono.

O capim nativo que vocês utilizam, consorciado com aveia e azevém, apresentam um crescimento de mais ou menos quantos kgMS/ha/dia (ou quantos kgMS/ha nos 30 dias)?

Abraços,
Fabiano.
Fabiano Barboza
FABIANO BARBOZA

ARARAS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/07/2010

Olá Luiz,

Muito obrigado pelas felicitações.

Posso ajudá-lo sem problema algum.
Só que poderei auxiliá-lo apenas em relação a atividade ou outras dúvidas sobre a NZ, pois não tenho muito conhecimento sobre como as coisas funcionam nos EUA.

Abraços,
Fabiano.
Fabiano Barboza
FABIANO BARBOZA

ARARAS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/07/2010

Prezado Marcelo,

Muito obrigado por suas palavras, com certeza são motivantes.
Espero sim um dia voltar ao Brasil e trabalhar com a pecuária leiteira.

Mais uma vez, obrigado.

Abraços,
Fabiano.
marcelo erthal pires
MARCELO ERTHAL PIRES

BELÉM - PARÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/07/2010

Caro Fabiano,
gostei muito de suas respostas à esta seção. E aqui fez transparecer suas idéias e até seus sonhos( idade nos faz perder as forças, mas somos compensados com outros atributos;"quase que conseguimos enxergar dentro dos corações alheios"). Diante de Vc. buscado um "algo maior" tenho render minhas homenagens, e incentiva-lo em seu caminho, que me parece terminar no Brasil pecuário. meus parabéns pela sua fibra e determinação, vá em frente!!!!!!!!!!
Respeitosamente marcelo
LUIZ ANTONIO SANTANA SOUZA
LUIZ ANTONIO SANTANA SOUZA

COARACI - BAHIA - ZOOTECNISTA

EM 16/07/2010

Ola Fabiano

gostaria de parabeniza-lo pelo artigo, e dizer que anotei seu email aqui e vou te mandar para saber de algumas coisas, pois agora em 2011 estou me formando em zootecnia e pretendo fazer um inetrcambio com o pessoal da caep, e estou em duvida qual pais seria melhor para estagiar e ter uma possibilidade de continuar trabalhando apos o periodo do estagio e realizar alguma especializaçao na area de produção leiteira, todo mundo fala que a NZ seria o melhor pais, mas como o Clemente comentou os EUA seria o mais completo, entao por essas e outras pequenas duvidas e informaçoes que eu vou entrar em contato contigo, isso se voce puder?rsrs

Abs
marlon rosa naue
MARLON ROSA NAUE

CANGUÇU - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/07/2010

Prezado Fabiano, parabéns pelo trabalho na NZ.
Sou Gaúcho, natural de Bagé, mas atualmente baseado em Canguçu, e aqui temos todas estações do ano bem definidas, atualmente com inverno bem definido, esta semana esta na média de -2 a 1 ºc `a noite, com formação de geada.
Li a parte que tu comentou sobre a couve, achei muito interessante, pois realmente essa planta é bem resistente ao inverno, como o brócolis, então pergunto, vocês plantão com plantio direto cm plantadeira, ou a lanço mais roçada? qual a altura do início do pastejo da couve?quantos dias de potencial de rebrote para o próximo repasse?
Aqui valorizamos muito o capim nativo(quicuiu, capim de burro) nos piquetes, pois estes possuem uma rusticidade muito grande quanto ao frio, com brotação considerável em descanso de 30 dias, mas também consorciamos com aveia e azevém, plantados no plantio direto sem desecante, formando um consórcio.
Tu comenta também silagem de grama, qual seria variedade? aqui usamos de milho.
Aqui temos misturado ao capim nativo a são Carlo, que no inverno é muito rustica.

É isso, sucesso na tua caminhada e espero retorno.
Um abraço, Marlon.

Fabiano Barboza
FABIANO BARBOZA

ARARAS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/07/2010

Prezado Gilberto Ahumada,

Obrigado por seu comentário.
O manejo dos pastos na NZ são parecidos em quase todas as fazendas, mas não exatamente iguais, por isso vou dar o exemplo que fazemos nessa fazenda em que estou trabalhando.

Cada pasto (piquete) tem cerca de 4,5 a 5,5 hectares, com taxa de ocupação em torno de 2,8 vacas/ha. Ainda utilizamos cercas elétricas temporárias para divisão desses piquetes, assim fornecemos somente o necessário para as vacas, evitando disperdício, pisoteio e ainda conseguimos controlar melhor os resíduos deixados no pasto, consequentemente, maximizando o crescimento das gramíneas durante o ano. As vacas recebem grama fresca após cada ordenha, e ficam naquele intervalo do piquete até a próxima ordenha.
As taxas de rotatividade variam durante o ano, ficando entre 21 dias no final da primavera e durante o verão, e aumentando para cerca de 30 a 35 dias durante o outono e início da primavera.

