Região com cerca de 42 milhões de pessoas, as seis nações da América Central - Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Panamá - formam um mercado considerável com déficit de lácteos que os fornecedores dos Estados Unidos ainda precisam maximizar. O Acordo de Livre Comércio da América Central (CAFTA) forneceu uma entrada aos fornecedores dos Estados Unidos, mas a região ainda está desenvolvendo a infra-estrutura para lidar com a cadeia de fornecimento de lácteos e com as economias em crescimento, acelerando o consumo de lácteos.
"Esses mercados são muito sensíveis a flutuações de preços e os Estados Unidos estão enfrentando competição de exportadores com menores custos, como é o caso da Nova Zelândia, Austrália e países da América do Sul, além do comércio intra-regional, controlado principalmente pela Costa Rica", disse o representante do escritório do Conselho de Exportação de Lácteos dos EUA (U.S. Dairy Export Council - USDEC) no México, Rodrigo Fernandez.
A América Central está dividida em três regiões, economicamente falando: os países mais condicionados, que são Costa Rica e Panamá; os países mais pobres, mas que estão melhorando, que são Guatemala e El Salvador; e os países que estão lentamente progredindo, que são Nicarágua e Honduras, que estão entre as nações mais pobres do mundo.
A recuperação da crise econômica global tem sido irregular. As sólidas finanças amortizaram o impacto da recessão na Costa Rica e no Panamá. Um país como Honduras, por outro lado, continua lutando com sua instabilidade política, piorando a crise. A maioria das economias da América Central conta com a economia dos Estados Unidos através de investimentos externos, exportações e dinheiro enviado pelos imigrantes. Com a recuperação dos Estados Unidos ocorrendo lentamente, uma recuperação total da América Central será similarmente demorada.
Ainda assim, existem oportunidades de comércio de lácteos. "As classes média e alta da Costa Rica, Panamá, Guatemala e El Salvador são nossos principais clientes, uma vez que podem pagar pelos produtos como queijos e sorvetes importados". Com os setores de hotel e restaurante muito pouco desenvolvido na região (exceto na Costa Rica e no Panamá), o mercado varejista oferece o melhor potencial. A rede Wal-Mart, que praticamente controla o setor varejista da região (exceto no Panamá), está ampliando suas ofertas de produtos importados e domésticos. Uma importante parte dessa estratégia está na Guatemala, El Salvador e Costa Rica, que têm colocado suas lojas em regiões de classe média e alta.
No setor industrial, Guatemala, Honduras e El Salvador (que juntos enfrentam uma escassez de leite de cerca de 60%) representam o maior potencial para leite em pó desnatado e proteínas do soro do leite. Os mercados são relativamente pequenos, mas a demanda por lácteos e produtos de confeitaria, além de outros alimentos processados, está aumentando devido ao maior conhecimento sobre ingredientes e falta de produção doméstica. A indústria de processamento de alimentos da Costa Rica está aumentando sua demanda por ingredientes de alto valor.
Durante os primeiros sete meses de 2010, o valor das exportações dos Estados Unidos para a América Central cresceu 43%, para US$ 41,6 milhões, direcionado pelas vendas de queijos, que aumentaram 38%, para 4.817 toneladas. O CAFTA tem ajudado e o acordo de livre comércio entre Estados Unidos e Panamá também ajudará, caso o Congresso o aprove em 2011.
"Nesse meio tempo, os exportadores dos Estados Unidos ainda terão muito trabalho para fazer com os clientes e importadores da América Central para aumentar seu conhecimento sobre a indústria de lácteos dos Estados Unidos, seus produtos, usos de ingredientes e qualidade. Porém, temos muitas vantagens em comparação com outros fornecedores de outros países - logística, proximidade e qualidade dos produtos".
As informações são do USDEC, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
EUA veem potencial na América Central
Região com cerca de 42 milhões de pessoas, as seis nações da América Central - Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Panamá - formam um mercado considerável com déficit de lácteos que os fornecedores dos Estados Unidos ainda precisam maximizar.
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