Europa questiona alimento funcional por falta de estudo
Vinte anos depois da chegada ao mercado mundial dos chamados alimentos funcionais, uma revisão científica em curso na União Europeia coloca em dúvida as verdadeiras vatangens no consumo dos mesmos. O trabalho, iniciado há dois anos pela agência que regula alimentos no continente, a EFSA (<i>European Food Safety Authority</i>), aponta que 80% das afirmações de benefícios examinados até agora não apresentam evidências suficientes de que cumprem o que prometem.
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O trabalho, iniciado há dois anos pela agência que regula alimentos no continente, a EFSA (European Food Safety Authority), aponta que 80% das afirmações de benefícios examinados até agora não apresentam evidências suficientes de que cumprem o que prometem. Segundo a agência, os países europeus encaminharam 44 mil alegações de benefícios à saúde, condensadas em cerca 4 mil promessas.
Na lista de produtos com avaliação positiva da EFSA estão alimentos industrializados que levam vitaminas e minerais, como os que contêm vitamina D e dizem beneficiar o sistema imunológico, por exemplo.
Do outro lado, entre os produtos que não traziam os benefícios prometidos estão os com antioxidantes (substâncias químicas que protegem tecidos contra radicais livres, moléculas destrutivas que ajudam a provocar doenças e o envelhecimento). Também ainda há dúvidas no caso de produtos como iogurtes e leites com probióticos, bactérias que teriam ação benéfica para o intestino.
Nos EUA, os industrializados que se dizem saudáveis estão na mira da FDA, agência que regula alimentos e remédios no país. A Organização Mundial da Saúde já discute uma padronização para a aceitação de alegações de saúde em alimentos industrializados.
No Brasil, onde o mercado de produtos que prometem o bem-estar ganhou força principalmente após 1999, quando foi regulamentado, todos os industrializados que alegam propriedade funcionais e/ou de saúde têm de ser avaliados e registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Cientistas, porém, veem no mercado em expansão um risco para a saúde. Alertam que a ciência da nutrição tem trabalhado para valorizar os nutrientes reconhecidos como bons e adicioná-los a qualquer produto, mesmo aqueles que não são saudáveis no restante da composição. Também afirmam que a ciência da nutrição acaba desconsiderando características individuais e da dieta, que podem influenciar na maneira como os nutrientes são aproveitados pelo organismo. Tudo isso em detrimento de frutas, legumes e verduras.
A matéria é de Fabiane Leite, publicada no jornal O Estado de São Paulo, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.
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Na verdade,o que deve ser feito para se lançar um produto alimentício enriquecido com vitaminas,minerais,antioxidantes etc,são testes do valor biológico desses alimentos,usando cobaias,de preferência humanos.Existe uma série enorme de interferências que podem prejudicar essas substâncias adicionadas,começando pela qualidade da matéria prima,composição,temperatura,solubilidade,reações químicas que podem ocorrer quando se misturam e uma série de outras que podem modificar seus resultados.
Quanto aos probióticos,somente testes biológicos,usando humanos poderão dizer se funcionam realmente ou não.
Atenciosamente,
Fernando Melgaço.