Com certeza, como você disse, a base do êxito está em um pastoreio bem manejado.
Algumas coisas que podemos fazer para operar com eficiência, seria realizar medições da quantidade de matéria seca disponível por hectare e calcular exatamente o que as vacas precisam, evitando disperdícios. Utilizar adubos/fertilizantes de forma correta para maximizar o crescimento anual.
Também, como citei antes, manejar de forma eficiente o resíduo deixado no pasto tem uma extrema importância, pois se manejado corretamente durante o ano, com certeza a produção de matéria seca por hectare das gramíneas será maximizada. E, do mesmo jeito que é importante atingirmos um resíduo certo, também é importante colocarmos as vacas no piquete no momento certo, evitando deixar o capim maior do que o indicado. Isso é feito através de uma correta taxa de rotatividade dos piquetes.

Abraços,
Fabiano.
Fabiano Barboza
FABIANO BARBOZA

ARARAS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/07/2010

Caro Guilherme Franco,

Muito Obrigado por suas palavras.
Confesso que não esperava um comentário seu por aqui (rsrs).
Em relação ao outro debate, realmente teve seus momentos mais "quentes", mesmo assim acredito que o debate ajudou a aumentar o conhecimento de muitas pessoas, assim como eu. E agradeço também à você, pois se não fosse seu artigo, nada daquilo teria acontecido.

Sobre trabalhos em fazendas nos EUA ou Canadá, já até deixei um comentário ao Clemente dizendo sobre isso. Até teria interesse em abandonar a NZ e ir para lá, mas somente se arrumasse algo bem concreto e que fosse melhor do que a posição que atualmente me encontro.

Falando sobre a couve, utilizamos a mesma durante o período em que as vacas estão secas. Ela entra em um programa de renovação das pastagens. Por exemplo, mais ou menos em Novembro de cada ano, pulverizamos o pasto para matar o capim e fazemos uma sobre semeadura de couve no pasto. A partir daí, fechamos o pasto e utilizamos essa couve somente no inverno. Uma boa produção atingida fica em torno de 14t MS/ha em uns 7 ou 8 meses de plantio.
A couve não precisa ser colhida, as vacas comem a couve no pasto mesmo.
Outro motivo que utilizamos, seria o fato que o inverno por aqui é o período mais úmido do ano, a grama praticamente não cresce (quando crescem, geralmente crescem na ordem de 5kgMS/ha/dia), e por ser úmido, o pasto seria totalmente danificado pelo pisoteio das vacas. Com a couve, o pasto também fica todo danificado, mas como o mesmo está em processo de renovação, isso não tem problema algum, pois depois iremos cultivá-lo e plantar uma nova gramínea.
Um outro fator importante da utilização da couve, é que a mesma é mais resistente a geadas do que o capim, e se ocorrer alguma nevasca, o alimento ainda estará disponível, pois é bem mais alto que o capim.
Não encontrei ainda o valor nutricional completo da couve, mas tenho por aqui em algum lugar. Assim que encontrar, enviarei os dados à você.
Também não sei dizer ao certo se a couve seria boa para ser utilizada durante o período de lactação das vacas, pois somente utilizamos quando elas estão secas. Irei atrás, também, dessa informação.

Abraços,
Fabiano.
Gilberto Montero Ahumada
GILBERTO MONTERO AHUMADA

PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 08/07/2010

Fabiano,
Felicitaciones por su "aventura-aprendizaje" en NZ, nada más real y practico que estar en las propias granjas.
No hablo portugues, pero lo entiendo un poco, creo haber entendido que muchos productores en NZ no hacen el presellado (pre-dipping)...
El retorno sobre capital invertido de 10%, asume el costo de la tierra (amortizado a cuantos años) o incluye una renta...

Una gran diferencia entre la lecheria de NZ y paises con áreas tropicales como Brasil y Mexico, es que por trabajar con pastos C3 (rye grass, orchard, festuca, avena) y leguminosas (trebol, alfalfa) la dieta base que ofrecen en pastoreo es de mayor calidad. Puedes comentar un poco mas como hacen el manejo del pastoreo en NZ, tamaños de lotes, cambios al día, etc la base del exito es un buen manejo del pastoreo...

Espero me entiendas, puedes contestarme en portugues

Saludos

G. MONTERO
PRODUCCION DE GANADO DE CARNE Y DOBLE PROPOSITO
MEXICO
Guilherme Alves de Mello Franco
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/07/2010

Prezado Fabiano Barboza: Parabéns pelo trabalho realizado que, tenho certeza, num futuro próximo, será muito importante para o desenvolvimento da pecuária leiteira brasileira. Concordo com o amigo Clemente da Silva, entendendo, também, que você deveria estagiar pelos Estados Unidos da América ou Canadá, para conhecer outra forma de manejo de gado, o que lhe daria uma visão muito mais ampla dos sistemas e não deixaria você limitado, apenas e tão somente, ao regime da Nova Zelândia que, acredite, não é o melhor do mundo. Gostaria, tal como ele, de me desculpar se, em alguma passagem, ao longo do tão profícuo debate que desenvolvemos, formulei palavras asperas ou pouco delicadas em relação a você. Algum motivo foi pelo calor do debate e, outros, pela falta de conhecimento profundo de suas capacidades que, agora se quedam descortinadas. Achei interessante a informação de destinar couve às vacas leiteiras e gostaria de obter de você, se possível for, quais as vantagens desta prática e qual o valor nutricional da planta. Quem sabe esta não é a solução para pequenos produtores brasileiros, já que esse vegetal encontra-se tão difundido em nossas terras?
Um abraço,


GUILHERME ALVES DE MELO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
Monica Beatriz do Nascimento Pessoa
MONICA BEATRIZ DO NASCIMENTO PESSOA

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/07/2010

Olá!

Com certeza Fabiano, muitas pessoas tem me tirado da cabeça em nao mais trabalhar no leite e partir para outra area porque leite isso ... leite aquilo , mas eu sou teimosa rsrs, e eu nao consigo me ver fazendo outra coisa, tanto que eu digo que se nao for para mim eu nao tenho problema nenhum em ir trabalhar para outro, mas tem que ser leite! é algo que ja está no sangue, ou seria no leite? rsrs e vendo sua historia e da moça la em cima que voltou para a fazenda dos pais, e o propio site com tantas novidades, assuntos etc etc eu tenho cada vez mais a certeza de que a gente tem que continuar a caminhada por mais dura que seja, trabalhando, se aprimorando , informando , estudando e mantendo contatos como outras pessoas, e que os conselhos dos outros sao apenas conselhos ¬¬ .

Entao... Craig Bell dispensa qualquer comentario , a respeito do projeto Leite Verde, todas as entrevistas dele sao sempre um motivo a mais para continuar na rota do leite apesar de todos os percalços que tanto eu como vc e quem mais vier a esta discussao conhece a respeito da cadeia produtiva do leite. Eles tem a marca propia e ja estao operando na divisa da bahia com goias em Mambaí , a Leitissimo, estou encantada com o processo de produçao a pasto deles, e com a raça dos animais a Kiwicross ja mencionada lá em cima por uma outra colega, e o trabalho deles como um todo na LV, estou me espelhandp neles p fazer algo similar para mim na fazenda.

O embaixador na NZ esteve em GO mes passado visitando algumas fazendas modelo, em uma entrevista em um portugues arrastado, fez questao de dizer com todas as letras em telejornal rural local que veio buscar novas parcerias e principalmente conhecimento com nossos produtores , ja que segundo ele nos temos condiçoes de concorrer com outros paises desenvolvidos inclusive a propia NZ, e somos bem vistos neste setor la fora, e ele quer levar um pouco das nossas experiencias para NZ a respeito da produçao de leite, algo como um intercâbio
(espero que de pessoas tambem claro! rsrs ) tanto Craig como embaixador afirmam que Brasil e NZ tem que estreitar os laços cada vez mais.

Acho que NZ é bem parecido com o Japao em materia de ser pequeno mas eficiente, e penso que isso é valido para as pequenas propiedaes no Brasil, ser menor mas eficiente em poucos ha. Ah sem duvida pelo que ja vi por revistas e na web, que NZ possui lugares lindos! quem vai nunca mais esquece rsrs , nossa!! muito obrigado pelo link e pelas dicas , se tudo der certo de 2011 para 2012 chego aí, vou correr atrás! será uma grande escola. Com certeza logo meu email chegará como mais perguntas , nao se preocupe serei bem objetiva rsrs, estou vendo que NZ é uma escola de Agronomia, Veterinaria e Zootecnia ao vivo e mais o turismo hein! esta de empate tecnico de vacas e pessoas foi hilário rsrs , agora chega se nao, nao vai sobrar comentarios e assunto no email rsrs , mais uma vez obrigado e tudo de bom !!!!!

Abraços,
Monica.
Fabiano Barboza
FABIANO BARBOZA

ARARAS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 05/07/2010

Olá colega Monica,

Muito obrigado pelas felicitações.

Fiquei feliz ao saber que meu caso te inspirou ainda mais para continuar na produção leiteira. Também acompanhei um pouco sobre a Leite Verde e troquei alguns emails com o Craig Bell um tempo atrás, mas não sabia que eles estavam indo para GO e MG.
Pois é, se não me engano, na NZ existe mais vaca leiteira em produção do que gente rsrsrs... se o número não for maior, empata.
Acredito que o pessoal tem uma boa eficiência não somente na área do leite, mas também em outras áreas da agricultura, horticultura, etc, por ser um país que depende basicamente disso em suas exportações. Por isso buscam operar com eficiência. Outra atividade que é muito importante para o país é a áera de serviços e turismo.

Para trabalhar na NZ, você tem diferentes opções:
- Poderia vir pra cá como turista e chegando aqui tentar arrumar alguma coisa;
- Tentar arrumar algum trabalho ainda no Brasil, aplicar o visto e viajar;
- Ou utilizar o serviço da CAEP: www.caep.com.br

Qualquer coisa, me envie os emails sem problema.
Mais uma vez, obrigado.
Muito sucesso pra você também!!!

Abraços,
Fabiano.
Qual a sua dúvida hoje?